Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10923/15674
Type: doctoralThesis
Title: Adaptação transcultural, evidências de validade da escala yuth outcome questionnaire 2.01 para o português brasileiro e sua aplicabilidade clínica na área da psicoterapia com crianças e adolescentes
Author(s): Holst, Bruna
Advisor: Lisboa, Carolina Saraiva de Macedo
Publisher: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Graduate Program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Issue Date: 2019
Keywords: PSICOMETRIA
COMPORTAMENTO (PSICOLOGIA)
TESTES PSICOLÓGICOS
PSICOLOGIA
Abstract: Intervenções clínicas na infância e na adolescência são essenciais para a promoção de saúde mental e qualidade de vida, assim como para a prevenção de transtornos severos na adultez. A psicoterapia é o processo que, através da influência interpessoal e de processos psicológicos como aprendizagem, persuasão e apoio social, visa a promoção da saúde mental, enfrentamento de conflitos, redução de comportamentos desajustados e resolução de transtornos psíquicos. Instrumentos que apresentem evidências de validade são ferramentas importantes na avaliação de resultado e processo em psicoterapia, e são indispensáveis para sustentar a psicoterapia baseada em evidências. O Youth Outcome Questionnaire 2.01 (Y-OQ 2.01) é um instrumento que foi desenvolvido para atender a demanda de avaliação de psicoterapia com crianças e adolescentes. Este questionário é breve, sensível à mudança e atende a padrões psicométricos rigorosos de validade e confiabilidade. O Y-OQ 2.01 é autoaplicável e composto por 64 itens, respondidos por pais ou responsáveis legais de crianças ou adolescentes, em uma escala Likert de 1 a 5. Objetivo: Investigar evidências de validade do Y-OQ 2.01 para utilização no idioma português do Brasil. Método: Esta tese é composta por três artigos, sendo um teórico e dois empíricos. O artigo teórico apresenta uma revisão sistemática que investigou delineamentos de pesquisa predominantes e instrumentos utilizados em estudos brasileiros que descrevem intervenções psicoterápicas com crianças e adolescentes. O primeiro artigo empírico descreve a adaptação transcultural e investigação das propriedades psicométricas do Y-OQ 2.01, mais especificadamente evidências de validade de conteúdo e de construto do instrumento, mediante análise fatorial exploratória e de rede (network). O segundo artigo empírico visou a investigar determinantes sociais associados ao desenvolvimento de problemas psicológicos e comportamentais em crianças e adolescentes. Participaram desta pesquisa 341 pais ou responsáveis legais de crianças (N=172) e adolescentes (N=163) de 1 a 19 anos de idade (M=9,44; DP=4,20). Foram aplicados o Y-OQ 2.01 e um questionário de dados sociodemográficos. Resultados: A revisão sistemática apontou para uma lacuna de estudos (N=28, sem limitação temporal) na área da psicoterapia com crianças e adolescentes no contexto brasileiro, especialmente estudos que avaliem os resultados das intervenções através de instrumentos que apresentem evidências de validade. Dentre os estudos que empregaram algum tipo de medida, observouse o pouco detalhamento acerca dos dados de validade e confiabilidade. A partir da identificação da demanda por instrumentos que apresentem evidências de validade para o contexto brasileiro para avaliação de processo e resultado de psicoterapia com esta faixa etária, elegeu-se o Y-OQ 2.01 para a realização da adaptação transcultural e investigação de evidências de validade, processo descrito no primeiro estudo empírico. Os resultados demonstraram evidências de validade de conteúdo e de construto para o Y-OQ 2.01 na língua portuguesa do Brasil, e uma estrutura em dois fatores (internalizante e externalizante) para esta população. Alfas de Cronbach para os dois fatores foram 0,92 e 0,93, respectivamente. O segundo estudo empírico apontou que as meninas tendem a manifestar mais sintomas internalizantes, ao passo que os meninos demonstram condutas e sintomas externalizantes. Identificou-se, neste estudo, que gênero, grupo etário, estado civil dos pais e etnia/cor da pele/raça reportada podem atuar como fatores de risco para problemas psicológicos e comportamentais, e o Y-OQ 2.01 foi sensível para diferenciar população clínica e não-clínica. Conclusão: O Y-OQ 2.01 demonstrou evidências para seu uso como ferramenta de planejamento, monitoramento e avaliação de resultados de tratamentos psicoterapêuticos por clínicos de diferentes abordagens teóricas no Brasil. Além disso, o estudo também possibilitou refletir sobre sintomas e tratamentos de crianças e adolescentes na área da Psicologia Clínica.
Evidences of validity of the Youth Outcome Questionnaire – Y-OQ 2.01, parents and legal guardians version, to Brazilian Portuguese. Introduction: Clinical interventions in childhood and adolescence are essential for the promotion of mental health and quality of life, as well as for the prevention of severe disorders in adulthood. Psychotherapy is the process that, through interpersonal influence and psychological processes such as learning, persuasion and social support, aims to promote mental health, cope with conflicts, and decrease behavioral problems and mental disorders. Instruments that present evidence of validity are important tools in assessing outcome and process in psychotherapy, and are essential to support evidence-based psychotherapy. The Youth Outcome Questionnaire 2.01 (Y-OQ 2.01) was developed to meet the demand for evaluation of psychotherapy with children and adolescents. It is a brief tool, sensitive to change and meets rigorous psychometric standards of validity and reliability. It is selfadministered and consists of 64 items, answered by parents or legal guardians of children or adolescents, on a Likert scale ranging from 1 to 5. Objective: Investigate evidence of validity of the Y-OQ 2.01 for use in the Brazilian Portuguese language. Method: This thesis consists of three papers, one theoretical and two empirical. The theoretical paper presents a systematic review that investigated prevailing research designs and instruments used in Brazilian studies with psychotherapeutic interventions with children and adolescents. The first empirical article describes the transcultural adaptation and the investigation of the Y-OQ 2.01 psychometric properties, more specifically evidences of content validity and construct validity, through exploratory factorial analysis and network analysis. The second empirical article aims to investigate social determinants associated with the development of psychological and behavioral problems in children and adolescents. 341 parents or legal guardians of children (N=172) and adolescents (N=163) from 1 to 19 years old (M=9.44; SD=4.20) participated in the study. The Y-OQ 2.01 and a social-demographic data questionnaire were applied. Results: The systematic review pointed to a gap of studies (N=28, without temporal limitation) in the area of psychotherapy with children and adolescents in the Brazilian context, especially studies that evaluate the interventions’ results through instruments that present evidence of validity. Among the studies that used some type of measurement, it was observed the poor detailing regarding validity and reliability information. Based on the identification of the demand for instruments that present evidence of validity for the Brazilian context for the evaluation of the process and result of psychotherapy with this age group, the Y-OQ 2.01 was chosen for a cross-cultural adaptation and investigation of evidence of validity – process described in the first empirical study. The results demonstrated evidence of content and construct validity for the Y-OQ 2.01 Brazilian Portuguese version, and a two-factor structure (internalizing and externalizing) for this population. Cronbach’s alphas for both factors were 0.92 and 0.93, respectively. The second empirical study pointed out that girls tend to manifest more internalizing symptoms, while boys demonstrate externalizing behaviors and symptoms. It was identified in this study that gender, age group, parents’ marital status and ethnicity/skin colour/race reported can act as risk factors for psychological and behavioral problems, and the Y-OQ 2.01 was sensitive to differentiate clinical and non-clinical populations. Conclusion: The Y-OQ 2.01 showed evidences for its use as a tool for planning, monitoring and evaluation of results of psychotherapeutic treatments by clinicians of different theoretical approaches in Brazil. In addition, the study also made it possible to reflect on symptoms and treatments of children and adolescents in the Clinical Psychology area.
URI: http://hdl.handle.net/10923/15674
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