Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/24404
Tipo: masterThesis
Título: Desafios da educação em Guiné-Bissau: análise de livros didáticos de história e geografia do nono ano da educação básica, sob perspectiva da descolonização
Autor(es): Intanquê, Sabino Tobana
Orientador: Eggert, Edla
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Fecha de Publicación: 2022
Palabras clave: EDUCAÇÃO BÁSICA
GUINÉ-BISSAU - ASPECTOS SOCIAIS
LIVROS DIDÁTICOS
EDUCAÇÃO
Resumen: Nessa dissertação, apresentamos recortes dos processos históricos da educação da Guiné-Bissau. Sinalizamos que, em Guiné-Bissau, antes da chegada dos colonizadores portugueses, não existiam as instituições escolares modernas, a educação ocorria oralmente, na qual adolescentes e jovens aprendiam com os mais velhos a forma de contribuírem nas suas comunidades. Esta educação dos povos tradicionais foi colonizada pela educação oriunda de Portugal, uma educação baseada na colonização e na exploração, e quando houve a organização da educação nas zonas libertadas durante a luta para independência do país, foram estabelecidos marcos históricos fundamentais para compreender a colonialidade do saber e do poder no sistema atual da educação formal no país. E, nesse contexto encontram-se, os livros didáticos de História e de Geografia. A escolha para estudo sobre o conteúdo desses livros foi direcionada para os livros didáticos do nono ano da Educação Básica. O estudo é de base documental e utilizou-se a análise de(s)colonial do saber e do poder, para problematizar os conhecimentos eurocêntricos ainda contidos nos livros didáticos.Ao analisar os referidos livros, observamos conteúdos que, na sua maioria, não representam a realidade histórica e geográfica da Guiné-Bissau, mas sim, a realidade do Ocidente. Por isso, entendemos que a colonialidade do saber, do ser e do poder, representados nesses livros didáticos, representa uma narrativa que deve e pode ser mudada por meio da descolonização desses conteúdos. E, com a inclusão dos saberes que representam a realidade do povo guineense, poderá fazer com que adolescentes e jovens possam (re)conhecer as suas culturas, línguas e realidades através da educação escolar, permitindo aos mesmos, refletirem de forma profunda e crítica as suas condições histórias passadas e projetar um futuro sem a dominação desses conteúdos escolares. A conclusão deste trabalho suscita debates em torno da descolonização dos livros didáticos de História e de Geografia do Ensino Básico do país, e discute a possibilidade da inclusão dos conteúdos de uma história e geografia mais crítica da Guiné-Bissau nos livros didáticos.
In this dissertation, we present clippings of the historical processes of education in Guinea-Bissau. We point out that, in Guinea-Bissau, before the arrival of the Portuguese colonizers, there were no modern school institutions, education occurred orally, in which teenagers and young people learned from their elders how to contribute to their communities. This education of the traditional people was colonized by the education coming from Portugal, an education based on colonization and exploitation, and when education was organized in the liberated zones during the country's independence struggle, fundamental historical milestones were established in order to understand the coloniality of knowledge and power in the current system of formal education in the country. And, in this context are the history and geography textbooks. The choice to study the content of these books was directed to the 9th grade textbooks. The study has a documental base and we used the decolonial(s) analysis of knowledge and power to problematize the Eurocentric knowledge still contained in the textbooks.By analyzing the referred textbooks, we observed contents that, for the most part, do not represent the historical and geographical reality of Guinea-Bissau, but rather, the reality of the West. Therefore, we understand that the coloniality of knowledge, being, and power represented in these textbooks represents a narrative that must and can be changed through the decolonization of these contents. And, with the inclusion of the knowledge that represents the reality of the Guinean people, it can make teenagers and young people able to (re)know their cultures, languages and realities through school education, allowing them to reflect in a deep and critical way about their past historical conditions and to project a future without the domination of these school contents. The conclusion of this work raises debates around the decolonization of the History and Geography textbooks of the country's Basic Education, and discusses the possibility of including the contents of a more critical history and geography of Guinea-Bissau in the textbooks.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24404
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción TamañoFormato 
000504595-Texto+completo-0.pdfTexto completo2,52 MBAdobe PDFAbrir
Ver


Todos los ítems en el Repositorio de la PUCRS están protegidos por derechos de autor, con todos los derechos reservados, y están bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional. Sepa más.