Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10923/13480
Type: doctoralThesis
Title: Fisioterapia respiratória, capacidade de exercício e predição de mortalidade em pacientes com fibrose cística
Author(s): Vendrusculo, Fernanda Maria
Advisor: Donadio, Márcio Vinícius Fagundes
Publisher: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Graduate Program: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Issue Date: 2018
Keywords: FISIOTERAPIA
FIBROSE CÍSTICA
MORTALIDADE
Abstract: Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética, multissistêmica, caracterizada pela perda progressiva da função pulmonar e obstrução das vias aéreas. Assim, a limitação ao fluxo aéreo e a hiperinsuflação dinâmica podem limitar da capacidade de exercício desses pacientes. Além disso, a capacidade de exercício têm se correlacionado com a sobrevida de crianças e adultos com FC. Objetivo: Avaliar o efeito da fisioterapia respiratória sobre a capacidade de exercício e o papel do consumo máximo de oxigênio como preditor de mortalidade em pacientes com FC. Métodos: Está tese está dividida em dois artigos. O artigo 1 foi um estudo piloto, prospectivo, randomizado e cross-over realizado em crianças com diagnóstico de FC, com idade >9 anos e >128 cm de altura. Foram realizadas duas visitas com um mês de intervalo, sendo uma com a realização da fisioterapia respiratória utilizando pressão expiratória positiva e drenagem autogênica, antes da espirometria, pletismografia e do teste de exercício cardiopulmonar (TECP), e outra sem a realização da fisioterapia respiratória. O TECP foi realizado no ciclo ergômetro com a utilização do protocolo de Godfrey. Todos os testes seguiram as recomendações internacionais. O artigo 2 consistiu em uma revisão sistemática e meta-análise, no qual foi realizada uma pesquisa on-line nas bases de dados PubMed, Embase, LILACS e SciELO. Foram incluídos estudos de coorte que avaliaram as taxas de mortalidade após medições do consumo máximo de oxigênio (VO2pico) durante um TECP. A análise de qualidade dos artigos selecionados foi realizada com a escala Newcastle-Ottawa. O principal desfecho avaliado foi a mortalidade de pacientes com FC. Sempre que possível, e se apropriado, foi realizada uma meta-análise de efeito aleatório. Resultados: No estudo 1 foram incluídos 12 pacientes com FC com média de idade de 12,83±1,85 anos, o índice de massa corporal em escore Z foi 0,08±0,82 e 75% deles apresentavam um alelo ΔF508. Não foram encontradas diferenças significativas no consumo máximo de oxigênio com a realização da fisioterapia respiratória. No entanto, houve uma diminuição significativa na ventilação minuto (VE) e nos equivalentes ventilatórios para o consumo de oxigênio (VEVO2) e para a produção de gás carbônico (VEVCO2) no limiar anaeróbico quando realizaram fisioterapia respiratória antes do TECP. A média da VE (L.min-1) foi 26,67±5,49 vs 28,92±6,30 (p=0,05), VEVO2 (L.min-1) foi 24,5±1,75 vs 26,05±2,50 (p=0,03) e VEVCO2 (L.min-1) foi 26,58±2,41 vs 27,98±2,11 (p=0,03). No estudo 2 foram incluídos seis estudos de coorte, totalizando 551 participantes. Cinco estudos foram classificados com alta qualidade metodológica. Foram realizadas duas análises diferentes para avaliar a influência do VO2pico sobre a mortalidade. A diferença total padronizada significativa entre as médias do VO2pico nos grupos sobrevivente ou não-sobrevivente foi -0,606 (IC95%= -0,993 – -0,219; p=0,002). Além disso, os pacientes com menor VO2pico foram associados a um risco de mortalidade significativamente maior (RR: 4,896; IC95%= 1,086 – 22,072; p=0,039). Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que a realização de fisioterapia respiratória antes do exercício pode levar a uma melhora da dinâmica ventilatória durante o exercício em pacientes com FC. Além disso, a revisão sistemática com meta-análise demonstrou que baixos níveis de absorção máxima de oxigênio estão associados a um aumento de 4,8 vezes no risco de mortalidade na FC, indicando que o VO2pico também pode ser uma importante variável de acompanhamento.
Introduction: Cystic fibrosis (CF) is a genetic, multisystemic disease characterized by progressive loss of lung function and airway obstruction. Thus, airflow limitation and dynamic hyperinflation may limit exercise capacity of these patients. In addition, exercise capacity has correlated with survival in children and adults with CF. Objective: To evaluate the effect of respiratory physiotherapy on exercise capacity and the role of maximal oxygen consumption as a predictor of mortality in CF patients. Methods: This thesis is divided into two articles. Article 1 was a prospective randomised, cross-over pilot study performed on children diagnosed with CF, aged >9 years and >128 cm tall. Two visits were performed with one month of interval, one with respiratory physiotherapy using positive expiratory pressure and autogenic drainage, before spirometry, plethysmography and the cardiopulmonary exercise test (CPET), and another without respiratory physiotherapy. The CPET was performed on a cycle ergometer using the Godfrey protocol. All tests followed international recommendations. Article 2 consisted of systematic review and meta-analysis, in which an online search was performed in PubMed, Embase, LILACS and SciELO databases. Were included cohort studies that assessed mortality rates after maximal oxygen uptake (VO2peak) measurements during CPET. The quality analysis of the selected articles was performed using the Newcastle-Ottawa scale. The main outcome evaluated was the mortality of CF patients. Whenever possible, and if appropriate, a random effect meta-analysis was performed. Results: Study 1 included 12 patients with CF with mean age of 12.83±1.85 years, body mass index in Z score was 0.08±0.82 and 75% of them presented at least one allele ΔF508. No significant differences were found in maximal oxygen consumption with respiratory physiotherapy. However, there was a significant decrease in minute ventilation (VE) and ventilatory equivalents for oxygen consumption (VEVO2) and for carbon dioxide production (VEVCO2) at lactate threshold when respiratory physiotherapy was performed prior to CPET. The mean VE (L.min-1) was 26.67± 5.49 vs 28.92±6.30 (p=0.05), VEVO2 (L.min-1) was 24.5±1.75 vs 26.05±2.50 (p=0.03) and VEVCO2 (L.min-1) was 26.58±2.41 vs 27.98±2.11 (p=0.03). In study 2, six cohort studies were included, totaling 551 participants. Five studies were classified with high methodological quality. Two different analyzes were carried out to evaluate the influence of VO2peak on mortality. The significant standardized total difference between the VO2peak averages in the survival or non-survival groups was -0.606 (95%CI= -0.993 – -0.219; p=0.002). In addition, patients with lower VO2peak were associated with a significantly higher mortality risk (RR: 4.896; 95%CI= 1.086 – 22.072; p=0.039). Conclusion: The results suggest that the performance of respiratory physiotherapy prior to exercise may lead to improved ventilatory dynamics during exercise in CF patients. In addition, the systematic review with meta-analysis has shown that low levels of maximal oxygen uptake are associated with an increase of 4.8 in the risk of mortality, indicating that VO2peak could also be an important follow-up variable.
URI: http://hdl.handle.net/10923/13480
Appears in Collections:Dissertação e Tese

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
TES_FERNANDA_MARIA_VENDRUSCULO_COMPLETO.pdfTexto completo4,77 MBAdobe PDFOpen
View


All Items in PUCRS Repository are protected by copyright, with all rights reserved, and are licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License. Read more.