Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/16785
Tipo: masterThesis
Título: "Meu conto é de faltas": juventudes, (des)proteção social e acolhimento institucional
Autor(es): Seimetz, Gisele Ribeiro
Orientador: Prates, Jane Cruz
Scherer, Giovane Antonio
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Fecha de Publicación: 2020
Palabras clave: ASSISTÊNCIA SOCIAL
POLÍTICAS PÚBLICAS
INCLUSÃO SOCIAL
JUVENTUDE
SERVIÇO SOCIAL
Resumen: Esta dissertação apresenta como vinha se manifestando a materialização da proteção social para as juventudes no município de Porto Alegre/RS, no período de 2018 a 2019. Para tanto, possui como objetivo geral “analisar como vêm se constituindo as trajetórias de vida de jovens em acolhimento institucional [de 18 a 29 anos], no que se refere às violações de direitos e resistências vivenciadas, a fim de contribuir para a proposição e qualificação de políticas sociais específicas voltadas para esse segmento social”. Neste trabalho busca-se evidenciar as diferentes violações de direitos experenciadas pelas juventudes que procuram pelo acolhimento institucional; processos sociais de resistências vivenciados em suas trajetórias; bem como, compreender como a proteção social vem sendo desenvolvida no município. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, fundamentada no método dialético-crítico, por meio de análise documental de legislações e normas que incorporam as juventudes em relação à proteção social articulada ao acolhimento institucional.A escolha dos documentos ocorreu em consonância com a amostra da pesquisa empírica, de natureza exploratória. Esta etapa contou com a realização de entrevistas abertas semi-estruturadas com dois jovens em situação de acolhimento institucional e quatro profissionais, entre FASC, a república e um albergue. Estes elementos constituem o corpus da pesquisa, organizada através da técnica de análise textual discursiva em Moraes (2003), respeitando seu processo de categorização. A investigação apresenta como alguns de seus resultados a ausência de uma política pública de acolhimento específica e normatizada para o segmento juvenil, tendo em vista que não se restringe apenas às pessoas egressas do acolhimento de crianças e adolescentes, além da fragilização da proteção social para esse segmento, sem observar suas singularidades, sendo incorporado em políticas mais amplas, para pessoas de 18 a 59 anos.Os jovens entrevistados ingressaram no albergue devido ao rompimento dos vínculos familiares, sendo suas principais demandas: alimentação, moradia, transporte e inserção em relações de trabalho para viabilizar sua subsistência básica. Referente ao trabalho profissional, observa-se que as entrevistadas vivenciam a intensidade da precarização do trabalho, também como resultado da ausência de tipificação do funcionamento dos modelos institucionais envolvidos na pesquisa. Além disso, notase que tanto a república, quanto o albergue contam com apenas uma profissional em cada equipe técnica. Identifica-se a falta de formação continuada, o que repercute no atendimento especializado para o segmento juvenil.Nesse sentido, a pesquisa se apresenta como espaço reflexivo, influenciando na percepção de algumas profissionais sobre o fato de as juventudes apresentarem demandas específicas que não estão sendo atendidas e incorporadas pela rede. Aponta-se para a necessidade de políticas específicas voltadas para as juventudes na perspectiva da intersetorialidade, bem como a instituição de normas técnicas sobre o funcionamento de albergues e repúblicas e a padronização sobre esta última. Indicase o estabelecimento de processos de formação continuada com as equipes que já atendem às juventudes através das políticas voltadas para a população adulta.Ademais, sinaliza-se para o importante papel das universidades na formação de profissionais que conheçam e atuem no planejamento e materialização dos direitos desse segmento social.
This dissertation seeks to understand how the materialization of social protection for youths (between 18 and 29 years old) in the city of Porto Alegre/RS has been manifested in the years 2018 and 2019, regarding violations of rights and experienced resistances, in order to contribute to the qualification of specific social policies aimed at this social segment. This essay aims to highlight the different violations of social rights experienced by youths seeking institutional care; the social processes of resistance experienced in their life trajectories; as well as to understand how social protection has been developed in the municipality. This is a qualitative research, based on the dialectical-critical method, through documentary analysis of laws and norms that incorporate youths in relation to social protection articulated to institutional care. The choice of documents occurred in accordance with the empirical research sample.This stage included semi-structured open interviews with two young people in institutional care and four professionals from the FASC, the Republic and a shelter home. These elements constitute the research corpus, organized through the discursive textual analysis technique in Moraes (2003), respecting its categorization process. The research presents as some of its results the absence of a specific and public institutional care policy for the youth segment, as well as a weakening of the social protection for this segment due to the lack of policies that account for their singularities, as this social segment is incorporated into broader policies for people aged 18 to 59 years.The young respondents entered the shelter homes due to the breakdown of family ties. Their main demands are: food, housing, transportation and insertion in work relationships to make their livelihoods viable. With regards to the interviewed professionals, it is observed that they experience the intensity of precarious work, also as a result of the lack of typification of the functioning of the institutional care models involved in the research. Besides that, it is also noted that both the Republic and the shelter home each have a single professional in their technical teams.We identify the lack of continued education, which has repercussions on specialized care for the youth segment. In this sense, the research presents itself as a reflective space, influencing the perception of some professionals about the fact that youths present specific demands that are not being met and incorporated by the network. The results point the need for specific youthoriented policies from the perspective of intersectoriality. We also conclude that there is an urgent need for technical standards on the operation of home shelters and republics.The establishment of continued education processes for the teams that already serve the youth by using policies aimed at the adult population is advised. Furthermore, we indicate the need of the work of universities in order to contribute to the formation of professionals who know and act in the planning and materialization of the rights of this social segment.
URI: https://hdl.handle.net/10923/16785
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

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