Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/9549
Tipo: masterThesis
Título: Relação da influência dos sintomas comportamentais e psicológicos no comprometimento cognitivo leve e na demência leve e moderada em idosos da estratégia saúde da família do município de Porto Alegre
Autor(es): Finger, Geisa
Orientador: Cataldo Neto, Alfredo
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Data de Publicação: 2016
Palavras-chave: DEMÊNCIA
COGNIÇÃO
ENVELHECIMENTO
IDOSOS
GERONTOLOGIA
Resumo: The behavioral and psychological symptoms of dementia (BPSD), has been a concern among mental health services due to the high injury rate in functionality and quality of life of this population. However, still remains open understanding of the psychological and behavioral changes that characterize each stage of cognitive decline. This study aimed to evaluate each SCPD present in the Neuropsychiatric Inventory (NPI) in elderly patients with mild cognitive decline, mild and moderate dementia, and relate to gender, age, educational level and degree of cognitive decline. Methods: Cross-sectional descriptive and analytical study with retrospective data collection of 123 elderly from Pontifical Catholic University of Rio Grande does Sul (PUC-RS). Data were collected from medical records of patients submit the following completed instruments: (i) Cognitive Examination Addenbrooke (ACE-R); (ii) Clinical Staging of Dementia (CDR); (iii) the Neuropsychiatric Inventory (NPI). The description of variables was being conduct using frequencies, means and standard deviations. The association between categorical variables (gender, education, age and CDR) and the presence of behavioral and psychological symptoms will be analyzed. P values ≤ 0. 05 will be considered significant. In assessing the association of the BPSD with sex, apathy showed a significant association (p = 0. 027) in 44. 4% of men and eating disorders (p = 0. 019). The association of the BPSD and age, delusions corresponded to 13. 3% in the age group of 60 to 69 years, 9. 4% between 70 and 79 years and 32. 5% after 80 years of age (p = 0. 024). Depression was present in 66. 7% of individuals between 60 to 69 years, 52. 8% between 70-79 years and 42. 5% in octogenarians (p = 0. 047). In the association of the BPSD with education, delusions were present in 23. 7% of the population illiterate or with up to 3 years of schooling, 11. 4% between 4 and 7 years of study, no cases above 80 years of age (p = 0. 021).Anxiety showed 32. 9% in illiterate individuals or up to 3 years of study, 54. 3% in those aged 4 to 7 years of study and 58. 3% when above 8 years of study (p = 0. 020). The euphoria was not present in illiterate and showed values of 8. 6% in those with 4-7 years of schooling and 8. 3% over 8 years of education (p = 0. 019). By analyzing the association of the BPSD in relation to cognitive decline, delusions presented significant data with 5. 0% in mild cognitive decline, 18. 2% in mild dementia and 35. 7% in moderate dementia (p = 0. 001). Hallucinations represented 7. 5% of the cases of mild cognitive decline, 21. 8% in cases of mild dementia and mild dementia in 28. 6% (p = 0. 024). Apathy was 15% in mild cognitive decline, 32. 7% in mild dementia and 35. 7% in moderate dementia (p = 0. 046). The disinhibition showed 5. 0% in mild cognitive decline, 12. 7% in mild dementia and 21. 4% in moderate dementia (p = 0. 042). Neuropsychiatric symptoms are common in individuals with dementia and tend to increase the prevalence over time of disease progression. The results are consistent with the literature, where the low education is a contributing factor for psychotic symptoms when faced with high education, which is protective for the existence of cognitive decline and its associated symptoms. The increase in years of life contributes to the emergence of BPSD at older ages, as octogenarians, age at which the disease can be in the moderate stage. The evaluation of SCDP at level or evidence, it must be performed in all patients.
Os sintomas comportamentais e psicológicos das demências (SCPD), tem sido uma preocupação entre os serviços de saúde mental, devido ao alto índice de prejuízo na funcionalidade e qualidade de vida desta população. Contudo, ainda permanece em aberto a compreensão das alterações psicológicas e de comportamento que caracterizam cada estágio do declínio cognitivo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar cada SCPD presente no Inventário neuropsiquiátrico (NPI) em idosos com declínio cognitivo leve, demência leve e demência moderada, e relacionar com sexo, faixa etária, escolaridade e grau de declínio cognitivo. Método: Estudo transversal, descritivo e analítico, com análise de dados retrospectiva. Os dados foram coletados de 123 prontuários de idosos do Ambulatório de Envelhecimento Cerebral da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que apresentassem os seguintes instrumentos preenchidos: (i) Exame Cognitivo de Addenbrooke (ACE-R); (ii) Estadiamento Clínico da Demência (CDR) e o (iii) Inventário Neuropsiquiátrico (NPI). Na descrição das variáveis foram utilizados frequências, médias e desvios padrões. Foram analisadas as associações entre as variáveis categóricas (sexo, escolaridade, faixa etária e CDR) e a presença dos sintomas comportamentais e psicológicos e considerados significativos valores para p ≤ 0,05. Na avaliação da associação dos SCPD com sexo, a apatia apresentou associação significativa (p=0,027) em 44,4% dos homens bem como os distúrbios alimentares (p=0,019). Quando avaliada a associação entre sintomas comportamentais e faixa etária, os delírios corresponderam a 13,3% na faixa etária de 60 a 69 anos, 9,4% entre 70 e 79 anos e 32,5% após 80 anos de idade (p=0,024). A depressão estava presente em 66,7% dos indivíduos entre os 60 a 69 anos, 52,8% entre 70 a 79 anos e 42,5% nos octogenários (p=0,047). Na associação entre sintomas comportamentais ou psicológicos com escolaridade, os delírios estavam presentes em 23,7% na população de analfabetos ou com até 3 anos de escolaridade, em 11,4% entre 4 e 7 anos de estudo, sem nenhum caso acima dos 80 anos de idade (p=0,021). A ansiedade apresentou 32,9% nos indivíduos analfabetos ou com até 3 anos de estudo, 54,3% naqueles idosos com 4 a 7 anos de estudo e 58,3% quando acima de 8 anos de estudo (p=0,020). A euforia não se mostrou presente em analfabetos e apresentou valores de 8,6% nos indivíduos com 4 a 7 anos de escolaridade e 8,3% acima dos 8 anos de escolaridade (p=0,019). Ao analisar os sintomas comportamentais em relação ao declínio cognitivo, os delírios apresentaram dados significativos com 5,0% no declínio cognitivo leve, 18,2% na demência leve e 35,7% na demência moderada (p=0,001). As alucinações representaram 7,5% dos casos de declínio cognitivo leve, 21,8% nos casos de demência leve e 28,6% na demência moderada (p=0,024). A apatia foi de 15% no declínio cognitivo leve, 32,7% na demência leve e 35,7% na demência moderada (p=0,046). A desinibição apresentou 5,0% no declínio cognitivo leve, 12,7% na demência leve e 21,4% na demência moderada (p=0,042). Os sintomas neuropsiquiátricos foram frequentes em indivíduos com demência e aumentaram a prevalência com o tempo de evolução da doença. O aumento dos anos de vida contribuiu para o surgimento de SCPD em idades mais avançadas, como os octagenários, idade na qual a doença pode estar na fase moderada. A avaliação dos SCPD apresenta nível de evidência A, devendo ser realizada em todos os pacientes.
URI: http://hdl.handle.net/10923/9549
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