Abstract: | The present dissertation deals with the relation between psychological practices and social politics, in a more specific way, the relation between the know-how of Psychology and the field of Social Assistance. To this end it covers theoretical reflections about the knowledge produced in the practices experienced, viewing the widening and deepening of the debates concerning the interfaces between psychology and social public politics. To exploit this theme, context and processes of the insertion of psychology in the Social Assistance field in the last decade were focused, using two data sources: scientific production and narratives. Regarding scientific productions, we sought to understand the specificities of the produced knowledge on the processes of constitution of psychological practices in the field of social assistance in Brazilian theses and dissertations published between 2004 and 2010.Using a systematic review method, we observed a shortage of studies in this area and we also noted peculiarities concerning working conditions, professional consolidation of psychology in the field of social assistance, interlocution with other areas and the everyday challenges faced in this field. The second section had as objective to understand how the processes of articulation between the construction and psychological practices and social assistance took place. The study relied on the professional experiences of Psychology professionals who work or have worked in the field of social assistance in Porto Alegre since the 1990s. As a methodological strategy, the collection and analysis of narratives was used, have as referencial theoretician, the social constructionist. Among the results of this work, we highlight the mismatch between the training and professional performance, the contradiction between the need to promote strategies for the everyday and collective construction together with the understanding of this process as a barrier to the work and, finally, the idea that public politics of social assistance is poorly explored and poorly articulated to the other social politics. This work reinforces the relevance of intensifying the debate on the insertion of psychological practices in the field of Social Assistance, viewing the critical reflection and the transformation of conceptions, places and social projects for the profession. A presente dissertação aborda a relação entre as práticas dos profissionais da Psicologia e as Políticas Sociais, de modo mais específico, as relações entre o saber-agir da Psicologia e o campo da Assistência Social. Nesse sentido, contempla reflexões teóricas sobre o conhecimento produzido e as práticas vivenciadas, tendo em vista a ampliação e o aprofundamento dos debates acerca das interfaces da Psicologia com as Políticas Públicas Sociais. Para explorar o tema, enfocamos os contextos e os processos de inserção e atuação da Psicologia no campo da Assistência Social, nas últimas décadas, tendo em vista duas fontes de dados: produções científicas e narrativas. No que se refere às produções científicas, buscamos compreender as especificidades do conhecimento produzido sobre processos de constituição das práticas do psicólogo no campo da Assistência Social em teses e dissertações brasileiras publicadas entre 2004 e 2010 .Com apoio numa proposta de revisão sistemática, observamos a escassez de estudos nessa área e constatamos peculiaridades concernentes às condições de trabalho, à consolidação profissional da Psicologia no campo da Assistência Social, às interlocuções com outras áreas e aos desafios cotidianos impostos e enfrentados nesse campo. A segunda seção teve o intuito de compreender como se deram os processos de articulação entre a construção das práticas do psicólogo e a Assistência Social. O estudo apoiou-se nas experiências de profissionais da Psicologia que efetivam ou efetivaram saberes e práticas no campo da Assistência Social, a partir da década de 1990, em Porto Alegre. Como estratégia metodológica, utilizamos a coleta e análise de narrativas, tendo como referencial teórico, o construcionismo social. Dentre os resultados deste trabalho, destacamos os descompassos entre a formação e a prática profissional, a contradição entre a necessidade de promover estratégias para construção cotidiana e coletiva concomitante à compreensão deste processo como obstáculo ao trabalho e, finalmente, a ideia de que a Política Pública de Assistência Social é uma travessia pouco explorada e pouco articulada às demais Políticas Sociais. O trabalho realizado reforça a relevância de intensificar o debate sobre a inserção das práticas dos psicólogos no campo da Assistência Social, tendo em vista a reflexão crítica e a transformação de concepções, lugares e projetos sociais para a profissão. |