Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/5032
Tipo: masterThesis
Título: Agressividade no período da latência através do teste contos de fadas
Autor(es): Lovera, Renata de Rezende
Orientador: Werlang, Blanca Susana Guevara
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Data de Publicação: 2009
Palavras-chave: PSICOLOGIA
PSICANÁLISE
AGRESSIVIDADE
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
CRIANÇAS - PERÍODO DE LATÊNCIA
VIOLÊNCIA
TESTES PSICOLÓGICOS
Resumo: Aggression is one of the actions performed by humans that can be define as a behavior that is part of the daily lives of people, and if well managed, helps the individual to become established and to obtain satisfaction, considering the social context in which it is inserted. However, the aggression is commonly associated with violence, which is considered a bad adaptive behavior as destructive character of the people. This can be found since the early stages of development, and it is important to understand the phenomenon of psychological aggression in childhood as a way to meet and identify ways to appropriate intervention in child clinical psychology with the goal of the preventive actions. In order to accomplish this goal, two study sections were developed: a theoretical and an empirical. The section presents a review of the theoretical contribution of psychoanalysis to the understanding of aggression. It discusses the importance of aggression for the various authors and also contextualizes such as aggressiveness is present in the infant stages of development, from a focus on the latency period. At this stage of development, characterized by a balance between impulse and more elaborate defenses, the use of defensive mechanisms such as sublimation, help the child to overcome aggressive difficult situations. In the empirical section, is portrayed a quantitative study, a cross section type that identify the presence of evidence of aggressive content in the responses to the Fairy Tale Test (TCF), a projective instrument theme. The participants of the study were 72 female and male children, aged between 6 and 11 years of public and private schools in the city of Porto Alegre. A socio-demographic data form was used for the sample characterization. To delete suspicious cases of intellectual impairment was given the Raven’s Progressive Matrices - Special Scale.All material expressed by the children to the Fairy Tale Test (FTT) was evaluated by three judges (J1, J2 and J3), which made assessments based on the categorization system of the test. To assess the degree of agreement between them, it was used the statistic Kappa. It was subsequently conducted a survey of frequencies of the aggressive types identified in the responses, and for comparison between groups and associations of the variables as school, sex and age, thematic/conflict in the series of cards, it was used Fisher's Exact Test. The results show that the degree of agreement among the judges were mostly satisfactory, since the agreement was achieved predominantly values of moderate, substantial and almost perfect in most categories of aggression. The aggressive content with greater frequency of responses were: Fear of Aggression (f = 54), Aggression Type A (f = 49) and Aggression as Retaliation (f = 34). It identified a significant association between the variable Aggression Type A and males (p = 0. 042). It was possible to identify the frequencies of variable aggression in six of the seven sets of cards (Little Red Riding Hood, Wolf, Dwarfs, Witch, Giant, Little Red Riding Hood Scenes). The results suggest that even the period of latency is considered a period of"waiting" for the later stages, in which the child is more calm you can identify the existence of motives that lead the child to act aggressively.
Como uma das ações desempenhadas pelos seres humanos, encontra-se a agressão - comportamento que faz parte do cotidiano das pessoas, e, se bem gerenciada, auxilia o indivíduo a se afirmar e a obter satisfação, considerando o contexto social no qual está inserido. Entretanto, a agressão está comumente associada à violência, que é considerada um comportamento mal-adaptativo, como caráter destrutivo das pessoas. Presente desde as etapas iniciais do desenvolvimento, torna-se relevante compreender o fenômeno psíquico da agressão na infância, como forma de conhecer e definir formas de intervenções adequadas na clínica psicológica infantil com o objetivo de ações de prevenção. Para tanto, foram elaboradas duas seções de estudo: uma teórica e uma empírica. A seção teórica apresenta uma revisão da contribuição dos teóricos da psicanálise para compreensão da agressividade. Discute-se a importância da agressão para os diferentes autores e também se contextualiza como a agressividade está presente nas fases do desenvolvimento infantil, a partir de um enfoque no período da latência. Nesta etapa do desenvolvimento, que se caracteriza por um equilíbrio entre impulso e defesas mais elaboradas, a utilização de mecanismos defensivos, como a sublimação, instrumentaliza a criança para superar situações difíceis de caráter agressivo. Na seção empírica, é retratado um estudo quantitativo, do tipo transversal, que busca identificar a presença de evidências de conteúdos agressivos nas respostas ao Teste dos Contos de Fadas (TCF), instrumento projetivo temático. Participaram do estudo 72 crianças dos sexos feminino e masculino, com idades entre 6 e 11 anos, de escolas públicas e privadas da cidade de Porto Alegre. A fim de obter dados que caracterizem os participantes, foi utilizada uma Ficha de Dados Sociodemográficos.Para excluir casos com suspeita de comprometimento intelectual, foi administrado o Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven - Escala Especial. Todo o material verbalizado pelas crianças ao Teste dos Contos de Fadas (TCF) foi avaliado por três juízes (J1, J2 e J3) que realizaram avaliações com base no sistema de categorização de respostas. Para avaliar o grau de concordância entre eles, foi utilizada a estatística Kappa. Posteriormente, foi realizado um levantamento de freqüências dos tipos de conteúdos agressivos identificados nas respostas e, para a comparação entre grupos e associações das variáveis conforme escola, sexo e idade, temática/conflito da série de cartões, foi utilizado o Teste Exato de Fisher. Os resultados mostram que o grau de concordância entre os juízes, na sua maioria, foi satisfatório, uma vez que a concordância alcançada foi, predominantemente, de valores moderados, substancias e quase perfeitos na maioria das categorias da agressão. Os conteúdos agressivos com maior freqüência de respostas foram: Medo de Agressão (f = 54), Agressão Tipo A (f=49) e Agressão como Retaliação (f=34). Foi identificada associação significativa entre a variável Agressão Tipo A e sexo masculino (p=0,042). Foi possível identificar as freqüências da variável agressão em seis das sete séries de cartões (Chapeuzinho Vermelho, Lobo, Anões, Bruxa, Gigante, Cenas do Conto Chapeuzinho Vermelho). Os resultados obtidos apontam que, mesmo o período da latência sendo considerado um período de “espera” para as etapas posteriores, na qual a criança está mais calma, é possível identificar a existência de motivações que levam a criança a agir de forma agressiva.
URI: http://hdl.handle.net/10923/5032
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