Análise comparativa entre o dimensionamento de uma longarina de uma ponte em concreto armado e em concreto protendido com pós-tração

Abstract

Este artigo realiza uma análise comparativa entre estruturas de concreto armado e concreto protendido, considerando aderência posterior e pós-tração, aplicadas em longarinas isostáticas de uma ponte. A utilização da protensão em estruturas de concreto apresenta vantagens significativas, como a redução de fissuras, a possibilidade de projetar elementos mais esbeltos e um consumo otimizado. O dimensionamento foi realizado com o auxílio de uma planilha eletrônica automatizada, desenvolvida com base nas diretrizes das normas brasileiras NBR 6118 (2023), NBR 7187 (2021), NBR 7188 (2024) e NBR 8681 (2003). Foi analisado um modelo em concreto protendido com protensão completa, além de um modelo em concreto armado, permitindo a verificação das estruturas nos Estados Limites de Serviço (ELS) e nos Estados Limites Últimos (ELU). O principal objetivo do estudo foi avaliar o comportamento estrutural desses sistemas, considerando a influência de carregamentos permanentes e variáveis. Para a estrutura protendida, investigou-se as perdas imediatas e progressivas, levando em conta as propriedades geométricas, características dos materiais e a variação do tempo de aplicação da força de protensão. Além disso, foi calculada a área de armadura passiva e ativa necessária para resistir aos esforços cortantes e momentos fletores atuantes, determinando-se a quantidade de aço requerida para atender as solicitações estruturais. Concluiu-se que, embora o concreto armado seja mais comum e prático, o concreto protendido oferece vantagens significativas em projetos que priorizam durabilidade e eficiência.