Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/9507
Tipo: doctoralThesis
Título: A retórica do medo: uma análise neurolinguística da mídia
Autor(es): Antunes Junior, Fernando Simões
Orientador: Wainberg, Jacques Alkalai
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Data de Publicação: 2016
Palavras-chave: MÍDIA
EMOÇÕES
RETÓRICA
EMPATIA
NEUROLINGUÍSTICA
COMUNICAÇÃO
JORNALISMO
Resumo: O presente estudo pretende estabelecer, de forma transversal e exploratória, interfaces entre alguns fundamentos teóricos da comunicação, do pensamento sistêmico, da neurociência e da linguística. Essa relação surge para avaliar como ocorre a eliciação de emoções a partir dos construtos simbólicos produzidos pelos meios de comunicação de massa, em especial os do jornalismo, bem como lançar luz sobre os possíveis efeitos na formação e ressignificação de crenças individuais e coletivas a partir deste processo. A partir da perspectiva sistêmica de que o complexo mente-corpo-linguagem forma um sistema único e indissociável, utilizou-se pressupostos teóricos de Bateson (1987), Chomsky (2005), Damásio (2000/2012), Ekman (2011), Krznaric (2015), Jung (1991/ 2001/ 2008/ 2011a/ 2011b), entre outros, para a elaboração de circuitos que explicam a função das emoções na ativação do processo empático por meio da linguagem. Pesquisas de campo junto a emissores e receptores de construtos simbólicos do jornalismo sugerem que existe uma predileção pela ativação do medo na elaboração de tais construtos, e que esta predileção impacta no humor, com efeitos de ressignificação no crençário coletivo. Dados quantitativos coletados em uma amostragem de pessoas submetidas ao consumo de notícias dos portais Zero Hora e Correio do Povo ao longo de 14 dias revelaram um aumento da vivência de emoções como o medo, a raiva e a tristeza, e uma diminuição da vivência da alegria. Ao mesmo tempo, tais dados demonstraram um aumento no grau de verdade para sentenças que representam crenças mais pessimistas em relação à sociedade. A pesquisa de campo também permitiu a elaboração de um corpus demonstrativo de construtos simbólicos para que, via análise de discurso, fossem identificadas estratégias retóricas específicas usadas para o acionamento do medo nos receptores. .O cruzamento destes dados com entrevistas em profundidade realizadas junto aos construtores das notícias revelou, por fim, que tais fenômenos, bem como seus efeitos, muitas vezes ocorrem no campo da inconsciência, caracterizando uma transmissão de ideologia por condicionamento, na qual o jornalismo opera enquanto catalizador do que Bartolli Filho (2015) chama de “antropologia do terror”. .
This study aims to establish, with a cross and exploratory way, some interfaces between the communication theoretical foundation, systemic thinking, neuroscience and linguistics. This relationship appears to evaluate how the elicitation of emotions generated from the symbolic constructs happen. It`s produced by the mass media, especially journalism, as well as shed light on the possible effects on the formation and reinterpretation of individual and collective beliefs as from this process. Considering, with a systemic perspective, that the triad mind-body-language builds a single and indivisible system, we used theoretical assumptions of Bateson (1987), Chomsky (2005), Damásio (2000/2012), Ekman (2011), Krznaric (2015), Jung (1991/ 2001/ 2008/ 2011ª/ 2011b), among others, to develop circuits that explain the function of empathic process on activation of emotions, and how it can be activated by language. Field survey of transmitters and receptors of journalism's symbolic constructs has shown that there is a preference for activation of fear in the preparation of such constructs, and this preference impacts on mood, with reinterpretation's effects on collective beliefs. Quantitative data collected in random groups submitted to consumption of news, from media platforms of Zero Hora and Correio do Povo, over 14 days shown an increase in experience of some emotions such as fear, anger, and sadness, and a decrease in the joy experience. At the same time, these data showed an increase in the degree of truth for sentences representing more pessimistic beliefs about society. Field research has also enabled the development of a framework of symbolic constructs in order to, through discourse analysis, identify which specific rhetorical strategies were used in the activation of fear in the receivers. .The crossing of this data with the in-depth interviews of journalists uncovered, at the end, that such phenomena, and its effects, often occur in the field of unconscious, featuring a transmission of ideology by conditioning, in which journalism play a role as a catalyst of something that Bartolli Filho (2015) calls "terror anthropology”. .
URI: http://hdl.handle.net/10923/9507
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