| Resumo: | This dissertation investigates research, characterized as a metacognitive activity, as an alternative methodology to deal with individual differences. To reach the objectives, I have reviewed studies on the complexity of knowing, the individual as self-reorganizer of his/her knowledge, neuroscientific findings regarding the functioning of the brain, the theme metacognition, teacher mediation, research as an activity, and teacher education. to this theoretical interlocution, i have also added empirical data collected from ten college students who were graduating in pedagogy at Fundação Universidade Federal do Rio Grande in Rio Grande, RS. Data collection included the application of questionnaires, spreadsheets to be used for self-recording of research activities, and group meetings after the work had been carried out. Results show that it is possible to favor students’ metacognitive development through research tasks. By considering the complexity of the task and the need to reach an objective, the student devises an initial plan, however, when s/he reflects on his/her cognitive processes, s/he can monitor, evaluate and regulate his/her mental actions; thus, s/he may redo the plan according to his/her goals. Therefore, the student perceives himself/herself as a subject who can reorganize his/her own learning, and cooperate to construct a self-poietic view of relearning to learn. At the same time, based on the idea that teacher education influences the adoption of this pedagogical practice and that teacher mediation is essential for students’ self-regulation, I have defended the need to promote, mainly in teacher education courses, the understanding of metacognition, and its practice as well. In order to do that, I have suggested the use of research as a methodological alternative to provide teachers-tobe with learning experiences that favor self-research, thus, contributing to the understanding of the complexity of teaching and learning and allowing them to perceive the self-poiesis of relearning to learn.
A tese investiga a pesquisa como alternativa metodológica para lidar com as diferenças individuais dos aprendizes, sendo ela caracterizada como atividade metacognitiva. Para alcançar esse objetivo, são revisados estudos que abarcam a complexidade do conhecer, o indivíduo como auto-reorganizador do conhecimento, achados neurocientíficos acerca do funcionamento do cérebro, o tema metacognição, a mediação docente, a atividade de pesquisa e a formação de professores. A essa interlocução teórica acrescentam-se dados empíricos obtidos junto à 10 (dez) acadêmicas concluintes do Curso de Pedagogia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, em Rio Grande, RS. A coleta de dados envolveu aplicação de questionários, preenchimento de planilha para auto-acompanhamento na atividade de pesquisa e encontro coletivo após a execução do trabalho. Os resultados obtidos no estudo mostram que é possível oportunizar o desenvolvimento metacognitivo do aluno via tarefa de pesquisa. Mediante a complexidade da atividade e a necessidade de atingir um objetivo, o aluno estabelece um plano inicial, porém, ao refletir a respeito de seus processos cognitivos, pode monitorar, avaliar e regular suas ações mentais, retomando e reformulando o plano em função da meta a ser alcançada. Dessa forma, o aluno se percebe como sujeito auto-reorganizador de sua própria aprendizagem, colaborando para a construção da visão autopoiética do reaprender a aprender. Paralelamente, fundamentando-se na idéia de que a formação docente influencia na adoção dessa prática pedagógica e que a mediação docente é essencial para o desenvolvimento da auto-regulação no aluno, defende-se a necessidade de promover, em especial nos cursos de formação de professores, um entendimento acerca da metacognição bem como o exercício prático da mesma. Para tal, sugere-se a adoção da pesquisa como alternativa metodológica para oferecer aos futuros professores situações de aprendizagem que oportunizem a auto-pesquisa, contribuindo para que compreendam a complexidade do ensinar e do aprender, percebendo em si mesmos a autopoiese do reaprender a aprender. |
