Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/3440
Tipo: doctoralThesis
Título: Filosofia à sombra de Auschwitz: elementos de uma hermenêutica da (des)esperança no pensamento de Theodor W. Adorno
Autor(es): Mueller, Enio Ronald
Orientador: Souza, Draiton Gonzaga de
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Data de Publicação: 2008
Palavras-chave: FILOSOFIA
ADORNO, THEODOR W. - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO
HERMENÊUTICA
ESPERANÇA
Resumo: Um estudo sobre o pensamento de Theodor W. Adorno, que destaca as suas características como filosofia. Trata-se de uma filosofia consciente de seu exercício debaixo de uma sombra catastrófica que tudo cobre, inclusive ela própria; e que gira em torno de um núcleo vazio, nomeável só pela negação dos nomes: Auschwitz. Nestas condições, a filosofia vê sua tarefa como a da interpretação. A concepção adorniana de filosofia como interpretação (Deutung) é o tema do Primeiro Movimento deste trabalho. De dentro dele surge o Segundo Movimento, a relação entre o conceito de interpretação e a discussão hermenêutica na filosofia contemporânea. O pensamento de Adorno é visto como contribuindo para esta discussão com sua ênfase nos gestos corporais de base que levam ao e sustentam o esforço da interpretação. Nele o gesto mais básico é o da (des)esperança.O Terceiro Movimento perfila esta (des)esperança à luz do diálogo de Adorno com a filosofia da esperança de Ernst Bloch. Dele resulta uma desconstrução de uma ontologia da esperança em favor de uma hermenêutica da (des)esperança. Esta hermenêutica será desdobrada no Quarto e no Quinto Movimentos, em forma especular. Primeiro ela é vista desde o lado da desesperança da esperança, através de uma análise da perspectiva de negatividade radical que permeia o pensamento de Adorno. Depois, o trabalho se concentra na esperança na desesperança, examinando a questão da positividade neste pensamento e concluindo com uma discussão da relação entre negatividade e positividade, entre desesperança e esperança. Em Adorno, esta relação é de espelho, em perspectiva de simultaneidade. A tarefa (impossível) da filosofia é “mirar nos olhos a negatividade completada”, na esperança de que deste modo ela se transforme em escrita inversa do seu contrário, a positividade cuja esperança não deve ser nomeada nem imageada.
A study on the thought of Theodor W. Adorno, reiterating its characteristics as philosophy. A philosophy conscious of being exercised under a catastrophic shadow that covers all, including philosophy itself; and that gravitates around an empty center, nominable only by the negation of names: Auschwitz. In these conditions, philosophy sees its task as interpretation. The Adornian concept of philosophy as interpretation (Deutung) is the theme of the First Movement of this thesis. From it emerges the Second Movement, the relation between the concept of interpretation and the discussion on hermeneutics in contemporary philosophy. Adorno´s thought is seen as contributing to this discussion by its emphasis on the base body gestures that lead to and that sustain the effort of interpretation. In it, the most basic gesture is that of hope(lessness). The Third Movement clarifies the contours of this hope(lessness) in the light of Adorno´s dialogue with Ernst Bloch´s philosophy of hope. The result of this dialogue is a deconstruction of an ontology of hope in favour of a hermeneutic of hope(lessness).Implications of this hermeneutic(s) are then unfolded in the Fourth and Fifth Movements, in mirror form. First it is seen from the side of the hopelessness of hope, through analysis of the perspective of radical negativity that pervades Adorno´s thought. After that, the thesis concentrates on hope amids hopelessness, examining the issue of positivity in this thought and concluding with a discussion on the proper relation between negativity and positivity, hopelessness and hope. In Adorno, it is a mirror relation, from a perspective of simultaneity. The (impossible) task of philosophy is “to look in the eyes of completed negativity”, in hope on its transformation into an inverted script of its contrary, positivity, the hope of which must not be nominated nor imaged.
URI: http://hdl.handle.net/10923/3440
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