Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/4063
Tipo: masterThesis
Título: Peter Pan e Wendy em versão brasileira: uma janela aberta para o livro como suporte híbrido
Autor(es): Mastroberti, Paula
Orientador: Aguiar, Vera Teixeira de
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Fecha de Publicación: 2007
Palabras clave: ANÁLISE DO DISCURSO
LITERATURA INFANTIL - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO
BARRIE, JAMES MATTHEW - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO
ARTE E LITERATURA
LIVROS - DESIGN
Resumen: The notion of a book as an object with aesthetic and communicative functions is the basis for this work. The book is a sign that points to its content and draws attention to itself as a support, with the potential to be recognized as a work of art. To validate this concept, the author uses Gérard Gennete's classification categories that determine the aesthetic and artistic functions of the book as an aesthetic object; Paul Valéry's writings; and the thought of designers such as Richard Hendel and Guto Lins, among others. She then provides an analysis of the verbal and visual discourses in the book Peter Pan published by Editora Moderna, Selo Salamandra, 2006, within a notion that establishes it as a hybrid and symphonic composite, the guidelines to which are built upon the discourse analysis categories proposed by Genette. In this analysis the author observes how the correlations and interrelations between the visual and the verbal voices are established. She then delves into its semiotic elements, which she called melodic elements, in order to demonstrate the signic and transcreative correspondence from one language to the other, inspired mainly by Julio Plaza, the iconologist Otto Pächt and the cognitive psychologist Rudolf Arnheim. She selected a historic iconographic sample to exemplify how the various visual ressignifications occur and how they influence and are influenced by the diachronic path of the editions of James M. Barrie's work. The analysis encompasses discourses and their integrative aspect within a conception of a symphony conducted by the graphic project. Considerations about Ana Maria Machado’s translation are included in the analysis because the author sees it as a constitutive part of the hybrid discourse presented in the edition discussed. Attention was also given to the reception potential of the book as an object, assuming a receiver in possession of his/her intellective-cognitive and sentimental-cognitive capacities, based on Gaston Bachelard’s thought about the dynamic, resonant and reverberating appropriation of art by the subject. She identified the sentimental and intellective perception potential in her corpus, anchored in Edgar Morin’s sociology theory and António Damásio’s neurology theory in contrast with the Wolfgang Iser’s and Hans Robert Jauss’s reception aesthetics, presented alongside with the hermeneutics according to Otto Pächt. In this regard, the categories of counterpoint developed by Maria Nikolajeva and Carole Scott for the way how the graphic-visual and verbal discourses are interrelated and received proved useful. Based on this survey, the author simulated a model-reader in the act of manipulating and reading the pages of the book. Her final considerations, far from being conclusive, conceive this dissertation as a provocative element to further discussion. Above all, in what concerns not only intellectual but also emotional-affective interaction with the aesthetic object, she foresees a continuity towards empirical research aiming at verifying how the interactions of the reception and the analysed edition are actually carried out. Finally, the visual references annexed function as examples and samples from which the concepts brought into discussion stem. These visual references lend themselves to highlighting their enticing quality and significant graphicvisual features while contextualizing the selected corpus.
Este trabalho parte da concepção do livro como objeto de função estética e comunicativa, signo que indica seu conteúdo e que chama a atenção sobre si mesmo enquanto suporte, com potencial para ser reconhecido como objeto de arte. Para isso, a autora recorreu às categorias classificatórias da função estética e artística na localização do livro como objeto estético de Gérard Genette, aos escritos de Paul Valéry e às reflexões de designers como Richard Hendel e Guto Lins, entre outros. Em seguida, analisou os discursos verbais e visuais da edição Peter Pan publicada pela Editora Moderna, Selo Salamandra, em 2006, dentro de uma concepção que prevê a sua integração em um composto híbrido e sinfônico, cujas diretrizes foram desenvolvidas a partir das categorias de análise do discurso conforme Genette, estabelecendo paralelos e inter-relações comportamentais entre a voz visual e a voz verbal. Depois, penetrou nos seus elementos semióticos, aos quais denominou melódicos, demonstrando a correspondência sígnica e transcriativa de uma linguagem para outra, inspirada sobretudo em Julio Plaza, no iconologista Otto Pächt e no psicólogo cognitivo Rudolf Arnheim. Recolheu uma amostra iconográfica histórica para exemplificar o comportamento das diversas ressignificações visuais e o modo como elas influenciam no e são influenciadas pelo percurso diacrônico das edições da obra de James M. Barrie. A análise estendeu-se aos discursos em seu comportamento integrativo dentro de uma concepção de sinfonia maestrada pelo projeto gráfico; foram incluídos comentários sobre a tradução de Ana Maria Machado, porque considerados parte constitutiva do discurso híbrido apresentado na edição em pauta.A autora também se ocupou do potencial receptivo do objeto-livro, a partir da configuração de um receptor presente em sua capacidade cognitivo-intelectiva e cognitivo-sentimental, a partir de uma reflexão de Gaston Bachelard sobre a apropriação dinâmica ressonante e repercutiva da arte pelo sujeito. Buscando amparo teórico em Edgar Morin, da sociologia, e António Damásio, da neurologia, em contraponto à estética da recepção, de Wolfang Iser e Hans Robert Jauss, apresentados junto à hermenêutica da arte conforme Otto Pächt, localizou no corpus seu potencial perceptivo sentimental e intelectivo. Aqui, foram úteis as categorias de contraponto desenvolvidas pelas pesquisadoras Maria Nikolajeva e Carole Scott para o modo como os discursos gráficovisuais e verbais se interrelacionam e se oferecem à recepção. Com base nesse levantamento, a autora simulou um leitor-modelo no ato de manipulação e leitura das páginas do livro. Suas considerações finais, longe de se mostrarem conclusivas, entendem essa dissertação como provocativa a novos questionamentos. Sobretudo, no que tange a interação não apenas intelectual, mas emo-afetiva com o objeto estético, prevê-se o prosseguimento em direção a uma pesquisa empírica, a fim de constatar como se dão de fato as interações do receptor com a edição analisada. Por fim, as referências visuais necessárias anexadas atuam como exemplo e amostra onde devem repousar os conceitos levantados, deixando-se ressaltar em seu comportamento apelativo e qualidades gráfico-visuais significativas, ao mesmo tempo em que contextualiza o corpus selecionado.
URI: http://hdl.handle.net/10923/4063
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción TamañoFormato 
000400756-Texto+Completo-0.pdfTexto Completo14,57 MBAdobe PDFAbrir
Ver


Todos los ítems en el Repositorio de la PUCRS están protegidos por derechos de autor, con todos los derechos reservados, y están bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional. Sepa más.