Resumen: | A pesquisa busca investigar as (im) possibilidades estratégicas da comunicação no processo de internacionalização das universidades brasileiras. Em um contexto globalizado e cada vez mais interconectado, a internacionalização da Educação Superior tem se tornado prioridade estratégica para muitas instituições, que precisam adaptar suas práticas comunicacionais para atender às novas demandas e complexidades. A partir de uma abordagem teórico-metodológica-epistemológica, que dialoga com a complexidade das organizações, interculturalidade e comunicação estratégica, o estudo explora como a comunicação, em suas múltiplas dimensões, pode contribuir com o processo de internacionalização das universidades. A investigação analisa práticas e desafios enfrentados pelas universidades brasileiras, destacando a importância do diálogo e da construção de novas formas de comunicar, transcendendo as visões funcionalista da comunicação e unidimensional da internacionalização. Com base nas contribuições de Massoni (2003, 2007), a abordagem adotada se apoia na Investigação da Comunicação Estratégica Enativa, a partir de entrevistas em profundidade como conversas com parceiros em diálogo para alcançar o espaço da experiência e compreender luzes e sombras vivenciadas no espaço das práticas.A partir dos diálogos realizados e do percurso investigativo da pesquisa, o estudo oferece uma contribuição que pode aportar novos olhares sobre o conhecimento da área da comunicação e internacionalização da Educação Superior, ao propor uma estratégia de navegação para universidades interessadas no tema da internacionalização, com dimensões comunicacionais estratégicas que poderão ser implementadas ou servir de inspiração, ainda que adaptadas aos diferentes contextos. O primeiro movimento busca superar a ideia de comunicação como divulgação para dar espaço para momentos de conexão e relacionamento. O segundo movimento faz um convite para que a comunicação deixe de estar no final do processo estratégico e passe a incorporar a estratégia como um espaço de relacionamento da diversidade sociocultural. Por fim, o terceiro movimento apresenta uma proposição dialógica, indo de um tema a ser comunicado para um problema sobre o qual conversar. The research aims to investigate the (im)possible strategic roles of communication in the internationalization process of Brazilian universities. In an increasingly globalized and interconnected context, the internationalization of Higher Education has become a strategic priority for many institutions, which must adapt their communication practices to meet new demands and complexities. Through a theoretical methodological-epistemological approach that engages with organizational complexity, interculturality, and strategic communication, the study explores how communication, in its multiple dimensions, can contribute to the internationalization process of universities. The investigation analyzes practices and challenges faced by Brazilian universities, highlighting the importance of dialogue and the construction of new ways of communicating, moving beyond a functionalist view of communication and a one-dimensional perspective on internationalization.Based on the contributions of Massoni (2003, 2007), the adopted approach is grounded in the investigation of Enactive Strategic Communication, using in-depth interviews as dialogical conversations with partners to reach the space of experience and understand the lights and shadows experienced in the realm of practice. Drawing from the conducted dialogues and the research’s investigative process, the study offers insights that may provide new perspectives on knowledge in the field of communication and the internationalization of Higher Education. It proposes a navigation strategy for universities interested in internationalization, incorporating strategic communication dimensions that can be implemented or serve as inspiration, even if adapted to different contexts. The first shift aims to move beyond the idea of communication as mere dissemination, creating space for moments of connection and relationship building. The second shift invites communication to move away from being positioned at the end of the strategic process and instead integrate strategy as a relational space for sociocultural diversity. Finally, the third shift presents a dialogical proposition, transitioning from a topic to be communicated to a problem to be discussed. |