Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/24777
Tipo: masterThesis
Título: O(s) racismo(s) que ecoa(m) de Além-mar: as falas silenciadas e as marcas do pós-colonial em Deus-dará, de Alexandra Lucas Coelho
Autor(es): Serafim, Alexandra Figueiró
Orientador: Angelini, Paulo Ricardo Kralik
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Data de Publicação: 2022
Palavras-chave: LITERATURA PORTUGUESA - HISTÓRIA E CRÍTICA
PÓS-COLONIZAÇÃO - AMÉRICA LATINA
RACISMO
LITERATURA
Resumo: Essa dissertação apresenta uma leitura de Deus-dará (2019), de Alexandra Lucas Coelho, a partir das marcas deixadas pelo Pós-Colonial, através da análise dos silêncios impostos a negros, sob a batuta da escravidão, e a índios, na esteira dos massacres e das invasões de territórios a eles infligidos. Traz ainda, como mote de reflexão, o papel dos grupos minorizados dentro da dinâmica da obra. Para tanto, evoca as vozes das personagens Noé e Lucas, representantes dos povos acima citados, que encontram-se na base da formação da população brasileira. Na obra, o Brasil ficcionalizado por Coelho apresenta os ecos que ainda são ouvidos na contemporaneidade, embarcados diretamente do Portugal além-mar, que insiste em negar suas responsabilidades até hoje. Do encontro das personagens, nascem cenas que refletem o Brasil da favela, das comunidades, dos moradores de rua, da fé inabalável dos cultos evangélicos, do tráfico, do baile funk, dos trabalhadores incansáveis, dos estudantes empenhados, da academia remodelada, “invadida” pelos (as) filhos (as) do pedreiro e da empregada doméstica, o Brasil da diversidade, que reflete no presente os ecos do passado.A partir deste contexto, a questão a ser respondida aqui é: quais ecos do passado estão presentes no agora e como a literatura, representada por Deus-dará, de Alexandra Lucas Coelho, pode ser instrumento de reflexão e luta na superação das marcas deixadas pela colonização? O trabalho está organizado em três capítulos. O primeiro trata do estudo dos conceitos sobre o racismo, com contribuições de Wieviorka (2007), Freyre (2003), Fanon (2020), Ailton Krenak (2020), entre outros, bem como relaciona o combate aos preconceitos a partir do pensamento político, buscando apoio de teóricas como Bell Hooks e Grada Kilomba (2019), por exemplo. O segundo traz o estudo da contribuição da literatura neste processo, destacando vozes como Inocência Mata (2014/2016), Paul Gilroy (2001) e Eagleton (2011). Por fim, no terceiro capítulo, têm-se a análise de Deus-dará (2019), com base nos estudos teóricos supracitados, com o objetivo de identificar os ecos do passado colonial no presente pós-colonial e os possíveis encaminhamentos a serem pensados, tendo a literatura como um dos instrumentos.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24777
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