Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/5396
Tipo: doctoralThesis
Título: Aspectos comportamentais e morfológicos de Plebeia emerina (Friese, 1900) (hymenoptera, apidae, meliponini) relacionados à própolis
Autor(es): Santos, Camila Gonçalves dos
Orientador: Blochtein, Betina
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Zoologia
Data de Publicação: 2007
Palavras-chave: ZOOLOGIA
APÍDEOS
ABELHAS
COLMEIAS
PRÓPOLIS
Resumo: Em colônias de abelhas sem ferrão a aplicação da própolis é ampla, sendo utilizada como matéria-prima nas construções e defesa contra inimigos. Há registros de armazenamento de própolis viscosa, sob forma de acúmulos isolados em ninhos de Tetragonisca angustula e espécies de Plebeia. Acredita-se que substâncias glandulares das operárias possam ser adicionadas a própolis, especificamente para a manutenção do estado viscoso deste produto. Duas colônias de Plebeia emerina (Friese, 1900) foram avaliadas, entre outubro/2003 e setembro/2004, quanto à caracterização sazonal da área, do número e da distribuição espacial dos acúmulos isolados de própolis. Mensalmente, esses acúmulos foram medidos e registrados quanto à posição relativa dos mesmos nas colônias. Entre setembro/2004 a janeiro/2005 investigou-se a divisão de trabalho relacionada à própolis, a partir de observações de operárias marcadas em quatro colônias. Paralelamente, caracterizou-se o desenvolvimento de glândulas salivares da cabeça e intramandibulares de operárias em diferentes fases de vida (recém emergidas, com 20-30 dias e campeiras) com o intuito de relacionar a funcionalidade das glândulas à faixa etária em que as operárias atuam na maceração da própolis viscosa. As glândulas foram analisadas em microscopia de luz, eletrônica de varredura e transmissão.Resultados mostraram que a área e o número dos acúmulos de própolis nas colônias foram significativamente menores entre outubro e março. O aumento das áreas dos acúmulos de própolis, entre abril e setembro, pode estar relacionado à preparação das colônias para o período de outonoinverno. A análise sazonal da distribuição dos depósitos indica a preferência, ao longo de todo o período, da posição anterior da colônia para acumular a própolis. Esta constatação fortalece a hipótese do uso da própolis viscosa na defesa, principalmente junto à entrada das colônias. O trabalho nos acúmulos de própolis viscosa iniciou no 13°dia, estendendose até o 56°dia. O maior desenvolvimento das glândulas salivares foi registrado em operárias de 20-30 dias. Sugere-se que as substâncias secretadas sejam acrescidas aos acúmulos de própolis, reforçando a hipótese da manutenção do estado viscoso do produto. Em adição, a função do epitélio intramandibular secretor, hipertrofiado nas operárias de 20-30 dias e campeiras, possivelmente, envolve a lubrificação das mandíbulas, possibilitando a maceração da própolis.
In stingless bees colonies, the application of propolis is diverse, being used as raw material in constructions and in the defense against enemies. There are records of viscous propolis storage in the form of isolated clusters in nests of Tetragonisca angustula and species of Plebeia. It is believed that worker bee glandular substances may be added to the propolis, specifically for the maintenance of its viscous state. Two colonies of Plebeia emerina (Friese, 1900) were evaluated between October 2003 and September 2004, regarding the seasonal characterization of the area, the number and the spacial distribution of isolated propolis clusters. These clusters were measured and their relative position in the colonies was recorded, in a monthly basis. Between September 2004 and January 2005, the propolis related work division was investigated, through the observation of marked worker bees, in four colonies. In parallel, the development of worker bees head and intramandibular salivary glands was characterized, in different life stages (recently emerged, 20-30 day old and field worker bees), aiming to relate gland functionality to the age group in which worker bees operate in viscous propolis maceration. The glands were analyzed under light, scanning electron and transmission microscopes. Results demonstrated that the area and number of propolis clusters in colonies were significantly lower between October and March. The increase of the areas of propolis clusters, between April and September, may be related to the preparation of the colonies for the autumn-winter period. The seasonal analysis of storage distribution indicates a preference for propolis clustering in the anterior position of the colony, throughout the entire period. This finding strengthens the hypothesis of the application of viscous propolis in defense, mainly at the entrance of the colonies.The work on viscous propolis clusters began on the 13th day and continued until the 56th day. The greatest cephalic salivary gland development was recorded in 20-30 day old worker bees. Suggest that substances are added to the propolis clusters, reinforcing the hypothesis of maintaining the viscous state of the product. In addition, the function of the secretory intramandibular epithelium, hypertrophied in 20-30 day old and field worker bees, possibly involves jaw lubrication, making propolis maceration possible.
URI: http://hdl.handle.net/10923/5396
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