Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/24595
Tipo: masterThesis
Título: Polifarmácia e sobrevida em nonagenários e centenários do Projeto AMPAL
Autor(es): Rubert, Viviane Maura
Orientador: Bós, Ângelo José Gonçalves
Werlang, Maria Cristina
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Data de Publicação: 2022
Palavras-chave: ENVELHECIMENTO
IDOSOS
COMORBIDADE
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS
GERONTOLOGIA
GERIATRIA
Resumo: É esperado que o processo de envelhecimento populacional no Brasil se tornará ainda mais intenso a partir das próximas décadas. Os idosos, particularmente os nonagenários e centenários são acometidos frequentemente por múltiplas morbidades que requerem o uso concomitante de vários medicamentos (polifarmácia). A polifarmácia, definida neste trabalho, como o consumo de 5 ou mais medicamentos, é uma realidade na população brasileira, principalmente nos idosos, sendo o principal desafio qualificar os cuidados de saúde e garantir o uso correto e seguro destes medicamentos. O objetivo deste trabalho foi estudar a relação entre polifarmácia e sobrevida em nonagenários e centenários acompanhados pelo AMPAL, identificar a frequência de polifarmácia; observar a possível relação entre polifarmácia e as características sociodemográficas e clínicas dos participantes; associar a frequência de sintomas relacionados a efeitos colaterais da polifarmácia; verificar a ocorrência de interações medicamentosas potenciais e os Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPIs) e sua relação com a polifarmácia. É um estudo descritivo longitudinal, de coorte com dados retrospectivos e prospectivos, desenvolvido no Projeto AMPAL da PUCRS, Porto Alegre-RS. Foram avaliados 243 longevos (nonagenários e centenários) no período de junho a novembro de 2016. Esse projeto foi submetido e aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da PUCRS em outubro de 2020, com registro CAAE: 39384620.0.0000.5336. Foram identificados 1450 medicamentos em uso pelos participantes do estudo, correspondendo 5,9±2,87 medicamentos por participante.Do total de longevos estudados, 163 (67%) estavam em polifarmácia, 80 (33%) sem polifarmácia, entre os quais 9 (4% sobre o total) não utilizavam nenhum medicamento. Foram encontradas no total 1216 interações medicamentosas, das quais 115 foram maiores, 912 moderadas e 189 menores. Os MPIs foram classificados de acordo com a evidência e recomendação e suas frequências calculadas entre os grupos com e sem polifarmácia, foram identificados 272 MPIs. Os participantes em polifarmácia, apresentaram maior prevalência de MPI em todos os graus de evidência, destacando os com evidência moderada (N=121, 88,3%). Na análise da sobrevida, polifarmácia e interações medicamentosas não foram significativamente associadas à maior chance de óbito. Somente o uso de MPI com evidência moderada e recomendação forte foi associado significativamente com a sobrevida dos participantes (p=0,043). Concluímos que a polifarmácia foi prevalente nos nonagenários e centenários avaliados e que o uso de MPI foi preditor de mortalidade mais importante do que a polifarmácia.
It is expected that the population aging process in Brazil will become even more intense in the coming decades. The elderly, particularly nonagenarians and centenarians, are often affected by multiple morbidities that require the concomitant use of several medications (polypharmacy). Polypharmacy, defined in this work, as the consumption of 5 or more medications, is a reality in the Brazilian population, especially in the elderly, and the main challenge is to qualify health care and ensure the correct and safe use of these medications. The objective of this work was to study the relationship between polypharmacy and survival in nonagenarians and centenarians followed by AMPAL, to identify the frequency of polypharmacy; to observe the possible relationship between polypharmacy and the sociodemographic and clinical characteristics of the participants; to associate the frequency of symptoms related to polypharmacy side effects; to verify the occurrence of potential drug interactions and Potentially Inappropriate Drugs (PMIs) and their relationship with polypharmacy. It is a descriptive longitudinal cohort study with retrospective and prospective data, developed in the AMPAL Project of PUCRS, in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul – Brazil. A total of 243 long-lived people (nonagenarians and centenarians) were evaluated from June to November 2016. This project was submitted and approved by the PUCRS Research Ethics Committee in October 2020, with CAAE registration: 39384620.0.0000.5336. A total of 1450 medications were identified in use by the study participants, corresponding to 5.9±2.87 medications per participant.Of the total number of elderly people studied, 163 (67%) were on polypharmacy, 80 (33%) without polypharmacy, among which 9 (4% of the total) did not use any medication. A total of 1216 drug interactions were found, of which 115 were major, 912 moderate and 189 minor. The PIMs were classified according to the evidence and recommendation and their frequencies calculated between the groups with and without polypharmacy, 272 PIMs were identified. Participants in polypharmacy had a higher prevalence of PIM in all degrees of evidence, highlighting those with moderate evidence (N=121, 88.3%). In the analysis of survival, polypharmacy and drug interactions were not significantly associated with a higher chance of death. Only MPI use with moderate evidence and strong recommendation was significantly associated with participant survival (p=0.043). We concluded that polypharmacy was prevalent in the nonagenarians and centenarians evaluated and that the use of PIM was a more important predictor of mortality than polypharmacy.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24595
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