Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/16602
Tipo: masterThesis
Título: Marcadores moleculares forenses como ferramenta no estudo de alterações na herança do cromossomo 21
Autor(es): Cavalheiro, Camila Pivetta
Orientador: Alho, Clarice Sampaio
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Data de Publicação: 2019
Palavras-chave: BIOLOGIA MOLECULAR
BIOLOGIA CELULAR
GENÉTICA FORENSE
BIOLOGIA
Resumo: Alterações cromossômicas numéricas somáticas estão associados à não-disjunção de cromossomos ou de cromátides-irmãs durante a gametogênese ou durante a fase pós-zigótica precoce. O resgate de monossomias ou trissomias é um mecanismo celular clássico ainda pouco esclarecido que, via pareamento cromossômico, permite que a célula retorne à dissomia. O pareamento ao acaso pode, contudo, manter no indivíduo pares dissômicos oriundos de um único genitor, o qual pode seguir um desenvolvimento fenotípico compatível com a normalidade. A dissomia uniparental (uniparental disomy; UPD) corresponde, justamente, a este tipo de alteração, isto é: o descendente apresenta, para um dos pares cromossômicos, a contribuição de apenas um de seus pais. Apesar de ser uma alteração bastante reconhecida na genética humana clínica, no âmbito forense a ocorrência de UPD tem sido pouco cogitada para explicar inconsistências alélicas em estudos de parentesco.Considerando os casos de investigação de paternidade que reportam inconsistências, há uma possibilidade real de que pelo menos uma fração delas não seja ocasionada por eventos slippage, mas sim por anormalidades cromossômicas do tipo UPD. Relatamos aqui a investigação de um caso de paternidade (mãe, filho e suposto pai), cuja a chance das inconsistências entre os alelos paternos obrigatórios (APO) e os alelos do suposto pai ser explicada pela ocorrência de isodissomia uniparental materna do cromossomo 21 (imUPD-21) foi 2,56 bilhões de vezes maior do que a chance de ser explicada pela ocorrência de mutação slippage. Um total de 350 marcadores de repetição curta (shot tandem repeat; STR) e polimorfismo de nucleotídeo único (single nucleotide polymorphism; SNP) foram testados, permitindo uma conclusão estatística com LR=2,56x1040 de vínculo biológico verdadeiro entre o trio, apesar das oito inconsistências detectadas entre o APO e os alelos do pai. Além disso, nesse trabalho, revisamos mais de 100.000 casos de investigação de paternidade em busca de inconsistências no cromossomo 21, as quais poderiam também ser explicadas pela UPD. Em conclusão, considera-se que investigações semelhantes podem ter estatísticas melhoradas caso sejam levadas em consideração, na formulação das hipóteses, a ocorrência de alterações cromossômicas clássicas.
Somatic numeric chromosomal alterations are associated with non-disjunction of chromosomes or sister chromatids during gametogenesis or during the early postzygotic phase. The rescue of monosomies or trisomies is a classic cellular mechanism, poorly understood, that, via chromosome pairing, allows the cell to return to disomy. Random pairing can, however, maintain in the individual disomic pairs from only a single parent, which may follow a phenotypic development compatible with normality. The uniparental disomy (UPD) corresponds precisely to this type of alteration, that is, the descendant presents, for one of the chromosomal pairs, the contribution of only one of his parents. Despite being a well-recognized chromosomal alteration in clinical human genetics, in the forensic context the occurrence of UPD has been little considered to explain allelic inconsistencies in kinship analysis. Considering paternity investigation cases that report inconsistencies, there is a real possibility that at least a fraction of them are not caused by slippage events, but rather by UPD chromosomal abnormalities. We report here the investigation of a paternity case (mother, child and alleged father), who’s the inconsistencies between the obligatory paternal alleles (OPA) and the alleged father alleles may be explained by the occurrence of maternal uniparental isodisomy of chromosome 21 (imUPD-21) was 2.56 billion times greater than the chance of being explained by the occurrence of slippage mutation. A total of 350 short tandem repeats (STR) markers and single nucleotide polymorphisms (SNP) markers were tested, allowing a statistical conclusion with a LR = 2.56x1040 of true biological linkage between the trio, despite eight inconsistencies detected between the OPA and the father's alleles. In addition, in this paper we reviewed over 100,000 paternity investigation cases looking for inconsistencies on chromosome 21, which could also be explained by the UPD. In conclusion, it is considered that similar investigations may have improved statistics if the occurrence of classical chromosomal alterations is considered when formulating the hypotheses.
URI: http://hdl.handle.net/10923/16602
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