Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/24754
Tipo: masterThesis
Título: Distorções e reescritas: o afrofuturismo e a ficção científica distópica em A parábola do semeador, de Octavia Butler
Autor(es): Silva, Raissa Lauana Antunes da
Orientador: Kohlrausch, Regina
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Fecha de Publicación: 2022
Palabras clave: DISTOPIA
TEORIA LITERÁRIA
LITERATURA
Resumen: Ao cogitar futuros, vemos a ficção científica como uma possibilidade de prospectar os desenvolvimentos tecnológicos e ambientais, assim como os sociais e culturais. Com ela, percebemos de forma mais latente o nosso presente através de narrativas do “e se”, que, ao viajarem ao futuro, encontram-se com o nosso presente. As temáticas abordadas por essa literatura de gênero versam entre a descoberta de novos mundos, novas formas de civilização, mas também o medo ao perder o controle do próprio destino, a dominação por corpos estranhos e tantos outros temas que dialogam diretamente com pessoas pretas. Apesar disso, quando examinamos historiograficamente essa literatura de gênero, presenciamos um silenciamento de narrativas pretas que prospectam amanhãs ou que não só metaforizam temas sofridos por minorias, mas tiram essas das margens ou da obscuridade ao trazê-las para o centro. Pensando nessas questões, o presente trabalho parte de uma inquietação sobre a ficção científica distópica e a presença ou não de escritores pretos nesse tipo de fazer literário. Com isso, chega-se ao afrofuturismo, que tem grande destaque nos Estados Unidos e, aos poucos, começa também a ser desenvolvida na escrita brasileira.Sendo um olhar crítico que pode ser aplicado à ficção científica, à fantasia e ao horror, além de áreas voltadas para arte, para a tecnologia e para o ativismo social, o afrofuturismo é um movimento que questiona e exige respostas quanto à autoria, à representação das personagens e a perspectivas raciais. Diante disso, está dissertação analisa a distopia A parábola do semeador, da escritora norte-americana Octavia Butler ([1993] 2018)), que apresenta uma preocupação com o olhar preto ao longo da narrativa, distorcendo e reescrevendo padrões de ficção científica previamente conhecidos. Para se chegar a essa conclusão, esta dissertação se desenvolveu em três capítulos: o primeiro tem por intenção questionar a hegemonia presente na literatura do real e na literatura de ficção científica; o segundo apresenta conceituações sobre o afrofuturismo através de um movimento sankófico de presente, passado e futuro a partir dos olhares de Kodwo Eshun (2003), Ytasha Womack (2013), Lisa Yaszek (2019), Lu Ain-Zaila (2019) entre outros teóricos; e o último analisa a obra A parábola do Semeador (2018), a fim de desmistificar a inexistência de escritores pretos de ficção científica, mapear possibilidades de escrita que fogem ao padrão hegemônico por intermédio do afrofuturismo e demarcar esse movimento.
When envisioning futures, we see science fiction as a possibility to prospect technological and environmental developments, as well as social and cultural ones. With it, we perceive our present more latently through "what if" narratives, which, by traveling into the future, meet our present. The themes addressed by this genre literature approach the discovery of new worlds, new forms of civilization; but, also, the fear of losing control of one's own destiny, domination by strange bodies, and so many other themes that dialogue directly with black people. Nevertheless, when we historiographically examine this genre literature, we witness a silencing of black narratives that prospect tomorrows or that not only metaphorize themes suffered by minorities, but also bring them from the margins or obscurity to the center. Thinking about these questions, the present work starts from a concern about dystopian science fiction and the presence or absence of black writers in this type of literary production. With this, we arrive at Afrofuturism, which has great prominence in the United States and, little by little, is also beginning to be developed in Brazilian writing.As a critical look that can be applied to science fiction, fantasy and horror, as well as areas focused on art, technology and social activism, Afrofuturism is a movement that questions and demands answers regarding authorship, representation of characters and racial perspectives. In light of this, this dissertation will analyze the dystopia Parable of the Sower by American writer Octavia Butler ([1993] 2018)), which presents a concern with the black view throughout the narrative, distorting and rewriting previously known science fiction patterns. To reach this conclusion, this dissertation will develop in three chapters: the first intends to question the hegemony present in the literature of the real and in science fiction literature. The second will present conceptualizations on Afrofuturism through a sankophilic movement of present, past and future from the glances of Kodwo Eshun (2003), Ytasha Womack (2013), Lisa Yaszek (2019), Lu Ain-Zaila (2019) among other theorists. Finally, the last chapter will analyze the work Parable of the Sower (2018), in order to demystify the non-existence of black science fiction writers, map writing possibilities that escape the hegemonic standard through Afrofuturism and demarcate this movement.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24754
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción TamañoFormato 
000502732-Texto+completo-0.pdfTexto completo813,87 kBAdobe PDFAbrir
Ver


Todos los ítems en el Repositorio de la PUCRS están protegidos por derechos de autor, con todos los derechos reservados, y están bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional. Sepa más.