Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/7038
Tipo: doctoralThesis
Título: Copeptina como marcador de estresse em crianças vítimas de maus-tratos
Autor(es): Coelho, Roberta Paula Schell
Orientador: Grassi-Oliveira, Rodrigo
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Data de Publicação: 2014
Palavras-chave: PSICOBIOLOGIA
ESTRESSE (PSICOLOGIA)
CRIANÇAS - MAUS-TRATOS
PSICOLOGIA
Resumo: Introdução: Estudos têm mostrado que os maus-tratos na infância (MTI) podem ser considerados um dos tipos mais graves e crônicos de estresse. Embora as pesquisas vêm referindo os MTI como um fator de risco para diversas patologias, ainda carecem estudos sobre a psicobiologia e biomarcadores relacionados aos MTI.Objetivo: Investigar biomarcadores, especialmente a copeptina, e características comportamentais associados com história de MTI.Métodos: A presente tese é composta por três estudos. O primeiro estudo aborda uma revisão sobre a neurobiologia dos MTI. O segundo estudo apresentou a revisão sistemática da literatura acerca da associação entre história de MTI e marcadores inflamatórios na vida adulta. O terceiro estudo investigou níveis séricos de copeptina em crianças com e sem história de MTI.Resultados: O primeiro estudo aponta que os MTI estão associados à um aumento na resposta autonômica do estresse e na reprogramação de sinalização dos glicocorticóides, reverberando assim uma capacidade exagerada das respostas imunológicas e de estresse. Destacam-se as evidências das associações existentes entre os MTI e as anormalidades no sistema imunoendocrinológico. Esse estudo também salienta o impacto dos MTI como dependente das interações gene-ambiente que modularão a cascata neurobiológica conectada aos fatores de vulnerabilidade e resiliência de cada indivíduo. No segundo estudo foram sistematicamente analisados artigos sobre o tema, demonstrando que história de MTI está associada com um aumento nos níveis de proteína C-reativa, fibrinogênio e citocinas pró-inflamatórias. Os resultados sugerem que a presença de histórico de MTI está relacionado a um estado crônico inflamatório na vida adulta, independente da presença de comorbidades clínicas psiquiátricas. O terceiro estudo evidenciou que histórico de MTI está associado com a elevação dos níveis séricos de copeptina, independentemente da idade, sexo e sintomas psiquiátricos. Além disso, a copeptina pode ser considerada um novo e promissor biomarcador em crianças com história de MTI.Considerações finais: Considerando estudos prévios acerca de marcadores biológicos e MTI, esta tese vem corroborar sua importância na apresentação de resultados inovadores e promissores para a literatura. Esta tese apresenta um novo e potencial marcador biológico associado a história de MTI: a copeptina; além de reiterar a presença de alterações neuroimunoendocrinológicas em sujeitos com história de MTI. Dentre as pesquisas já realizadas, observa-se sistematicamente que os MTI impactam na saúde física e mental do indivíduo, por vezes potencializando o risco de desenvolvimento e piora no curso de inúmeras doenças. Portanto, é de extrema relevância o avanço da ciência em direção a um entendimento melhor integrado desses mecanismos biológicos que se mostram também respondentes ao ambiente.
Introduction: Studies have shown that childhood maltreatment (CM) can be considered one of the most serious and chronic types of psychological stress. Although researches have reported CM as a risk factor for many diseases, studies about CM biomarkers remains underexplored.Objective: Verify the association between CM and biomarkers, specially copeptin, and behavioral changes.Method: This dissertation consists of three studies. The first study is a review of CM neurobiology. The second study presented a systematic review regarding the correlation between childhood maltreatment and inflammatory markers in adulthood. The third study investigated serum copeptin levels in children with and without history of CM.Results: The first study highlights the impact of CM as being a geneenvironment interaction resultant that seems to modulate the neurobiological cascade connected to vulnerabilities and resilience of each individual. Survivors of CM can exhibit alterations in several physiological systems, including the immune, endocrine, cardiovascular, behavioral, and central nervous systems. Childhood trauma is associated with increased autonomic stress responses and reprogramming of glucocorticoid signaling, thus contributing to exaggerated stress and immune responsiveness. There is strong evidence of the association between CM and abnormalities in the immunoendocrine system. In the systematic review study we analyzed 19 articles about the topic. Studies showed that a history of CM was associated with increased levels of C-reactive protein, fibrinogen and proinflammatory cytokines. CM seems to be related with a chronic inflammatory state independent of clinical comorbidities. The third study demonstrated that CM is correlated to increased copeptin serum levels and it is non-related to age, sex and psychopathology symptoms. Furthermore, the copeptin can be considered a promising novel biomarker in CM.Conclusions: The present thesis presents new and promising data regarding biological markers and CM that corroborates with the current literature findings. The data shown here introduces copeptin as a new potential biomarker associated to CM. This thesis also reinforces the presence of neuro-immune-endocrine alterations in individuals presenting CM history. The literature shows CM systematically impacts the physical and mental health, potentializing the development and complications risks of many other diseases. So, it is of extreme importance to investigate these biological mechanisms that seems to be correlated to environmental factors.
URI: http://hdl.handle.net/10923/7038
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