Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/12177
Tipo: doctoralThesis
Título: Narrar o vivido, viver o narrado: a construção do diário na obra de Jonas Mekas
Autor(es): Valles, Rafael Rosinato
Orientador: Gutfreind, Cristiane Freitas
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Data de Publicação: 2018
Palavras-chave: COMUNICAÇÃO SOCIAL
CINEMA
LITERATURA
DIÁRIO
Resumo: Esta tese realiza um estudo sobre o diário, que aparece na obra do cineasta Jonas Mekas em três formatos: o diário escrito, o filme-diário e o vídeo-diário. O objetivo é analisar como essa obra contribui para um entendimento sobre o diário enquanto forma narrativa e como o autor constrói o seu processo de autorrepresentação por meio dos diários. Este trabalho procura construir uma definição de diário, a partir de referenciais teóricos relacionados ao âmbito literário (Braud, 2006; Simonet-Tenant, 2004; Girard, 1986; Lejeune, 2015; Blanchot, 2005) e audiovisual (James, 2013; Renov, 1996). Como objetos de estudo, são analisados o livro I had nowhere to go (1991), os filmes-diário Lost Lost Lost (1976), Walden – Diaries, Sketches & Notes (1969), Reminiscências de uma viagem para a Lituânia (1972) e os vídeos-diário pertencentes a 365 Day Project (2007). Esta tese assume como metodologia os conceitos de teceduras (Daney, 2007; Benjamin, 1994) e rasgaduras (Daney, 2007; Didi-Huberman, 2014, 2015), a partir da forma como Mekas realiza as suas escolhas narrativas e apresenta a sua condição histórica. Este trabalho conclui que a obra em pauta aporta um entendimento sobre o diário não somente como um gênero literário, mas como uma narrativa que se afirma na sua pluralidade de formas, de acordo com os deslocamentos que o autor efetua na sua relação com o tempo, com o espaço e com o uso de diferentes dispositivos técnicos. Também conclui que Mekas constrói, nos seus diários, uma relação intrínseca entre narrar o vivido e viver o narrado, o que revela como os registros documentam um determinado contexto sócio-histórico e, ainda, como esses registros fazem parte do próprio contexto e da subjetividade construída pelo seu autor.
This thesis carries out a study of the diary in the work of Jonas Mekas, throughout three formats: the written diary, the diary-film and the video diary. The aim is to analyze how Mekas’s work contributes to an understanding of the diary as a narrative form, and how the author constructs his process of self-representation by means of the diaries. This work seeks to establish a definition for the diary, by means of theoretical references related to the spheres of literature (Braud, 2006; Simonet-Tenant, 2004; Girard, 1986; Lejeune, 2015; Blanchot, 2005) and of audiovisual work (James, 2013; Renov, 1996). As object of study, we analyze the book I had nowhere to go (1991), the diary-films Lost Lost Lost (1976), Walden – Diaries, Sketches & Notes (1969), Reminiscences of a Journey to Lithuania (1972), and video diaries from the 365 Day Project (2007). This thesis takes weavings (Daney, 2007; Benjamin, 1994) and rends (Daney, 2007; Didi-Huberman, 2014, 2015) as its methodology, grounding itself on the way in which Mekas elaborates his narrative choices and his historical condition. We conclude that Mekas’s work points to an understanding of the diary not solely as literary genre, but as a narrative that affirms itself in a plurality of forms, following the shifts done by the author in his relation to time, space, and the use of different technical devices. We also conclude that Mekas, in his diaries, builds an intrinsic relation between narrating the lived and living the narrated, which reveals how the diaries not only document a certain socio-historical context, but are also themselves part of that context and of the subjectivity built by their author.
URI: http://hdl.handle.net/10923/12177
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