Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/10373
Tipo: doctoralThesis
Título: Efeito de exercícios com suspensão e pendulação corporal sobre o torque, eletromiografia, espessura muscular e funcionalidade de indivíduos com lesão medular torácica
Autor(es): Frison, Verônica Baptista
Orientador: Franco, Alexandre Rosa
Vaz, Marco Aurélio
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Data de Publicação: 2016
Palavras-chave: TRAUMATISMOS DA MEDULA ESPINAL
EXERCÍCIOS FÍSICOS
ELETROMIOGRAFIA
ULTRASSONOGRAFIA
NEUROCIÊNCIA
MEDICINA
Resumo: Introdução: A lesão medular (LM), especialmente quando instalada de maneira súbita, é uma das lesões mais devastadoras, do ponto de vista físico e psicológico, confrontando paciente, família e equipe de profissionais com múltiplos desafios. Não obstante, sabe-se que a LM tem potencial de recuperação, havendo relatos de diversos estudos que demonstram a melhoria do estado neurológico. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos exercícios com suspensão e pendulação corporal (Método Chordata®) sobre o torque, a ativação muscular, a espessura muscular e a funcionalidade de indivíduos com lesão medular torácica. Método: Ensaio clínico randomizado e controlado onde foram estudados 26 indivíduos do sexo masculino com lesão medular torácica e idades entre 18 e 65 anos, divididos em grupo intervenção (GI; n=14) e grupo controle (GC; n=12) com no máximo três anos de lesão até a sua inclusão no estudo. Foram estudados o torque flexor e extensor do tronco durante contrações voluntárias máximas, a atividade eletromiográfica do reto abdominal, oblíquo externo e longuíssimo do dorso bilateral e a espessura muscular dos músculos reto abdominal, oblíquo externo e interno, transverso do abdomen e multifidos bilateral e a funcionalidade por meio do teste do Alcance Funcional adaptado. Os indivíduos foram avaliados nos períodos pré e pós a um programa composto por 16 sessões de exercícios com Método Chordata® com frequência de duas vezes por semana durante 50 minutos. A média ± desvio padrão foram usados para avaliar os dados contínuos, os quais foram comparados aos dados basais utilizando o teste t de Student. Variáveis categóricas foram expressas por porcentagens e diferenças entre os grupos no baseline foram avaliadas usando o Qui-quadrado ou teste exato de Fisher.Análise de covariância com ajustes das medidas no baseline foram utilizadas para avaliar as diferenças entre os grupos. Os resultados foram apresentados pela média ± desvio com as diferenças estimadas ajustadas entre os grupos, seguindo intervalo de confiança de 95%. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos quanto P<0,05. O programa SPSS 22.0 (SPSS, Inc., Chicago, USA) foi utilizado para a análise dos dados. Este estudo foi registrado no Clinical Trials.gov, #NCT02316067. Resultados: No período pré-intervenção não houve diferenças significativas entre os grupos em relação às idades (p = 0·93), tempo de lesão (p = 0·41), nível da lesão (p = 0·27), mecanismo da lesão (p = 0·22), escala ASIA (p = 0·11), tipo de lesão (p = 0·22), e Alcance Funcional adaptado (p = 0·11). No período pósintervenção, o GI apresentou melhora do torque flexor (58%, p = 0·004) e extensor (76%, p = 0·005) em relação ao GC. Diferenças similares entre os grupos foram observadas no período pós-intervenção para o reto abdominal esquerdo em seu valor absoluto RMS (p = 0·028), e reto abdominal direito em seu valor RMS normalizado pelo repouso (p = 0·047), e no teste do Alcance Funcional (p = 0·015). A espessura muscular foi maior no GI no periodo pós-intervenção para todos os grupos estudados quando comparados ao GC (p < 0·002), com exceção dos multífidos direito (p = 0·057). Conclusão: Dezesseis sessões de exercícios com Método Chordata® mostraram melhora na ativação do músculo reto do abdomen, na estrutura muscular, na força e na capacidade de deslocar o tronco à frente de indivíduos com lesão medular torácica. Esses resultados apontam para evidências em uma nova e efetiva reabilitação por meio de um Método que melhora a funcionalidade desses indivíduos.
Background: Traumatic spinal cord injury (TSCI) is a severe, incapacitating, neurological syndrome that leads to changes in sensitivity, motor function, and the autonomic system of body segments located below the level of injury. Although it is one of the most devastating injuries and poses multiple challenges for the patients, family, and clinicians involved, physical therapy can lead to neurological improvements in patients with TSCI. The purpose of this study was to evaluate the effects of corporal suspension and pendulum exercises (CHORDATA® method) on torque, muscle activation, muscle thickness, and functionality in patients with TSCI. Methods: This study was a randomized, controlled clinical trial including 26 male TSCI patients (in whom injury occurred up to 3 years earlier at the thoracic level; age, 18–65 years). The subjects were categorized into two groups: an intervention group (IG; n = 14) and a control group (CG; n = 12). Before and after a rehabilitation program, which comprised 16 sessions of suspension and pendulum exercises (twice/week, 50 minutes/session), we evaluated the following parameters in each subject: maximal voluntary isometric trunk flexion and extension torques; electromyographic activity of the external oblique, rectus abdominis, and longissimus muscles; muscle thickness of the external oblique, internal oblique, transversus abdominis, rectus abdominis, and multifidus muscles; and functionality (adapted reach test). Mean ± standard deviation values were used to summarise continuous data, which were then compared at the baseline using t-tests. Categorical variables were expressed as counts and percentages. Between-group baseline differences were assessed using chi-square or Fisher’s exact tests, as required. Analysis of covariance, with adjustments for baseline measurements, was conducted to evaluate between-group differences after the 16 exercise sessions.The results were presented as mean ± standard deviation with the estimated adjusted difference between groups, followed by 95% confidence intervals. The study significance level was set at α = 0·05. Data were analysed using SPSS version 22.0 (SPSS, Inc., Chicago, USA).This trial is registered with Clinical Trials.gov, #NCT02316067. Findings: The CG and IG patients had similar ages (p = 0·93), injury time (p = 0·41), injury level (p = 0·27), injury mechanism (p = 0·22), American Spinal Injury Association (ASIA) scale (p = 0·11), injury type (p = 0·22), and functional reach (p = 0·11). Post-intervention, the IG trunk flexion (58%, p = 0·004) and extension (76%, p = 0·005) torques were higher in the IG than in the CG. Similar between-group differences were observed post-intervention for RA-L absolute RMS values (p = 0·028), RA-R RMS values normalized to the resting state (p = 0·047), and functional reach (p = 0·015). Muscle thickness for all muscles was higher in the IG patients as compared to the CG patients post-intervention (p < 0·002), except for the MULT-R muscle (p = 0·057). Interpretation: Sixteen sessions of suspension and pendulum exercises improved rectus abdominis muscle activation, trunk muscle structure and strength, and reaching capacity in TSCI patients. Thus, this novel, effective rehabilitation method may improve functionality in TSCI patients.
URI: http://hdl.handle.net/10923/10373
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