Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/8887
Tipo: masterThesis
Título: Em liberdade: narrativas biográficas de mulheres com experiências de encarceramento
Autor(es): Reif, Karina Schuh
Orientador: Santos, Hermílio
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Data de Publicação: 2016
Palavras-chave: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS
PENITENCIÁRIA FEMININA
LIBERDADE
CIÊNCIAS SOCIAIS
Resumo: A presente pesquisa analisa vivências de liberdade de mulheres no período posterior à prisão. Por meio da abordagem metodológica de narrativas biográficas foi possível identificar os principais temas presentes nos discursos que permeiam a vida em liberdade após período de encarceramento. Foram realizadas entrevistas biográficas com sete mulheres com passagem por uma penitenciária em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, sendo que a entrevista de Marilene é analisada de maneira sequencial e as demais avaliadas de forma global, seguindo o modelo de análise de narrativas biográficas desenvolvido por Gabriele Rosenthal. As narrativas biográficas evidenciaram principalmente três aspectos. O estigma de ex-presas, expresso tanto de maneira latente quanto de forma manifesta nos relatos biográficos de Marilene e das demais entrevistadas, é um deles. O segundo aspecto é o reforço de papéis de gênero, utilizado como uma das formas para atenuar a imagem de egressas do presídio. O terceiro aspecto enfatizado nas entrevistas e analisado neste trabalho é o caráter corretivo que as egressas atribuem ao sistema prisional. Com esta pesquisa, pretende-se contribuir para a compreensão das experiências de liberdade após um período de encarceramento. Narrativas biográficas apontam que a análise de períodos biográficos anteriores, como o próprio encarceramento e as experiências anteriores a ele, podem contribuir para a compreensão da maneira como a liberdade é vivenciada.Entre os resultados do trabalho está a constatação de que, pelo menos, a amostra pesquisada não confirma a lógica trabalhada por parte dos autores de que a cadeia funcionaria como uma “escola do crime”. As considerações levam ao entendimento de que as presas entrevistadas querem uma nova oportunidade. A prioridade dada à família é utilizada como motivação para não reincidência. A pesquisa sugere a necessidade de ampliar, em trabalhos futuros, o número de entrevistas a serem analisadas sequencialmente, com o objetivo de se construir tipologias biograficamente definidas para a vivência da liberdade após o encarceramento.
This research analyzes the experiences of women freedom after arrested period. Through the methodological approach of biographical narrative was possible to identify the main topics presented on the speeches that permeate freedom life after detention period. Biographical interviews were realized with seven women who were kept in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, jail, being the interview of Marilene analyzed using sequential manner and the others evaluated in a global manner, following the pattern of biographical narratives analysis developed by Gabriele Rosenthal. The biographical narratives pointed three aspects: ex prisoner stigma, expressed as a latent manner such as the ways it appear in the biographical reports of Marilene and others interviewed. The second point presented is the reinforcement of gender roles, used to mitigate the image of ex-prisoners. The third point emphasized on the interviews and analyzed on the present work is the correction character that ex-prisoners accredited for the prison system. This research intends to contribute for freedom experiences comprehension after in jail period. Biographical narratives demonstrate that analysis of prior biographical periods, such incarceration and the prior experiences, might contribute to comprehend the way freedom is experienced.Among the outcomes of this work is the finding which, at least, the sample researched do not confirms the logical worked by the writers that the jail would work as a “crime school”. The considerations leads to understanding of prisoners interviewed want a new opportunity. The priority given to family is used as motivation for not relapse. The research suggests the necessity to amplify, in future works, the number of interviews to be sequentially analyzed, with the purpose to build defined biographical typology for the experience of freedom after in jail period.
URI: http://hdl.handle.net/10923/8887
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