| Abstract: | Neste trabalho, apresenta-se uma análise do romance Mi negro pasado (2018a), da Laura Esquivel, em conexão com Como agua para chocolate (1989) e a El Diario de Tita (2016a), livros que compõem uma trilogia. Percebe-se que elementos presentes nos romances tornam-se relevantes para uma recuperação memorialística, a qual irá interferir em questões identitárias que surgem na narrativa. Como objetivo geral, pretende-se analisar Mi negro pasado a partir da relação do título do romance com as questões identitárias que estão submersas na ancestralidade da família da protagonista. Como desdobramento dessas reflexões, busca-se identificar que elementos foram importantes para a revelação identitária da família De la Garza, a fim de compreender qual é o papel da memória nesse processo, a partir da conexão entre os romances mencionados. O primeiro capítulo, subdvidido em três partes, traz considerações a respeito da literatura como objeto de estudo, assim como uma apresentação de aspectos referentes à produção literária de Laura Esquivel. Discorre-se, ainda, sobre a trilogia de Como agua para chocolate, em razão da conexão existente entre eles. No segundo capítulo, estruturado em duas partes, dedica-se a promover um diálogo entre o romance estudado e as reflexões teóricas levantadas para fundamentar a análise. Para tanto, apoia-se, inicialmente, nos estudos de Guillermo Batalla (2019), sobre a identidade mexicana, e Henry Louis Gates Jr. (2014), sobre o México como um país afro-latino-americano. Por fim, na concretização da análise proposta, cruzam-se os aspectos memorialísticos e identitários, por meio da leitura de autores como Paul Ricoeur (2007), Aleida Assmann (2011) e Halbwachs (2013), para fundamentar as reflexões surgidas a partir das perguntas aqui apresentadas que envolvem o campo da memória. Traz-se, ainda, o que consideram Zygmunt.Por fim, na concretização da análise proposta, cruzam-se os aspectos memorialísticos e identitários, por meio da leitura de autores como Paul Ricoeur (2007), Aleida Assmann (2011) e Halbwachs (2013), para fundamentar as reflexões surgidas a partir das perguntas aqui apresentadas que envolvem o campo da memória. Traz-se, ainda, o que consideram Zygmunt Bauman (2005), Joël Candau (2018) e Stuart Hall (1997; 2006; 2014) a respeito da identidade. Através dessa abordagem, busca-se, então, compreender como a negritude de Horacio representa uma chave para o resgate de um passado que guarda uma identidade esquecida.
This paper presents an analysis of the novel Mi negro pasado (2018a), by Laura Esquivel, in connection with Como agua para chocolate (1989) and El Diario de Tita (2016a), books that make up a trilogy. The elements presented in the novels become relevant for a memorialistic recovery, which will interfere in identity issues that arise in the narrative. As a general aim, the intention is to analyze Mi negro pasado from the relation of the novel's title with the identity issues that are submerged in the ancestry of the protagonist's family. As an unfolding of these reflections, the aim is to identify which elements were important for the identity revelation of the De la Garza family, in order to understand the role of memory in this process, based on the connection between the mentioned novels. The first chapter, subdivided into three parts, presents considerations about literature as an object of study, as well as a presentation of aspects related to Laura Esquivel's literary production. It also discusses the trilogy of Como agua para chocolate, due to the connection between them. The second chapter, structured in two parts, is dedicated to promoting a dialogue between the studied novel and the theoretical reflections raised to support the analysis. For this purpose, this study initially relied on the studies of Guillermo Batalla (2019), on Mexican identity, and Henry Louis Gates Jr. (2014), on Mexico as an Afro-Latin American country.Finally, in carrying out the proposed analysis, the memorialistic and identity aspects are crossed, through the reading of authors such as Paul Ricoeur (2007), Aleida Assmann (2011) and Halbwachs (2013), to substantiate the reflections arisen from the questions presented on the paper that involve the field of memory. The research also aims what Zygmunt Bauman (2005), Joël Candau (2018) and Stuart Hall (1997; 2006; 2014) consider about identity. Through this approach, the paper is sought to understand how Horacio's blackness represents a key to the rescue of a past that guards a forgotten identity. |
