Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/15294
Tipo: doctoralThesis
Título: Família e escola: o que as crianças do 1º ano têm a dizer?
Autor(es): Maia, Denise da Silva
Orientador: Rozek, Marlene
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Data de Publicação: 2019
Palavras-chave: EDUCAÇÃO INFANTIL
RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA
RELAÇÕES FAMILIARES
EDUCAÇÃO
Resumo: O presente estudo procurou compreender como a família, a escola e a relação entre ambas são percebidas e significadas por crianças do 1º ano do Ensino Fundamental de duas escolas de Porto Alegre (RS, Brasil), uma pública e uma privada, por meio da escuta de suas vozes e da leitura de suas escritas e desenhos. A pesquisa amparou-se na Sociologia da Infância, que considera as crianças como atores sociais e sujeitos competentes, que influenciam e são influenciadas pela sociedade em que se inserem. Foram realizados grupos focais, cujos diálogos foram gravados e posteriormente transcritos, e as crianças produziram desenhos e escritas. As narrativas orais e escritas das crianças foram submetidas à Análise Textual Discursiva; os desenhos, entendidos como narrativas gráficas, foram analisados a partir de diversos autores. A seguir, foi realizada a triangulação dos dados, da qual emergiram as 11 categorias finais: concepções de família, membros das configurações familiares, sentidos, funções e papéis na família, outros temas emergentes; concepções, sentidos e funções da escola; percepções e sentidos da relação família-escola. A família apareceu como grupo social, tendo como base na união e sendo definida a partir da sua configuração: as crianças a conceituaram dizendo quem faz parte dela. A família também foi considerada um valor e um contexto fundamental para a sobrevivência. Suas funções são prover afeto, cuidado e ajuda mútua e proporcionar intimidade. Quanto aos papéis, os adultos cuidam (sendo a mãe a principal cuidadora) e as crianças e os animais brincam.A escola foi concebida como um lugar com uma determinada configuração arquitetônica e uma identidade específica. Foi considerada um espaço das crianças e um contexto que interage com a família. As crianças atribuíram sentidos positivos à escola: disseram que é bom e importante frequentá-la, além de ser obrigatório. Serve para aprender, brincar, divertir-se e fazer amigos. As crianças colocaram-se como objeto e sujeitos da relação família-escola, assumindo a condição de protagonistas relevantes. Em sua perspectiva, o foco da relação família-escola é a avaliação da criança como aluno. Expressaram expectativa negativa quanto às comunicações entre família e escola. Evidenciaram perceber uma aliança entre os membros adultos e expressaram que as tensões da relação recaem sobre as crianças, tornando-as o vértice suscetível do triângulo. As crianças revelaram preocupação e medo diante das trocas entre família e escola, mas também esperança de que os impasses tenham uma resolução positiva.
This study aimed to understand how school, family and the relations between the two are comprehended and signified by first year elementary school children of a public and a private school in Porto Alegre (RS, Brazil). Their speech, writing and reading were analysed. Research was based on Childhood Sociology, which considers children as social actors and competent subjects, whom both contribute to and suffer influence from their social environment. Focus groups were created, dialogues were recorded and transcribed, and the children created drawings and writings. Textual Discourse Analysis was used for the oral and written narratives of children; their drawings were analysed based on several theorists. 11 final categories have been found: family conceptions, family members, families’ meanings, roles and parts, other emerging themes; school’s parts, meanings and conceptions, schoolfamily relation meanings and perceptions. Family was defined by the children as a social group, based on union and on its configuration: they listed who was part of it. Family was also considered a value and a fundamental context for survival. Its role is to provide care, affection and mutual help and to enable intimacy. Adults would care (the mother being the main caretaker), while children and animals would play. School was conceived as a place with a determined architectural configuration and a specific identity. It was considered a children’s environment that interacts with the family.The children attributed positive meanings for school: it’s good and important to attend to it, besides mandatory. It’s a place to learn, play, have fun and make friends. They saw themselves as object and subject of the family-school relation, taking the role of relevant protagonists. By their perspective, the focus of this relation is to evaluate the child as a student. The children also expressed negative expectations regarding the communication between family and school. They perceived an alliance amongst the adults and believed that the tensions arising from the family-school relation impact children the most, which makes them more vulnerable. The children revealed being worried and afraid while facing interactions between family and school but were also hopeful for positive resolutions.
URI: http://hdl.handle.net/10923/15294
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