| Resumo: | Objetivos: Analisar a validade da Morse Fall Scale - versão brasileira (MFS-B) em idosos institucionalizados. Método: Caracteriza-se como um estudo metodológico com delineamento de coorte. A pesquisa foi desenvolvida em duas Instituições de longa permanência para idosos. Na Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados (SPAAN) e Asilo Padre Cacique. A população do estudo será composta por 127 idosos institucionalizados na SPAAN e 98 idosos institucionalizados no Asilo Padre Cacique, totalizando 255 idosos. A amostra deste estudo, foi composta por 172 idosos que aceitaram participar do estudo e atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Os dados foram coletados de outubro de 2018 a setembro de 2019. A coleta de dados foi realizada por uma equipe capacitada e se deu por meio da avaliação direta do idoso e de seu prontuário. Utilizando um instrumento composto por quatro partes, que avaliava dados sociodemográficos, rastreio para declínio cognitivo, dados clínicos e de fatores de risco para quedas, além da investigação da ocorrência de quedas. Cada idoso foi avaliado uma única vez se não teve queda. Foi mantida a vigilância quanto a ocorrência de quedas pelo pesquisador e equipe assistencial e nova avaliação foi realizada a cada nova queda. Para a análise dos dados foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e inferencial. O projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (CEP-PUCRS), sob parecer 2.877.992 e todos os participantes ou seus responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do Participante. Resultados: Os idosos institucionalizados tinham idade mínima de 61 e de máxima de 99 anos; quanto ao tempo de institucionalização se observou uma mediana de 4 anos (<1 ano e máximo de 29 anos), com número de diagnósticos médicos com mínimo de zero e máximo de 11 patologias; utilizavam de 4 e 22 medicamentos ao dia. A frequência dos itens MFS-B da primeira avaliação sem queda (MFS-B/Inicial) e da primeira avaliação e da queda (MFS-B/Queda) para idosos institucionalizados quando comparados, tiveram associação (p<0,0001). Dos 60 idosos que caíram, 56,7% caíram uma única vez. Quase metade dos idosos caíram novamente após esta primeira queda, variando entre duas a dezenove novas quedas. A queda estava associada a classificação da MFS-B (p<0,001). Já a classificação do risco de quedas pela MFS-B associou-se (p<0,022) com a escolaridade, com index de Katz ((p<0,013), com RDC 283/05 (p<0,055). A melhor estimativa para predizer a queda foi no ponto de corte 45 pontos da MFS-B em idosos institucionalizados, com sensibilidade de 7 93,3% e especificidade de 58,9%. Quando analisada a confiabilidade de MFS-B com a exclusão do item 4 “terapia endovenosa” houve melhora da confiabilidade (α≥0,700) e esta exclusão também foi confirmada na Analise Fatorial Confirmatória. Conclusões: Os resultados apontam para uma boa capacidade de predição de queda pela MFS-B em idosos institucionalizados quando excluído o item “terapia endovenosa” e sugerem a possibilidade de adaptação da MFS-B para cinco itens de avalição, denominada MFS-B/ILPI.
Ojectives: To analyze the validity of the Morse Fall Scale - Brazilian version (MFS-B) in institutionalized elderly. Method: It is characterized as a methodological study. The research was carried out in two long-term institutions for the elderly. In the Porto-Alegrense Society of Aid to the Needy (SPAAN) and Asilo Padre Cacique. The study population will consist of 127 institutionalized elderly in SPAAN and 98 institutionalized elderly in Asilo Padre Cacique, totaling 255 elderly. The sample of this study was composed of 172 elderly people who agreed to participate in the study and met the inclusion and exclusion criteria. Data were collected from October 2018 to September 2019. Data collection was performed by a trained team and was carried out through direct assessment of the elderly and their medical records. Using an instrument composed of four parts, which evaluated sociodemographic data, screening for cognitive decline, clinical data and risk factors for falls, in addition to investigating the occurrence of falls. Each elderly person was assessed only once if there was no fall. Surveillance was maintained regarding the occurrence of falls by the researcher and the health care team and a new assessment was carried out with each new fall. For data analysis, descriptive and inferential statistics techniques were used. The research project approved by the Research Ethics Committee of the Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul (CEPPUCRS), under opinion 2,877,992 and all participants or their guardians signed the Participant's Free and Informed Consent Form. Results: Institutionalized elderly people were at least 61 years old and 99 years old; as for the institutionalization time, a median of 4 years (<1 year and maximum of 29 years) was observed, with a number of medical diagnoses with a minimum of zero and a maximum of 11 pathologies; used 4 and 22 drugs a day. The frequency of items MFS-B from the first assessment without a fall (MFS-B / Initial) and from the first assessment and a fall (MFS-B / Fall) for institutionalized elderly when compared, was associated (p <0.0001). Of the 60 elderly people who fell, 56.7% fell only once. Almost half of the elderly fell again after this first fall, ranging from two to nineteen new falls. The fall was associated with the classification of MFS-B (p <0.001). The classification of the risk of falls by the MFS-B was associated (p <0.022) with education, with Katz index ((p <0.013), with RDC 283/05 (p <0.055). The best estimate to predict the drop was at the cutoff point 45 points of MFS-B in institutionalized elderly, with a sensitivity of 93.3% and specificity of 58.9%. When analyzing the reliability of MFS-B with the exclusion of item 4 “therapy endovenous ”there was an improvement in reliability (α≥0,700) and this exclusion was also confirmed in the Confirmatory Factor Analysis. Conclusions: The results point to a good ability to predict fall by MFSB in institutionalized elderly when the item“ intravenous therapy and suggest the possibility of adapting the MFS-B to five assessment items, called MFS-B / ILPI. |
