Resumen: | Esta tese tem como tema o lugar da ética na formação do psicólogo. Trata-se de um estudo eminentemente teórico que se desenvolveu a partir das experiências e reflexões produzidas no contexto da prática profissional da pesquisadora em seu trabalho com a formação de psicólogos. Investiga alguns conceitos filosóficos e históricos que servem como ferramentas para pensar o tempo presente e no como esse tempo aparece na formação desse profissional e de que maneira contribui para a constituição da ética nessa formação. A tese contextualiza e problematiza a trajetória da constituição da Psicologia como ciência a partir do século XIX. Postula, também, que a ética é a dimensão constitutiva do tornar-se psicólogo e que, em certo sentido, os estudantes se formam psicólogos ocupando-se consigo mesmos. Através do cuidado de si, estão constantemente construindo-se e, nessa construção, não há propriamente uma separação entre a ética e a estética, uma vez que se constroem como sujeitos e profissionais num exercício muito próximo da ascese. A problemática central da tese emerge da busca do lugar da ética na formação do psicólogo, alcançando-se a compreensão da ética como cuidado e construção de si. Conclui-se que a formação dos psicólogos é um processo complexo que envolve a autopoiese, a estetização da existência e também exige certos códigos que regulem esse processo, de modo que não se reduza a uma experiência solipsista e egoísta, excluindo o outro, o coletivo e a natureza. This thesis has as theme the place of ethics in the formation of psychologist. This is a highly theoretical study that developed from the experiences and the reflections developed in the context of professional practice of the researcher in her work with the formation of psychologists. It investigates some historical and philosophical concepts that serve as tools for thinking the present time and how this time appears in the formation of this professional and how it contributes to the establishment of ethics in this formation. The thesis contextualizes and problematizes the trajectory of the constitution of Psychology as a science from the nineteenth century. It postulates also that ethics is a constitutive dimension of becoming a psychologist and that, in a sense, the students graduate psychologists occupy themselves by themselves. Through the caution-of-itself, they are constantly building itself and, in this construction, there is not a properly separation between ethics and aesthetics, since it builds as subjects and professionals in an exercise very close to asceticism. The central problematic thesis emerges from the search of the place of ethics in the formation of psychologist, reaching itself the comprehension of ethics as caution and building itself. It is concluded that the formation of psychologists is a complex process that involves autopoiesis, the aestheticization of existence and also requires certain codes that regulate this process, so that it is not reduce to a solipsistic and selfish experience, excluding the other, the collective and the nature. |