Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/7671
Registro Completo de Metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorMüller, Felipe de Matos-
dc.contributor.authorKetzer, Patricia-
dc.date.accessioned2015-11-05T01:10:15Z-
dc.date.available2015-11-05T01:10:15Z-
dc.date.issued2015pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10923/7671-
dc.description.abstractTrust is an indispensable concept whenever we think of human beings interacting with other individuals because it helps us to think about the political order and social cooperation. However, it is far from having a single definition. The search for a definition has proved that it is necessary to come back to the origins of the concept in order to seek for understanding its use in Epistemology. In Moral Philosophy, it is established a distinction between two ways of trusting: 1) trust, which is characterized by a deeper interpersonal relationship that involves good will and vulnerability; 2) rely, which is a kind of trust but more basic in how the world and the things work. The concept of trust becomes relevant in Epistemology when we start to consider transmission of knowledge by testimony. The main issue is when we can trust other people to acquire knowledge based on their acts of speech. It is not possible to debate testimony without considering the problem of trust. Nevertheless, the concept has been used inappropriately. The moral aspects do not contribute to the epistemic scenario. However, not considering these aspects mischaracterizes the concept, reducing it to relying only. We defend that, only rely should be, prudently, used. It is a concept that has already been established in Epistemology literature. In order to do so, we analyzed three possibilities: a reduction to the moral field, an analogy between the concept in Moral Philosophy and Epistemology and, at last, a non-analogical use, that is, strictly epistemic. We presented a general sketch of the debate about Epistemology of Testimony and the role of trust in this reduction. We exposed the concept of moral trust and evaluated the possibility of a reduction. Not considering the distinction proposed in Moral Philosophy mischaracterizes the concept. On the other hand, the reduction is not possible because moral trust presupposes risk acceptance, the attempt of eliminating risks through rational thought weakens the act of trusting. Besides, trust makes us resistant to evidences and, in Epistemology, it is wrong to neglect evidences. Interpersonal conceptions propose analogical use of the concept, applying them to epistemological debates without neglecting moral aspects. Nevertheless, they are not a viable option because they are epistemically powerless. The moral bias do not play any relevant epistemic role. Thus, we analyzed the possibility of a non-analogical use, based on Richard Foley’s (2001) proposition. This author does not consider differences between trust and rely. He ends up reducing the concept of trust to the concept of rely, overshadowing the vocabulary in Epistemology of Testimony. We defend that the non-analogical use is a mistake because it mischaracterizes what normally is called trust in order to reduce it to an already fixed concept in epistemological literature. It does nothing but confusions to the debate. Considering moral aspects of trust is important for identifying the problem. The concept of trust cannot contribute to the debate because it does not play an epistemic role. As for the concept of rely, it can be used in Epistemology of Testimony, just as it has been used in other epistemological debates.en_US
dc.description.abstractConfiança é um conceito indispensável quando pensamos o ser humano interagindo com outros sujeitos, pois auxilia-nos a pensar a ordem política e a cooperação social. Mas está longe de possuir uma definição única. A procura por uma definição mostrou-nos ser necessário retornar às origens do conceito, na busca por compreender seu uso em Epistemologia. Na Filosofia Moral estabelece-se uma distinção entre duas formas de confiar: 1) a confiança (trust), que se caracteriza por ser uma relação interpessoal mais profunda, a qual envolve boa vontade e vulnerabilidade; 2) a fiabilidade, um tipo de confiança mais básica no funcionamento do mundo e das coisas. O conceito de confiança torna-se relevante em Epistemologia quando passamos a considerar a transmissão de conhecimento por testemunho. A principal questão é quando podemos confiar em outras pessoas para adquirir conhecimento com base em seus atos de fala. Não há como debater testemunho sem considerar o problema da confiança. Mas, o conceito tem sido utilizado de modo inadequado. Os aspectos morais não contribuem para o cenário epistêmico. Todavia a desconsideração desses aspectos descaracteriza o conceito, reduzindo-o à fiabilidade. Defendemos que, por parcimônia, deve-se utilizar apenas fiar-se, um conceito já estabelecido na literatura epistemológica. Para tal, analisamos três possibilidades: uma redução ao campo moral, uma analogia entre o conceito em Filosofia Moral e Epistemologia e, por fim, um uso não analógico, ou seja, estritamente epistêmico. Apresentamos um esboço geral do debate sobre Epistemologia do Testemunho e o papel da confiança nessa discussão. Expomos o conceito de confiança moral e avaliamos a possibilidade de uma redução. A não consideração da distinção proposta em Filosofia Moral descaracteriza o conceito. Por outro lado, a redução não é possível, pois confiança moral pressupõe aceitação do risco, a tentativa de eliminar os riscos através de reflexão racional enfraquece a atitude de confiança. Além do mais, confiança nos faz resistentes a evidências, e em Epistemologia é errado negligenciar evidências. As concepções interpessoais propõem um uso analógico do conceito, aplicando-o aos debates epistemológicos sem negligenciar os aspectos morais. Entretanto, não são uma opção viável, pois são epistemicamente impotentes. O viés moral não desempenha nenhum papel epistêmico relevante. Assim, analisamos a possibilidade de um uso não analógico, tendo como base a proposta de Richard Foley (2001). Este autor desconsidera a distinção entre confiar e fiar-se e acaba por reduzir o conceito de confiança ao de fiabilidade, obscurecendo o vocabulário em Epistemologia do Testemunho. Defendemos que a utilização não analógica é um erro, pois descaracteriza aquilo que normalmente se denomina confiança para reduzi-la a um conceito já consagrado na literatura epistemológica. Não faz mais que confundir o debate. A consideração dos aspectos morais da confiança se faz importante justamente para identificação do problema. O conceito de confiança não pode contribuir para o debate, pois não desempenha um papel epistêmico. Já o conceito de fiar-se pode ser utilizado em Epistemologia do Testemunho, assim como vêm sendo utilizado em outros debates epistemológicos.pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.publisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.rightsopenAccessen_US
dc.subjectFILOSOFIApt_BR
dc.subjectRELAÇÕES INTERPESSOAISpt_BR
dc.subjectEPISTEMOLOGIApt_BR
dc.subjectTESTEMUNHOSpt_BR
dc.subjectÉTICApt_BR
dc.subjectCONFIANÇApt_BR
dc.titleO conceito de confiança em epistemologia do testemunho: distinguindo confiar de fiar-sept_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.degree.grantorPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.degree.levelDoutoradopt_BR
dc.degree.date2015pt_BR
dc.publisher.placePorto Alegrept_BR
Aparece nas Coleções:Dissertação e Tese

Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000476002 - Texto Completo.pdfTexto Completo1,19 MBAdobe PDFAbrir
Exibir


Todos os itens no Repositório da PUCRS estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, e estão licenciados com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Saiba mais.