Resumen: | Erynephala Blake, 1970, integrante da seção Schematizites (Coleoptera, Chrysomelidae,
Galerucinae, Galerucini) compreende seis espécies, cinco com distribuição Neártica: E.
brighti Blake, 1970, E. glabra Blake, 1936, E. maritima (LeConte, 1865), E. morosa
(LeConte, 1857) e E. puncticollis (Say, 1824); e uma com distribuição Neotropical, E.
interrupta (Jacoby, 1904). As principais características diagnósticas do gênero são o
aedegus com lobo médio alongado e as garras simples nas fêmeas e bífidas nos machos.
Embora as descrições das espécies sejam abrangentes, não são completas, por exemplo,
faltam descrições da genitália feminina e de estruturas morfológicas como o tégmen e
metendosternito. Também não há estudos sobre a posição de Erynephala dentro da seção
Schematizites nem do grau de parentesco entre as espécies. Esse trabalho objetiva (1)
revisar Erynephala, fornecendo descrições e ilustrações detalhadas da morfologia interna
e externa de machos e fêmeas; (2) buscar diferenciar as espécies através da morfometria
linear e geométrica; (3) conduzir uma análise cladística para verificar a monofilia do
gênero e propor hipóteses de parentesco entre as espécies de Erynephala. A morfometria
geométrica se mostrou mais eficiente em dintinguir E. interrupta, E. puncticollis e E.
morosa; por outro lado, a morfometria linear esclareceu as espécies que não foram
delimitadas com os caracteres morfológicos. A utilização dessas duas análises
morfométricas aliadas ao estudo da morfologia possibilitou distinguir E. maritima de E.
puncticollis var. texana (considerada sinônimo júnior de E. maritima), revalidando
Erynephala texana (Schaeffer, 1932), stat. nov. Todas as análises mostraram que não há
diferenças entre E. maritima e E. brighti, sugerindo que esta segunda espécie seja
considerada sinônimo júnior de E. maritima. A análise cladística conduzida com pesagem
implícita suportou a monofilia de Erynephala e revelou que as espécies se dividem em
três clados: (((E. brighti + E. maritima) + E. texana) + (E. morosa + E. puncticollis) + E.
interrupta). Erynephala é recuperado como grupo irmão Monoxia do grupo “angularis”,
mas não se mostrou relacionada a Ophraella, gênero que, assim como Monoxia, foi
considerado próximo a Erynephala em contribuições anteriores. Estes resultados trazem
uma nova configuração para as espécies de Erynephala, entretanto é sugerido uma análise
molecular para corroborar as sinonímias e estimar o tempo de divergência entre as
espécies. Erynephala Blake, 1970 integrates the section Schematizites (Coleoptera,
Chrysomelidae, Galerucinae, Galerucini) and it is composed by six species, five from the
Nearctic Region: E. brighti Blake, 1970, E. glabra Blake, 1936, E. maritima (LeConte,
1865), E. morosa (LeConte, 1857) and E. puncticollis (Say, 1824); and one from the
Neotropical Region, E. interrupta (Jacoby, 1904). The genus is characterized by the
aedeagus with long median lobe and by the bifid claws in male and simple in female.
Although the descriptions of the species are comprehensive, they are not complete, for
instance there are no descriptions of the female genitalia or morphological structures such
as tegmen and metendosternite. There is also no study about the position of Erynephala
in the Section Schematizites, neither of the degree of affinity among the species. The
objectives of this study are (1) to review Erynephala, providing detailed descriptions and
illustrations of the internal and external morphology of males and females; (2) to
distinguish the species through linear and geometric morphometrics; (3) to perform a
cladistic analysis to test the monophyly of the genus and propose hypothesis of
relationships among the species of Erynephala. The geometric morphometrics was more
efficient to distinguish E. interrupta, E. puncticollis and E. morosa; on the other hand,
the linear morphometrics clarified the species that were not delimited with the
morphological characters. These two techniques allied to the study of the morphology
enabled to distinguish E. maritima from de E. puncticollis var. texana (junior synonym
of E. maritima), revalidating Erynephala texana (Schaeffer, 1932), stat. nov. All the
analysis revealed that there are no differences between E. maritima and E. brighti,
suggesting that this second species should be considered junior synonym of E. maritima.
The cladistic analysis performed under implied weighting recovered the monophyly of
Erynephala and reveled that the species form three clades: (((E. brighti + E. maritima) +
E. texana) + (E. morosa + E. puncticollis) + E. interrupta). Monoxia (“angularis” group)
was recovered as sister group of Erynephala, but Ophraella was not, genera that, as
Monoxia, was considered related of Erynephala in some preview contributions. These
results bring a new configuration to the species o Erynephala, however it is suggested a
molecular analyses to corroborate the synonyms and to estimate the divergence time
among the species. |