| Resumo: | A tese centra-se em três temas diferentes que permeiam o debate sobre sociedade e ambiente. A hipótese central construída é de que fatores e contextos socioeconômicos, culturais e políticos condicionam comportamentos em diferentes níveis de engajamento, de modo que moldam diferentes percepções sobre a sustentabilidade. A hipótese nasce do argumento de que existem diferentes relações sociedade-natureza que se manifestam à nível macro e micro escalar, de tal maneira que se torna equivocado estruturar o debate ambiental a partir de uma única relação linear. Para verificar a sustentação da hipótese, a tese é estrutura em 3 ensaios. O ensaio 1 aborda a relação entre desigualdade de renda, democracia e desempenho ambiental em diferentes países. A partir de um modelo econométrico em painel com efeitos fixos, encontrou-se três evidências principais: i) a democracia como regime político não induz maior comprometimento com o meio ambiente, ii) reduzir a desigualdade de renda não garante melhores relações socioambientais, iii) países mais livres tendem a ter um melhor desempenho ambiental. O ensaio 2 argumenta que existem boas evidências para indicar que os contextos pessoais informam e afetam muitas decisões que os indivíduos precisam tomar, incluindo aquelas associadas ao meio ambiente. Os resultados indicam que uma pessoa pode manter um conjunto de valores pró-ambientais, mas ainda assim não se envolver em práticas sustentáveis. Da mesma maneira, uma pessoa pode ser caracterizada como tendo um perfil não pró-ambiental, mas possuir fatores contextuais em sua vida que a incentiva se envolver com o meio ambiente. O ensaio 3, por sua vez, examina a relação entre desempenho ambiental e felicidade em nível global. .A análise mostra que o desempenho ambiental exerce um papel significativo como preditor de felicidade. Enquanto observamos que os países mais livres demonstraram vínculos significativos e positivos entre o WHI e o EPI, os países parcialmente livres estavam relacionados a uma associação inversa, embora insignificante estatisticamente. Os países não livres, por sua vez, não apresentaram efeito significativo do desempenho ambiental no nível de felicidade.
The thesis focuses on three different themes that constitute the debate on society and environment. The thesis’ central hypothesis is that socioeconomic, cultural and political factors and contexts condition behaviours at different levels of engagement, shaping different perceptions of sustainability. The hypothesis arises from the argument that there are different societal relations that manifest themselves at the macro and micro-scalar levels, so that it becomes equivocated structuring the environmental debate from a single linear relationship. In order of verifying if the hypothesis can be support, the thesis is structured in 3 essay. Essay 1 addresses the relationship between income inequality, democracy and environmental performance in different countries. From a panel econometric model with fixed effects, three main evidences were found: i) democracy as a political regime does not induce greater commitment to the environment, necessarily, ii) reducing income inequality does not guarantee better social and environmental relations, necessarily and iii) freer countries tend to have better environmental performance. Essay 2 argues that there is good evidence to indicate that personal contexts inform and affect many decisions that individuals need to make, including those associated with the environment arena. The results indicate that a person can maintain a set of pro-environmental values but still not engage in sustainable practices. Similarly, a person may be characterized as having a non-environmental profile, but having contextual factors in his or her life that encourages them to be involved with sustainability. Essay 3 examines the relationship between environmental performance and global happiness. The analysis shows that environmental performance plays a significant role as a predictor of happiness.The analysis shows that environmental performance plays a significant role as a predictor of happiness. While we observed that freer countries exhibited significant and positive links between environment and happiness, partially free countries show the opposite with some statistically insignificant associations. Non-free countries, in turn, exhibited no significant impact of environmental performance on the level of happiness. |
