Resumo: | Introduction: Few studies are found in the literature evaluating the association of anthropometric parameters and the atherosclerotic burden, being this association still, up to the present, not well established. Objectives: Evaluate, in adult patients who underwent a coronary angiography, the association between different anthropometric parameters and the coronary atherosclerotic burden. Methods: Adult patients who underwent a coronary angiography were asked to participate in the study. Socio-demographic data (age, education and occupation) and cardiovascular risk factors (smoking, hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus and a family history of CVD) were collected using a questionnaire. The anthropometric measures evaluated were: weight(Kg), height (m), body mass index (BMI), waist circumference(C), abdominal circumference (CABD), hip circumference (CQ), neck circumference(CP), waist-hip ratio(RCQ), abdominal-hip circumference (RCABDQ) and waist-height (CALT). The atherosclerotic burden was evaluated by coronary angiography using the Friesinger Score (EF), ranging from 0 to 15 and scores each one of the major cardiac arteries separately. Significant atherosclerosis was considered with a EF≥5. All the coronary lesions were detected by cardiologists specialized in coronary angiography blinded to the anthropometric measures. Results: Three hundred and seven patients, 213 men (63,2%) and 124 women (36,8%) participated on the study. The average age was 60,1±10 years. In the total sample, the correlation of anthropometric parameters with atherosclerotic burden measured by the EF only the RCQ (r = 0. 159 and p = 0. 003) was significant. When we separated the sample by gender, we found a significant correlation of the RCABDQ (r=0,238 e p=0,008) and the RCQ (r=0,198 e p=0,028) with the EF only in women. No correlation was found between the anthropometric parameters and the EF. After adjusting for sex, age, hypertension, smoking and diabetes mellitus no anthropometric parameter was associated with the atherosclerotic burden measured by the EF in the total sample or separately by gender. Conclusion: No anthropometric parameter was an independent risk factor for atherosclerotic burden. Introdução: Poucos estudos são encontrados na literatura que avaliam a associação dos parâmetros antropométricos e a carga aterosclerótica, não sendo até o presente momento, esta associação bem estabelecida. Objetivos: Avaliar, em pacientes adultos submetidos à cineangiocoronariografia, a associação de diferentes parâmetros antropométricos com a carga aterosclerótica coronariana. Métodos: Foram convidados a participar do estudo pacientes adultos submetidos à cineangiocoronariografia. Dados sócio-demográficos (idade, escolaridade e ocupação) e fatores de risco cardiovasculares (tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, diabetes mellitus e história familiar de DAC) foram coletados a partir de um questionário. As medidas antropométricas avaliadas foram: peso(Kg), altura (m), índice de massa corporal (IMC), medida da cintura (CC), da circunferência abdominal (CABD), circunferência do quadril (CQ), circunferência do pescoço (CP), relação cintura-quadril (RCQ), relação circunferência abdominal-quadril (RCABDQ) e cintura-altura (CALT). A carga aterosclerótica foi avaliada a partir da cineangiocoronariografia utilizando o Escore de Friesinger (EF), que varia de 0 a 15 e pontua separadamente cada uma das três principais artérias do coração. Aterosclerose significativa foi considerada quando o EF≥5. Todas as lesões coronarianas foram marcadas por hemodinamicistas cegos para os valores antropométricos. Resultados: A amostra foi constituída por 337 pacientes, sendo 213 homens (63,2%) e 124 mulheres (36,8%). A idade média foi de 60,1±10 anos. Na amostra total, a correlação dos parâmetros antropométricos com a carga aterosclerótica medida pelo EF somente a RCQ (r=0,159 e p=0,003) apresentou uma correlação linear significativa. Quando separamos a amostra por gênero, nas mulheres, encontramos correlação significativa da RCABDQ (r=0,238 e p=0,008) e da RCQ (r=0,198 e p=0,028) com o EF. Não foi encontrada nos homens nenhuma correlação dos parâmetros antropométricos e o EF. Após os ajustes para as variáveis, sexo, idade, HAS, tabagismo e DM, nenhum parâmetro antropométrico foi associado com a carga aterosclerótica medida pelo EF na amostra total ou separada por gênero. Conclusão: Nenhum parâmetro antropométrico foi fator de risco independente para a carga aterosclerótica. |