Resumo: | O pensamento tecnológico que viceja na cena contemporânea tem posto sob suspeição a atitude criativa, uma vez que hoje, e cada vez mais, nossos modos de pensar e de criar passam a ser condicionados e determinados tecnologicamente. A sedução que as tecnologias de computação gráfica exercem sobre os sujeitos envolvidos com a criação em publicidade, design e arquitetura vem provocando o abandono da prática gráfica do rafe nos momentos de concepção e criação em favor do uso acrítico dos computadores e seus softwares. Este trabalho discorre sobre tal circunstância e sobre possíveis perdas criativas daí decorrentes, amparado por áreas do conhecimento como a neurociência, a psicologia, a semiótica, a psicanálise, a filosofia. A prospecção acerca do papel da prática do rafe, no futuro, é levada a cabo tendo em conta o acelerado e constante aprimoramento das tecnologias de computação gráfica, assim como considera os anúncios cada vez mais incisivos de que estamos ingressando em um período pós-humano, no qual nosso corpo e as condições de tudo que o acompanha – consciência, inconsciência, pensamento, criatividade - tendem a se transformar em uma grande interrogação. O trabalho conclui pela necessidade de um pensamento que não dispense os préstimos da tecnologia, mas que continuamente a vigie, como garantia da autonomia de nossas manifestações gráficas criativas. The technological thinking that thrives in the contemporary scene has put under suspicion the creative attitude, since today, and increasingly, our ways of thinking and creating are to be conditioned and determined technologically. The seduction of computer graphics technologies have on the people involved with creating advertising, design and architecture has led to the abandonment of the practice of graphic sketch in moments of conception and creation in favor of uncritical use of computers and their software. This paper addresses this circumstance and about possible creative losses arising therefrom, sustained by knowledge areas such as neuroscience, psychology, semiotics, psychoanalysis, philosophy. The exploration of the role of the sketch in the future practice is carried out taking into account the rapid and constant improvement of technology of computer graphics, and believes the ads increasingly incisors that we are entering a post-human time in which our bodies and conditions for all that goes with - awareness, consciousness, thought, creativity - tend to turn into a big question. The paper concludes by the necessity of thinking that do not dismiss the services of the technology, but they continually watch as ensuring the independence of our creative graphic manifestations. |