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Tipo: doctoralThesis
Título: Jornalismo de (im)precisão: o conhecimento matemático e a apuração de números
Autor(es): Gehlen, Marco Antônio
Orientador: Dornelles, Beatriz Corrêa Pires
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Fecha de Publicación: 2016
Palabras clave: JORNALISMO
COMUNICAÇÃO
Resumen: This study investigates the journalistic treatment given to figures in professional practices of news report, from a discussion established through Precision Journalism, Investigative Journalism and Data Journalism Theories, as well as through the ultimate singling of the mathematical skills needed for contemporary journalism practice. The research was composed by eight methodological stages, in which we conducted interviews with prominent professionals in their working areas; applied questionnaires to students and journalists aiming to understand their relations with numbers; and used Content Analysis in a sample of news reports - standard and with data - that have been published in newspapers, focusing on identifying how figures were included in the news construction. As a result, we verified that 73% of journalism students and 60% of conventional journalists from various surveyed newsrooms claim that they do not like mathematics, although 82% of the professionals have pointed out that usually make news and / or reports using figures. From the investigative journalists we have talked to, 94% say they have felt the necessity to know more about mathematics when they were investigating some agendas, and 95% from the total of the surveyed journalists believe that, due to little affinity, journalists heavily rely on figures informed by their sources. The study mapped the figures published in 110 texts from a complete edition of a printed newspaper and concluded that 84% of them had numbers. From this, it has come to a typology with eleven categories of figures used in the construction of texts.A comparison of the numbers found in conventional reports and data reports revealed that the predominant differential is that the figures published in the data reports are obtained from databases and undergo mathematical operations performed by the newsroom team, that is, journalists are starting to make the numbers which will compose their news report. Regarding the necessary mathematical knowledge and skills to act in contemporary journalism, basic operations prove to be sufficient to perform operations for conventional reports, but data report teams have demonstrated greater mathematical and quantitative reasoning on a scenario of growing availability of databases and numbers which can be subject to further newspaper interest. We also extend, in this sense, the demand for statistical knowledge in handling and investigating such data. Therefore, in cases of reports that use numbers, journalistic “flair” and / or journalistic “intuition” do not constitute just an instinct, but we presume a new kind of quantitative knowledge capable of enabling the journalist to see what the data tell.
Este estudo investiga os tratamentos jornalísticos concedidos aos números nas práticas profissionais da reportagem, a partir de discussão estabelecida com as teorias do Jornalismo de Precisão, Jornalismo Investigativo e Jornalismo de Dados, e com sinalização final das competências matemáticas demandadas para a prática do jornalismo contemporâneo. A pesquisa foi composta por oito etapas metodológicas fazendo uso de entrevistas com profissionais de proeminência em suas áreas de atuação; aplicação de questionários a alunos e jornalistas em busca de compreender as relações destes com os números; e análise de conteúdo em amostra de reportagens - convencionais e de dados - que foram veiculadas em jornais impressos, com foco em identificar como os números compuseram a construção das notícias. Como resultado, verificou-se que 73% dos alunos de jornalismo e 60% dos jornalistas convencionais de diversas redações pesquisados afirmam não gostar de matemática, embora 82% dos profissionais tenham apontado que costumam fazer notícias e/ou reportagens usando números. Dos jornalistas investigativos ouvidos, 94% dizem que já sentiram necessidade de conhecer mais de matemática quando apuravam uma pauta e 95% do total de profissionais pesquisados acreditam que, por pouca afinidade, os jornalistas confiam demasiadamente nos números repassados pelas fontes. O estudo mapeou os números publicados em 110 textos de uma edição completa de jornal impresso e concluiu que 84% deles possuíam números. A partir disso, chegou a uma tipologia com onze categorias de números utilizados nas construções de textos. A comparação entre números em reportagens convencionais e reportagens de dados revelou que o diferencial predominante é que os dados numéricos publicados nas reportagens de dados são obtidos a partir de bases de dados e passam por operações matemáticas efetuadas pela própria equipe de redação, ou seja, os jornalistas passam a construir os números que vão compor suas notícias. Quanto às capacidades e conhecimentos matemáticos necessários para atuar no jornalismo contemporâneo, operações básicas mostram ser suficientes no sentido de operações a serem realizadas para reportagens convencionais, mas as equipes de reportagens de dados têm demonstrado maior raciocínio matemáticoquantitativo diante de um cenário de crescente disponibilidade de bases de dados e de números passíveis de novas investidas jornalísticas. Amplia-se também, nesse sentido, a demanda por conhecimentos estatísticos para manipulação e apuração desses dados. No caso das reportagens que utilizam números, portanto, o “faro” e/ou o “tino” jornalísticos não se configuram apenas como instintivos, mas presumese um novo conhecimento de ordem quantitativa capaz de possibilitar que o jornalista enxergue o que dizem os dados.
URI: http://hdl.handle.net/10923/9501
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

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