Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/4993
Tipo: doctoralThesis
Título: Desempenho cognitivo em alcoolistas e prontidão para mudança
Autor(es): Rigoni, Maisa dos Santos
Orientador: Oliveira, Margareth da Silva
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Fecha de Publicación: 2009
Palabras clave: PSICOLOGIA
NEUROPSICOLOGIA
ALCOOLISMO
COGNIÇÃO
LOBO FRONTAL
Resumen: Esta tese de doutorado objetivou realizar uma pesquisa sobre os prejuízos neuropsicológicos decorrentes do uso de álcool, comparando o desempenho de dependentes de álcool internados para tratamento e pessoas da população geral sem esta dependência, para tal realizou-se quatro estudos. O primeiro aborda aspectos teóricos acerca dos prejuízos cognitivos em alcoolistas, focando primordialmente função executiva e o uso do Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST) para avaliar esta função. O segundo relata um estudo empírico realizado com 61 dependentes de álcool, do sexo masculino, com escolaridade mínima relatada a 5ª série do Ensino Fundamental. Os instrumentos utilizados foram: entrevista estruturada para coleta de dados sócio-demográficos; SADD; URICA; Screening Cognitivo do WAIS-III; Teste de Figuras Complexas de Rey e WCST. Este estudo detectou que 72,81% da amostra apresenta uma dependência grave e 65,5% encontra-se no estágio motivacional da précontemplação. Os participantes deste estudo apresentaram uma possível lentificação psicomotora. Identificaram-se, também, prejuízos na capacidade de percepção visual e memória imediata. De acordo com as normas do WCST para população geral esta amostra apresentou um declínio na capacidade de flexibilidade mental.O terceiro estudo comparou o desempenho cognitivo, por meio dos mesmos instrumentos aplicados no estudo anterior, de alcoolistas e participantes da população geral sem esta dependência, mostrando que o grupo de alcoolistas (GA) denota uma dependência grave em relação ao álcool, sendo que deste grupo 92,1% referem ter ou ter tido algum familiar com problemas associados ao consumo de bebidas alcoólicas enquanto que no grupo controle (GC) apenas 41,5% afirmaram esta variável. Em relação aos hábitos de bebida 91,1% do GA costuma beber diariamente e do GC, dos que bebem, o fazem esporadicamente. Quanto aos sintomas de abstinência do álcool o GA já manifestou tremores (57,4%) e insônia (28,7%), ao passo que no GC um participante já experimentou sudorese e um irritabilidade. No GA 76,2% consomem tabaco e no GC 9,8% usam esta substância. A maioria (59,4%) do GA estava abstinente entre 8 e 15 dias no momento da avaliação e o GC estava em sua maioria (43,9%) há mais de 60 dias. No que tange ao desempenho neuropsicológico, principalmente no WCST e no Teste de Figuras Complexas de Rey, verificou-se que há um declínio de funções cognitivas em pacientes dependentes de álcool quando comparados seus resultados a de pessoas não dependentes, sendo que o GA sugere uma lentificação psicomotora.O quarto estudo se refere a um seguimento realizado com o GA (n=101), no qual foi realizado uma entrevista por telefone, após 3 meses da alta hospitalar, para se identificar quantos se mantiveram abstinentes neste período, independente do tratamento realizado. Constatou-se que 55,4% conseguiram ficar abstinentes e 37,6% recaíram. Utilizando-se os resultados da avaliação realizada durante a internação se fez uma regressão logística, a qual mostrou que os pacientes que referiram já ter experimentado insônia como sintoma de abstinência apresentam 6,25 vezes chance de recair do que os que não experimentaram este sintoma. Observou-se, também, que um pior desempenho na cópia do Teste de Figuras Complexas de Rey aumenta a chance de o paciente recair, há para cada ponto 1,089 vezes chance de recair. Os resultados desta tese demonstram que a dependência do álcool interfere de forma negativa nas funções cognitivas como memória, percepção visual, desempenho psicomotor e flexibilidade mental.
The present thesis aimed to carry out a research on the neuropsychological impairments resulting from alcohol use, comparing performances of hospitalized alcoholics and nonalcoholic subjects. It consists of four studies. The first addresses theoretical issues in cognitive deficits in alcoholics, primarily focusing on executive function and the use of the Wisconsin Card Sorting Test (WCST) to assess it. The second is an empirical study conducted with 61 male alcoholics, with 5thgrade-minimum education. Instruments used were a structured interview for socio-demographic data; SADD; URICA; Cognitive Screening of the WAIS-III; Rey Complex Figure Test and WCST. Severe dependence was present in 72. 81% of the patients and, regarding motivational stage, 65. 5% of them are in pre-contemplation. Subjects showed possible psychomotor slowing. Damages in visual perception and immediate memory were also identified. According to the rules of WCST for the general population, this sample showed a decline in mental flexibility. The third study compared the cognitive performance of the alcoholic and nonalcoholic groups, using the same instruments as the previous study. In the alcoholic group (AG), 92. 1% of the subjects reported having or having had some family problems associated with the consumption of alcoholic beverages while in the control group (CG) only 41. 5% reported the same. Regarding drinking habits, 91. 1% of AG usually drink daily and in the GC, subjects that drink, do so sporadically. As for symptoms of alcohol withdrawal, subjects in the AG have already expressed tremor(57. 4%) and insomnia (28. 7%), while in the CG, a participant experienced sweating and irritability. 76. 2% of AG and 9. 8% of CG use tobacco. The majority (59. 4%) of AG was abstinent between 8 and 15 days at the time of evaluation and mostly (43. 9%) of the CG had been abstinent for over 60 days.Regarding neuropsychological performance, particularly in the WCST test and Rey Complex Figure, findings indicate a decline in cognitive functions in alcoholic patients when comparing their results with nonalcoholic subjects and the AG suggest psychomotor slowing. The fourth study was a follow-up performed with the AG (n = 101),in which a telephone interview was conducted 3 months after hospital discharge to identify those who had remained abstinent, regardless of treatment. Findings show 55. 4% was able to remain abstinent and 37. 6% had relapsed. A logistic regression was done with the results of the assessment performed during hospitalization, which indicated that patients who have experienced insomnia as withdrawal symptom have 6. 25 times more chance of relapse than those who did not experience this symptom. In addition, lower performance in the copy task of Rey Complex Figure Test increases the chance of relapse; each point equals 1. 089 times more chance of relapsing. Outcomes of this thesis suggest alcohol dependence interferes negatively in cognitive functions like memory, visual perception, psychomotor performance and mental flexibility.
URI: http://hdl.handle.net/10923/4993
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