| Resumen: | A esquistossomose mansônica, no Brasil, tem maiores focos na região Nordeste, sendo o clima tropical da região um importante fator para sua transmissão. Dos estágios de desenvolvimento, apenas as formas larvais miracídios e cercárias são infectantes aos seus respectivos hospedeiros, caramujo e o homem. Por ser uma parasitose que afeta mais de 200 milhões de pessoas, a Organização Mundial da Saúde designou a esquistossomose como um problema de saúde pública global, sobressaltando a necessidade de medidas de interrupção da transmissão. O objetivo deste trabalho é estudar a dinâmica entre o miracídio de S. mansoni e seu hospedeiro intermediário, o molusco de gênero Biomphalaria, de acordo com a perspectiva de transmissão. Para estimar a longevidade e infectividade, estabeleceram-se categorias de movimentação, onde observou-se o comportamento dos miracídios durante 10h em quatro ambientes: câmara climática, câmara sem luz, em ambiente com luminosidade e ambiente escuro. A sobrevivência média dos animais foi de 3h30 enquanto a infectividade média foi de 2h, sem diferença observada entre os quatro tipos de ambientes ou entre ambiente com ou sem luminosidade.A partir dos dados de interação entre o miracídio e o caramujo retirados da literatura, construiu-se pela linguagem NetLogo uma modelagem para simular esta dinâmica em relação ao tamanho populacional entre agentes. Das simulações observou-se que a média de infecção aumentava proporcionalmente ao aumento da população inicial de caramujos e de miracídios. Também, avaliou-se o efeito do campo magnético sobre a movimentação dos miracídios, por meio de uma bobina de Helmholtz, que gerou um campo homogêneo local, a qual os miracídios permaneceram expostos por 5 minutos, registrando por imagens o movimento pré-exposição, durante exposição e pós-exposição. Os miracídios apresentaram diferença singnificativa (p= 0,03) em sua cinemática após exposição à bobina de Helmhotz.
In Brazil, the schistosomiasis mansoni has the highest focus on the Northeast region, being the local climate an important factor for the disease transmission. Of six stages of development, only the miracidia and cercariae are infectant for their respectives hosts, the snail, and humans. The schistosomiasis affects more than 200 million people, and the World Health Organization set it as a global public health problem, highlighting the need of actions to transmission’s interruption. The aim of this work is study the dynamics between S. mansoni miracidium and its intermediate host, the mollusc genus Biomphalaria, accordingly with the transmission perspective. To establish the longevity and infectivity, six types of movements were categorized, and they were observed for 10 hours in four types of environments: climatic chamber, climatic chamber without light, environment with light and environment without light. Miracidia lifespan was 3h30 and the infectivity was 2h, both parameters have not differed significantly between the four environments or environments with and without light.Using data of miracidia and snail interaction from the literature, a model to simulate their dynamics related with their populational size was built by NetLogo language. In the simulations the infected snails rate increased proportionally with the increase of miracidia and snail initial population size. Also, the magnetic field effect in miracidia movements was evaluated using a Helmholtz’s coil. The coil generated a homogeneous and local field where miracidia remained exposed for five minutes, being recorded pre-exposure, exposure, and post-exposure movements. The miracidia’s kinematics presented significative difference (p= 0.03) after exposure to Helmholtz’s coil. |
