| Resumen: | The contemporany characteristics have shown the increase of drug addiction as a symptom of the current social context. The consequences of the psycho-active substances (PAS) abuse have proved to be of high costs per year in psychiatric hospitalization, car accidents, violence, child abuse, imprisonment, work and school absenses. These data in itself explain the relevance of research on drug addiction, revealing it as a Public Health Problem. As the family is the primary source of socialization, influencing the identity of the individuals, we can say that, besides the fact that it becomes affected by drug addiction, the family may encourage and facilitate it as well as perpetuate it. Facing the complexity of such a problem, there are different sorts of treatment to chemical dependency. The policy of the Health Ministry to a complete assistance to users of alcoholic drinking and other drugs recognizes a historical backwardness from the Public Health System (SUS) in relation to public policies concerning drug addiction. The present study examined the proposals from official documents of the Health Ministry concerning social policies which refer to drug addiction, and related their formal intentions with the practices realized in the treatment centres connected with the Public Health System (SUS) which have credentials at the National Anti-drugs Secretary (SENAD), checking the existence or not of interventions that indicated assistance to the families of drug addicts. Supported by the paradigm of complexity proposed by Edgar Morin, this study contemplated several ways of articulating the understanding of this phenomenum. The need for a complex approach to drug addiction is derived from the perception that chemical dependency is a complex combination of individual, family and cultural aspects. From the theoretical references exposed and the theme of this reseach itself, an exploratory and descriptive survey was realized. The population of this research was constituted by a professional from the health field form the centres of assistance to chemical dependence in the city of Porto Alegre-RS, linked to the SENAD. The collecting of data was realized by semi-structured interviews applied individually. These were recorded and later transcripted. Registers of the observations were also realized on a Field Journal. The analysis of the data showed the evidence of situations of lack of attention towads drug addiction not only with the family but also with the totality of this complex system: lack of attention with the user of PAS; with the professional that, supported by theoritical references from the modernity, also tries to accomplish an almost heroic lonely work; lack of attention with the institutions which get paralized by the technobureaucracy; lack of attention with the net which is not articulated in a smooth way. Among the considerations and proposals of this study, the need of a greater interlocution is highlighted as well as effective actions concerning policies, the capacity or skill to propose dialogue spaces among the interfaces related, the dicotomies which need to be considered in a continuous (re)formulation.
As características contemporâneas têm mostrado que o aumento da drogadição é um sintoma do contexto social atual. As conseqüências no abuso de substâncias psicoativas (SPA) mostram-se no alto custo anual com internações psiquiátricas, acidentes de trânsito, violência, molestação infantil, prisões, ausências no trabalho e na escola. Esses dados, por si só, explicam a relevância da existência de pesquisas na área da drogadição revelando um Problema de Saúde Pública. Como a família constitui-se na fonte de socialização primária, influenciando na formação da identidade dos sujeitos, podemos dizer que, além de ser afetada pela drogadição, a família pode estimular, facilitar e perpetuá-la. Diante da complexidade do problema, há diferentes tipos de tratamento para a dependência química. A política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas reconhece um atraso histórico do SUS em relação às políticas públicas para a drogadição. O presente estudo examinou as propostas dos documentos oficiais do Ministério da Saúde acerca das políticas sociais referentes à drogadição e relacionou suas intencionalidades formais com as práticas realizadas nos centros de tratamentos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) que estavam credenciados na Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD, averiguando a presença ou não de estímulo a intervenções que indicavam atendimento às famílias dos drogaditos. Apoiado no paradigma da complexidade proposto por Edgar Morin, o estudo contemplou diversos modos de articular a compreensão do fenômeno.A necessidade de uma abordagem complexa da drogadição é derivada da percepção de que a dependência química é uma complexa composição de aspectos individuais, familiares e culturais. Partindo do referencial teórico exposto, foi realizada uma pesquisa de levantamento, exploratória e descritiva. A população para a pesquisa foi constituída de seis profissionais da área da saúde dos locais de atendimento à dependência química, do município de Porto Alegre-RS, vinculados à SENAD. Para a coleta dos dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas aplicadas individualmente. Essas entrevistas foram gravadas e transcritas. Foram realizados, ainda, registros das observações da pesquisadora num Diário de Campo. A análise dos dados evidenciou situações de desatenção não só à família com drogadição, mas à totalidade desse complexo sistema: desatenção ao usuário de SPA; ao profissional que, apoiado num referencial teórico da modernidade que dissocia, tenta realizar um trabalho quase heróico, também solitário; desatenção às instituições que emperram com a tecnoburocracia; desatenção à rede, que não está articulada de forma fluida. Dentre as considerações e encaminhamentos propostos por este estudo, ressaltam-se a necessidade de maior interlocução, de ações efetivas no campo das políticas, a capacidade ou habilidade de propor espaços dialógicos entre as interfaces relacionadas e as dicotomias que precisam ser postas numa contínua reformulação. |
