| Resumen: | O aumento dos ataques de violência extrema em escolas nos últimos anos é uma preocupação crescente na sociedade. Nos últimos 22 anos aconteceram 36 ataques. Destes, 10 foram registrados em 2022, e 11 em 2023. Ao todo, 35 pessoas morreram, vítimas desses casos brutais. A pesquisa busca analisar a apresentação dos assassinos dos ataques de violência, com o foco na cobertura jornalística do Jornal Nacional em dois eventos significativos: o massacre de Realengo, em 2011, um dos maiores ataques registrados no país, e o ataque à creche em Blumenau, ocorrido em abril de 2023, sendo o mais recente desde o início deste presente estudo. Para a elaboração da análise, a revisão teórica compreende a violência no contexto brasileiro, investigando seu passado e presente, mas especialmente no ambiente escolar, tendo como base a pesquisa “Ataques de violência extrema em escolas no Brasil” (2023), coordenada pela pesquisadora Telma Vinha. Além disso, a pesquisa explora a história e o papel da televisão e do telejornalismo na sociedade brasileira, com destaque para o reflexo sobre a perspectiva da aplicação da ética e do tratamento da violência e da humanização nos telejornais contemporâneos, trazendo estudos de autores como Vera Íris Paternostro (2006), Alfredo Vizeu (2009) e Jorge Kanehide Ijuim (2012). A análise revela uma clara diferença na abordagem do Jornal Nacional nos dois ataques escolhidos. A partir do método "Análise de imagens em movimento”, de Diana Rose (2002), fica destacado além do cuidado com a propagação da imagem das vítimas, a exposição do nome do criminoso no massacre de Realengo e a decisão do telejornal em não revelar o nome do assassino da creche em Blumenau, seguindo mudanças na linha editorial para evitar a glorificação e a propagação como estímulo para que outras pessoas reproduzam crimes semelhantes, o chamado "Efeito Contágio".
The increase in extreme violence attacks in schools in recent years is a growing concern in society. In the past 22 years, there have been 36 attacks. Of these, 10 were recorded in 2022, and 11 in 2023. In total, 35 people have died as victims of these brutal incidents. The research aims to analyze the portrayal of attackers in violent school incidents, with a focus on the news coverage by Jornal Nacional in two significant events: the Realengo massacre in 2011, one of the largest attacks recorded in the country, and the attack on a daycare center in Blumenau in April 2023, the most recent event since the beginning of this study. For the analysis, the theoretical review encompasses violence in the Brazilian context, investigating its past and present, particularly in the school environment, based on the research "Extreme School Violence Attacks in Brazil" (2023), led by researcher Telma Vinha. Additionally, the research explores the history and role of television and television journalism in Brazilian society, emphasizing the impact on the perspective of ethics and the treatment of violence and humanization in contemporary television news, drawing on studies by authors such as Vera Íris Paternostro (2006), Alfredo Vizeu (2009), and Jorge Kanehide Ijuim (2012). The analysis reveals a clear difference in the approach of Jornal Nacional in the two selected attacks. Using the "Analysis of Moving Images" method by Diana Rose (2002), it is highlighted that, in addition to being cautious about the dissemination of the victims' images, the exposure of the perpetrator's name in the Realengo massacre and the decision of the news program not to disclose the name of the assailant in the Blumenau daycare attack reflect changes in editorial policy to avoid glorification and propagation as a stimulus for others to replicate similar crimes, the so-called "Contagion Effect." |
