Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/19403
Tipo: doctoralThesis
Título: O sublime no app: fantasias de mídia e imaginário tribal do vine - uma abordagem arqueológica e etnográfica
Autor(es): Neves, Sheron Helena Martins das
Orientador: Pellanda, Eduardo Campos
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Data de Publicação: 2021
Palavras-chave: REDES SOCIAIS
CIBERESPAÇO
COMPORTAMENTO
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo identificar possíveis construções imaginárias de um sublime tecnológico evocadas por plataformas on-line, e para isto se utiliza do caso do app de vídeo e plataforma social Vine - lançado em 2013 e encerrado em 2017. Para isto, iniciamos com uma contextualização histórica, contrastando o cenário midiático no qual foi lançado com o atual ecossistema, caracterizado pela plataformização e datificação das interações, conforme defendido por José Van Dijck. Para amparar as reflexões trazidas, construímos uma base teórica que inclui o neotribalismo e o imaginário contemporâneo de Michel Maffesoli, assim como os debates em torno do conceito de comunidade virtual, desde a visão dos norte-americanos Howard Rheingold e Sherry Turkle na década de 1990, passando pelos pesquisadores brasileiros Raquel Recuero e André Lemos a partir dos anos 2000, até o olhar trazido pelo historiador francês Patrice Flichy.A arqueologia das mídias - em especial a abordagem das mídias imaginárias de Eric Kluitenberg - funciona como fio condutor, alinhavando tanto os questionamentos como os argumentos aqui defendidos, que têm o suporte das noções de sublime tecnológico de Leo Marx e David Nye, e de fantasias de mídia, explorada por Carolyn Marvin. Para identificar as fantasias nutridas em torno do app ao longo das fases do seu ciclo de vida - especialmente sua fase “póstuma” -, nos valemos de nossa própria experiência como usuária do Vine e de uma investigação etnográfica no Byte, seu sucessor. O trabalho empírico é então complementado por entrevistas em profundidade com ex-viners. Ao final, propomos que tanto o fascínio exercido pelo Vine como o imaginário tribal compartilhado pelos usuários teria sido potencializado pela sua extinção, e, mesmo ao migrar para outras ambientes on-line, o grupo investigado demonstra cultivar um forte apego à sua identidade de viner e à expectativa de retornar ao sublime nele experimentado/imaginado.
This thesis aims to identify possible imaginary constructions of a technological sublime evoked by online platforms, by examining the case of the video app and social platform Vine - launched in 2013 and terminated in 2017. We begin by building an historical background, contrasting the media landscape within which the app was launched with the current one, characterized by platformization and the datafication of online social interactions, as argued by José Van Dijck. To support these claims, we build a theoretical framework that includes Michel Maffesoli’s neo-tribalism and contemporary imaginaire, as well as debates around the notion of virtual community, departing from Howard Rheingold e Sherry Turkle’s viewpoint in the 1990s to Brazilian researchers André Lemos and Raquel Recuero’s perspective in the 2000s, as well as the recent contribution by French media historian Patrice Flichy.The media archeology approach - especially Eric Kluitenberg’s idea of imaginary media - is used as a connecting link for the inquiries and arguments here proposed, funded mainly on the notion of technological sublime, by Leo Marx and David Nye, and media fantasies, explored by Carolyn Marvin. To identify fantasies built around the app during the different phases of its life cycle - especially during its “postmortem” phase -, we draw upon a four-month ethnographic investigation on Byte - as well as our own experience on Vine. The empirical endeavor is then complemented by in depth interviews with ex-viners. We conclude by suggesting that both the fascination caused by Vine as well as the tribal imaginary shared by its users would have been intensified by its own extinction. Even when migrating to other online territories, these viners seem to cultivate a lasting attachment to their viner identity and to their enduring expectations of returning once again to the sublime experienced/imagined in the platform.
URI: https://hdl.handle.net/10923/19403
Aparece nas Coleções:Dissertação e Tese

Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000500997-Texto+completo-0.pdfTexto completo3,43 MBAdobe PDFAbrir
Exibir


Todos os itens no Repositório da PUCRS estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, e estão licenciados com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Saiba mais.