Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/13582
Tipo: doctoralThesis
Título: Desconstrução e democracia por vir: por uma crítica da violência para além do medo
Autor(es): Scapini, Marco Antonio de Abreu
Orientador: Souza, Ricardo Timm de
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Data de Publicação: 2018
Palavras-chave: FILOSOFIA POLÍTICA
ÉTICA
DEMOCRACIA
Resumo: O presente trabalho pretende apresentar uma análise crítica daquilo que se concebe como democracia na atualidade. Em verdade, seguindo os rastros do pensamento e da obra filósofo franco-argelino Jacques Derrida, buscamos ferramentas teóricas e críticas para aquilo que se encontra aí presente como conceito político, sobretudo naquilo que se identifica como democracia. Assim, desde o legado filosófico de Derrida, pretende-se oferecer uma desconstrução do político para aquilo que o filósofo chama de democracia por vir. Trata-se, portanto, menos de uma conceitualização ou definição daquilo que democracia pode querer dizer, e mais daquilo que podemos entender em Derrida como um imperativo categórico, ou seja, fazer todo o possível para que o por vir continue aberto. É esse, então, o sentido do presente texto e para o qual todas as análises se dirigem, ou seja, fazer todo o possível para que, através daquilo que chamamos de desconstrução, o por vir esteja ainda no alcance de um desejo, mesmo que impossível, assim como a loucura por justiça que move de ponta a ponta a desconstrução. Deste modo, construímos um percurso que pretende apresentar a desconstrução como uma filosofia da margem, ou ainda, à margem da filosofia, para então, enfrentar as questões referentes à justiça como núcleo indesconstruível da desconstrução, bem como da violência que se expressa de múltiplas formas no dia a dia, sobretudo a violência que pretende eliminar o outro. Por fim, na etapa final do trabalho, apresentar aquilo que nomeia a presente tese, ou seja, a desconstrução do medo como a possibilidade de uma democracia por vir, buscando na própria palavra democracia a força de uma promessa que pode nos fornecer a esperança de que ela ainda não se realizou. Enfim, nosso percurso é conduzido por aquilo que está em falta à democracia, e por uma incessante responsabilidade hiperbólica que fundamenta todo o trabalho, o que nos direciona para o fato de que devemos ainda aprender a viver sem medo.
Ce travail vise à présenter une analyse critique de ce qui est conçu comme une démocratie dans le temps présent. En fait, en suivant les traces de la pensée et de l’œuvre du philosophe français-algérien Jacques Derrida, nous cherchons des outils théoriques et critiques pour ce qui est présenté là comme un concept politique, en particulier dans ce qui est identifié comme une démocratie. Ainsi, dès l'héritage philosophique de Derrida, nous voulons offrir une déconstruction du politicien à ce que le philosophe appelle la démocratie à venir. Il s’agit,donc, moins d'une conceptualisation ou une définition de ce que la démocratie peut vouloir dire et plus de ce que nous pouvons comprendre chez Derrida comme un impératif catégorique, c’est-à-dire à savoir tout faire pour que l’avenir reste ouvert. Il est celui-ci, alors, le sens de ce texte et pour lequel toutes les analyses sont dirigées, autrement dit, tout faire pour que, grâce à ce que nous appelons la déconstruction, l’avenir soit encore à la portée d'un désir, même si impossible, ainsi que la folie par la justice qui va de bout en bout à la déconstruction. Ainsi, nous avons construit un parcours qui compte présenter la déconstruction comme une philosophie de la marge ou à la marge de la philosophie, pour faire face, alors, aux questions concernant la justice comme noyau de la déconstruction, ainsi que la violence exprimée dans les formes multiples au jour le jour, en particulier la violence qui cherche à éliminer l'autre. Enfin, dans la phase finale du travau, proposer ce qui désigne cette thèse, c’est-à-dire la déconstruction de la peur comme la possibilité d'une démocratie à venir, à la recherche du mot démocratie même la force d'une promesse qui peut nous donner de l'espoir que cela n'a pas encore été réalisé. Quoi qu'il en soit, notre itinéraire est entraîné par ce qui manque à la démocratie et par une responsabilité hyperbolique implacable qui fonde tout le travail qui nous dirige vers le fait que nous avons encore à apprendre à vivre sans peur.
URI: http://hdl.handle.net/10923/13582
Aparece nas Coleções:Dissertação e Tese

Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TES_MARCO_ANTONIO_DE_ABREU_SCAPINI_COMPLETO.pdfTexto Completo1,76 MBAdobe PDFAbrir
Exibir


Todos os itens no Repositório da PUCRS estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, e estão licenciados com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Saiba mais.