Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/15324
Tipo: masterThesis
Título: O mito do “homem novo”: a imagem de Samora Machel no CineJornal Kuxa Kanema (1978-1981)
Autor(es): Barbosa, Pedro Oliveira
Orientador: Paredes, Marçal de Menezes
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em História
Data de Publicação: 2019
Palavras-chave: MOÇAMBIQUE - POLÍTICA E GOVERNO
COMUNICAÇÃO
HISTÓRIA
Resumo: Após dez anos de guerra contra o regime colonial português, em 25 de junho de 1975 aconteceu a descolonização de Moçambique, e a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) tornou-se partido único do país. Samora Machel, uma figura carismática que liderava o movimento à época, tornou-se então o primeiro presidente moçambicano. As políticas implantadas estiveram de acordo com um projeto de construção nacional que buscava difundir um “Homem Novo” no país, que, para além da diversidade étnica, desvinculava-se de todo o passado tradicional e colonial em favor de valores modernos e socialistas. Entre essas políticas, esteve a criação do Instituto Nacional de Cinema (INC), que nacionalizou toda a produção, exibição e distribuição de filmes, de modo que a indústria cinematográfica passou a existir conforme os objetivos traçados pelo partido. Entre suas produções esteve o cinejornal Kuxa Kanema. Entre 1978 e 1979, em sua primeira fase, esse cinejornal construiu uma narrativa que vinculava a imagem de Samora Machel à construção do socialismo no país e a uma grande cooperação “internacionalista”. Já em 1981, na segunda fase, quando Moçambique se viu em grande crise econômica, com uma guerra civil de proporções cada vez maiores, e percebeu que o apoio dos países socialistas era insuficiente para lidar com a situação, a narrativa construída passou a enfatizar os valores nacionalistas, o combate aos “indesejáveis” e a grande liderança de Samora Machel.
After ten years of war against the Portuguese colonial regime, on 25th June 1975 the decolonization of Mozambique took place, and the Liberation Front of Mozambique (FRELIMO) became the country's only party. Samora Machel, a charismatic man who led the movement at the time, became the first Mozambican president. The policies implemented were in line with a national construction project that sought to spread a "New Man" in the country, which, in contrast to ethnic diversity, get rid of all the traditional and colonial past in favor of moderns and socialists values. Among these policies was the creation of the National Film Institute, which nationalized the whole production, exhibition and distribution of films, so that the film industry came into existence according to the objectives outlined by the party. Among his productions was the newsreel Kuxa Kanema. Between 1978 and 1979, in its first phase, this newsreel constructed a narrative that linked the image of Samora Machel to the construction of socialism in the country and a great "internationalist" cooperation. Already in 1981, in the second phase, when Mozambique was in a big economic crisis, with a civil war of increasing proportions, and realized that the support of the socialist countries was insufficient to deal with the situation, the constructed narrative came to emphasize the nationalist values, the fight against the "undesirables" and the great leadership of Samora Machel.
URI: http://hdl.handle.net/10923/15324
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