Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/4648
Tipo: doctoralThesis
Título: Mineralização óssea e crescimento de recém-nascidos pré-termo aos 6 anos de idade
Autor(es): Porto, Beatriz Silvana da Silveira
Orientador: Fiori, Renato Machado
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança
Data de Publicação: 2008
Palavras-chave: MEDICINA
PEDIATRIA
RECÉM-NASCIDO
PREMATUROS
CRIANÇAS - CRESCIMENTO
DENSITOMETRIA
DENSIDADE ÓSSEA
CALCIFICAÇÃO FISIOLÓGICA
METABOLISMO - DOENÇAS
Resumo: INTRODUÇÃO: Recém-nascidos pré-termo têm risco aumentado de apresentarem crescimento diminuído e mineralização óssea deficiente em relação a recém-nascidos a termo, mas os efeitos a longo prazo desta deficiência mineral não estão bem determinados. OBJETIVO: Avaliar o crescimento e a mineralização óssea, através de densitometria de corpo inteiro, de crianças nascidas pré-termo em torno dos 6 anos de idade. MÉTODOS: Medidas de massa óssea e composição corporal de corpo inteiro foram realizadas através de densitometria óssea com raios X de dupla energia (DXA) em crianças em torno de 6 anos de idade, nascidas com peso ≤1750g e idade gestacional ≤34 semanas e que haviam realizado uma densitometria no momento da alta da Unidade Neonatal-UN (Grupo Pré-termo). Foram obtidas medidas antropométricas ao nascimento, na alta hospitalar e aos 5-7 anos, bem como informações sobre o tipo de alimentação láctea utilizada por estas crianças no período neonatal. Para comparação foram estudadas 20 crianças recém-nascidas saudáveis a termo ou próximas ao termo (Grupo Controle Neonatal) e 20 crianças com idade entre 5-7 anos, saudáveis, nascidas a termo (Grupo Controle 6 anos). RESULTADOS: No Grupo Pré-termo (n=39) o peso e a idade gestacional ao nascer foram 1299g±266 e 31,7±2,2 semanas, respectivamente. No momento da alta da UN o peso era 1961±118g e a idade gestacional corrigida 38±3,2 semanas. No Grupo Controle Neonatal eram 2350g±306 e 36,8±1,3 semanas. O conteúdo mineral ósseo (CMO) e o CMO ajustado pelo peso corporal (CMO/kg) no Grupo Pré-termo foram significativamente menores do que o do Grupo Controle Neonatal: 7,3±4,0g e 3,7±2,0g/kg versus 22,4±7,5g e 9,9±2,1 respectivamente (p<0,001).Em torno dos 6 anos o CMO do Grupo Pré-termo foi significativamente menor do que no Grupo Controle 6 anos (614,4±102,7g versus 697,5±102. 3g - p<0,05), porém a diferença não foi mais observada quando o CMO foi ajustado pelo peso (30,2±3. 5 versus 28,8±3,4g/kg, respectivamente - p=0,14). Aos 6 anos de idade os pacientes do Grupo Prétermo eram mais leves e mais baixos que os do Grupo Controle 6 anos (peso 20,4±3,1kg versus 24,5±4,6kg - p<0,001 e estatura 114,4±4,8cm versus 118,2±5,1cm - p<0,01). Nesta idade, o grupo de crianças que recebeu na UN leite materno sem adições tinha, em média, um peso menor que o grupo de crianças que recebeu leite com maior concentração de nutrientes, incluídos no mesmo grupo crianças que receberam fórmula e leite materno fortificado (19,3±2,2kg versus 21±3,4kg - p<0,005). Entretanto, o CMO e o CMO/kg aos 6 anos eram similares nestes dois grupos (CMO 566,4±99,5g versus 641,3±96 e CMO/kg 29,3g±4,2 versus 30,7±3,1g, respectivamente). CONCLUSÕES: recém-nascidos pré-termo, que na alta da UN tinham evidências de desmineralização óssea, recuperaram-se na avaliação em torno de 6 anos de idade. Entretanto, nesta idade, tiveram em média crescimento inferior à das crianças saudáveis nascidas a termo. Da mesma forma, aos 6 anos de idade as crianças alimentadas no período neonatal com leite materno sem adições tiveram, em média um peso mais baixo que as alimentadas com um leite com uma concentração maior de nutrientes.
BACKGROUND: Preterm babies are at a greater risk of having stunted growth and insufficient bone mineralization than full-term infants; however, the longterm effects of this mineral deficiency have not been clearly established. OBJECTIVE: To assess growth and bone mineralization using whole body densitometry in children aged around 6 years who were born prematurely. METHODS: Bone mass and whole-body composition were measured by dual energy X-ray absorptiometry (DXA) in children aged around 6 years who had weighed \1750g at birth, with gestational age \34 weeks, and who had been submitted to densitometry at the time of discharge from the neonatal unit (preterm group). Anthropometric measurements were obtained at birth, at hospital discharge and at 5-7 years, as well as information about the type of milk diet used in the neonatal period. For comparison purposes, 20 healthy full-term or near-term infants (neonatal control group) and 20 healthy children aged 5-7 years born to term (6-year-old control group) were assessed RESULTS: Birth weight and gestational age in the preterm group (n=39) were 1299g±266 and 31. 7±2. 2 weeks, respectively. These infants were discharged from the neonatal unit with a weight of 1961±118g and at a corrected gestational age of 38±3. 2 weeks, comparatively to 2350g±306 and 36. 8±1. 3 weeks, respectively, in the neonatal control group. The bone mineral content (BMC) and the BMC adjusted for body weight (BMC/kg) were significantly lower in the preterm group than in the neonatal control group: 7. 3±4. 0g and 3. 7±2. 0g/kg versus 22. 4±7. 5g and 9. 9±2. 1, respectively (p<0. 001).Around the sixth year of life, the BMC of the preterm group was significantly lower than that of the 6-yearold control group (614. 4±102. 7g versus 697. 5±102. 3g - p<0. 05), but no difference was observed when the BMC was adjusted by body weight (30. 2±3. 5 versus 28. 8±3. 4g/kg, respectively - p=0. 14). At the age of 6 years, patients in the preterm group had a lighter weight and were shorter than those in the 6- year-old control group (weight of 20. 4±3. 1kg versus 24. 5±4. 6kg - p<0. 001 and height of 114. 4±4. 8cm versus 118. 2±5. 1cm - p<0. 01). At this age, the group of infants who had been given unfortified breastmilk in the neonatal unit had a lower average weight than those infants fed fortified human milk or preterm formula who were included in the same group (19. 3±2. 2kg versus 21±3. 4kg - p<0. 005). Nevertheless, the BMC and the BMC/kg at 6 years were similar in these two groups (BMC of 566. 4±99. 5g versus 641. 3±96 and BMC/kg of 29. 3g±4. 2 versus 30. 7±3. 1g, respectively). CONCLUSIONS: preterm babies with evidence of bone demineralization at the discharge from the neonatal unit showed recovery around the age of 6 years. However, at this age, their average growth was lower than that of healthy fullterm infants. Likewise, at the age of 6 years, those infants who had been given unfortified breastmilk in the neonatal period had a lower average weight than those fed higher density of nutrients milk.
URI: http://hdl.handle.net/10923/4648
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