Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/13581
Tipo: doctoralThesis
Título: Associação do nível de atividade física e do tempo sentado com o ângulo de fase da bioimpedância
Autor(es): Mundstock, Eduardo
Orientador: Mattiello, Rita
Baptista, Rafael Reimann
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Data de Publicação: 2018
Palavras-chave: PEDIATRIA
COMPOSIÇÃO CORPORAL
ATIVIDADES MOTORAS
MEDICINA
Resumo: Introdução: O ângulo de fase está sendo considerado um importante marcador prognóstico, pois reflete a saúde celular. A atividade física inadequada e o tempo sentado estão associados a um número importante de doenças crônicas não transmissíveis. Estudos recentes sugerem que esses dois fatores podem estar associados com os valores do ângulo de fase. Objetivo: verificar a associação do ângulo de fase com a atividade física. Metodologia: a tese irá apresentar dois artigos: uma revisão sistemática com metanálise e um artigo transversal. Metanálise: foram realizadas buscas nas seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials, SciELO, LILACS, SPORTDiscus, Scopus e Web of Science. Dois revisores avaliaram independentemente os critérios de elegibilidade e o risco de viés. Os resultados foram sintetizados mediante modelos de efeitos aleatórios. A associação entre atividade física e ângulo de fase foi avaliada considerando o desenho do estudo. Artigo transversal: os indivíduos com mais de 11 anos de idade, de ambos os sexos, que atendiam aos critérios de avaliação da bioimpedância e sem diagnóstico de doença crônica, foram convidados a participar do estudo. A avaliação do ângulo de fase foi realizada usando o equipamento Biospace, modelo InBodyS10, da Ottoboni. O nível de atividade física e o tempo sentado foram avaliados com o questionário internacional de atividade física (IPAQ). A associação entre o ângulo de fase e as variáveis preditoras foram avaliadas utilizando um modelo linear generalizado univariável e multivariável (MLG). Todas as variáveis com um valor de p <0,20 foram incluídas no modelo multivariável. No modelo final, apenas as variáveis com p <0,05 foram incluídas. Resultados: Revisão Sistemática: Nove estudos, totalizando 575 participantes, foram incluídos na metanálise. Os resultados dos estudos transversais indicam que os sujeitos ativos apresentaram um valor médio de ângulo de fase superior quando comparado aos controles (DM = 0,70; IC 95%: 0,48 a 0,92, P <0,001), com baixa heterogeneidade (I2 = 0%; P = 0,619). Na análise transversal, as diferenças entre o estado de saúde e o tipo de avaliação da atividade física não foram significativas (P = 0,332; P <0,253). Nos estudos longitudinais (ensaio clínico e acompanhamento), os valores médios do ângulo de fase finais aumentaram significativamente comparando com os valores iniciais (DM = 0,30; IC 95%: 0,11 a 0,49, P <0,001), com heterogeneidade baixa (I2 = 13%, P = 0,3314). As diferenças não foram significativas, em relação ao estado de saúde e ao tipo de estudo longitudinal (ensaios clínicos ou estudos de seguimento) (P = 0,900; 0,989). Não encontramos evidência de viés de publicação e o risco geral de vieses foi de moderado a alto. Artigo transversal: foram incluídos 1228 indivíduos. O modelo linear generalizado multivariável mostrou que tanto a atividade física (β = 0,164, IC95% 0,071 a 0,256, P= 0,001) como o tempo sentado (β = 0,152, IC95% 0,063 a 0,242, P= 0,001) foram determinantes para o ângulo de fase. Assim como o sexo, o índice de massa corporal e a idade também permaneceram associados com o ângulo de fase (β = -0,890, IC95% -0,975 a -0,806, P <0,001; β = 0,037, IC95% 0,029 a 0,045, p <0,001 e; β = -0,006, IC95% - 0,008 a -0,003 P<0,001, respectivamente). Conclusão: Os resultados da revisão sistemática e do artigo transversal sugerem uma associação do ângulo de fase com a atividade física e com o tempo sentado. Entre os principais fatores que podem explicar o efeito positivo da atividade física sobre o ângulo de fase estão o aumento da integridade da membrana celular e a mudança no conteúdo intracelular, fatores estes que refletem a saúde celular e, consequentemente, a saúde do indivíduo.
Introduction: The phase angle is considered an important prognostic marker because it reflects cellular health. Inadequate physical activity and sitting time are associated with a significant number of chronic noncommunicable diseases. Recent studies suggest that these two factors may be associated with phase angle values. Objective: to verify the association of phase angle with physical activity Methodology: the thesis will present two articles: a systematic review with metaanalysis and a cross-section article. Meta-analysis: We searched the following databases: MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials, SciELO, LILACS, SPORTDiscus, Scopus and Web of Science. Two reviewers independently assessed eligibility criteria and bias risks. The results were synthesized using random effects models. The association between physical activity and phase angle was evaluated considering the design of the study. Cross-sectional study: individuals over 11 years of age, of both sexes, who met bioimpedance assessment criteria and without diagnosis of chronic disease, were invited to participate in the study. The phase angle evaluation was performed using Ottoboni's Biospace equipment, model InBodyS10. Physical activity level and sitting time were assessed using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). The association between the phase angle and the predictor variables was evaluated using a univariate and multivariate generalized linear model (GLM). All variables with a value of p <0.20 were included in the multivariate model. In the final model, only the variables with p <0.05 were included. Results: Systematic Review: Nine studies, totaling 575 participants, were included in the meta-analysis. The results of cross-sectional studies indicate that the active subjects presented a mean value of higher phase angle when compared to controls (DM = 0.70, 95% CI 0.48 to 0.92, P <0.001), with low heterogeneity (I2 = 0%, P = 0.619). In the crosssectional analysis, the differences between health status and type of physical activity evaluation were not significant (P = 0.332, P <0.253). In longitudinal studies (clinical trial and follow-up), mean values of final phase angle increased significantly compared to baseline (DM = 0.30, 95% CI 0.11 to 0.49, P <0.001), with low heterogeneity (I2 = 13%, P = 0.331). The differences were not significant in relation to the state of health and the type of longitudinal study (clinical trials or follow-up studies) (P = 0.900; 0.989). Evidence of publication bias was not observed, and the overall risk of bias was moderate to high. Cross-sectional article: 1228 subjects were included. The multivariate generalized linear model showed that both physical activity (β = 0.164, 95% CI 0.071 to 0.256, P = 0.001) and sitting time (β = 0.152, 95% CI 0.063 to 0, 242, P = 0.001) were determinant for the phase angle. As well as sex, body mass index and age, also remained associated with phase angle (β = -0.890, 95%CI -0.975 to -0.806, P <0.001; β = 0.037, 95%CI 0.029 to 0,045, p <0.001 e; β = -0.006, 95%CI -0.008 to -0.003 P<0.001, respectively). Conclusion: The results of the systematic review and the cross-sectional article suggest an association of phase angle with physical activity and sitting time. Among the main factors that may explain the positive effect of physical activity on the phase angle are the increase in cell membrane integrity and the change in intracellular content, these factors reflecting the cellular health and, consequently, the health of the individual.
URI: http://hdl.handle.net/10923/13581
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