Resumo: | Introduction: In children, hearing loss can be a complication of Adenotonsillar Hypertrophy (ATH) due to upper airway obstruction with a corresponding middle ear effusion. Nonetheles, it is not clear if ATH can also lead to impairment of the inner ear. Objective: to detect and characterize hearing impairment in children with Adenotonsillar Hypertrophy. Methods: A case-control study in children with and without Adenotonsillar Hypertrophy. All subjects underwent tonal audiometry, impedance, transient otoacoustic emissions and distortion product otoacoustic emissions. Results: The study involved 32 children with ATH and 37 controls, from 5 to 13 years of age. There were no significant differences between groups regarding gender (p=0. 763), age (p=0. 349), weight (p=0,653) and race (0. 285). Tonal audiometry was normal for both groups in both ears, although the ATH showed slight falls at high frequencies. Transient otoacoustic emissions (TOE) and distortion product otoacoustic emissions (DPOE) were present in both ears of the control group. In the ATH group, TOE were present in the right ear of all children but only in 30% in the left ear; DPOE were present in only 12%, but in 68% of the right ear. Conclusion: There is an association between Adeno-tonsillar Hypertrophy and hearing neurosensory impairment, identified in otoacoustic emissions but not in tonal audiometry. Introdução: Em crianças, a perda auditiva pode ser uma das complicações da Hipertrofia Adenotonsilar (HAT) devido à obstrução de vias aéreas superiores com consequente acúmulo de secreção na orelha média (efusão). Contudo, desconhecemos se a HAT também compromete a orelha interna. Objetivos: Identificar e caracterizar possíveis alterações auditivas em crianças portadoras de Hipertrofia Adenotonsilar.Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle no qual foram recrutadas crianças com hipertrofia adenotonsilar e seus respectivos controles. Todos os sujeitos realizaram exames de audiometria tonal, impedanciometria, emissões otoacústicas transientes e emissões otoacústicas por produto de distorção. Resultados: Participaram do estudo 32 crianças com HAT e 37 controles com idades entre cinco e 13 anos, de ambos os sexos. Não houveram diferenças significativas entre os grupos em relação a gênero (p=0,763), idade (p=0,349), peso (p=0,653) e raça (p=0,285). Em relação à audiometria tonal, o grupo HAT não apresentou diferença entre o grupo controle em ambas as orelhas, porém, o grupo com HAT apresentava discretas quedas nas altas frequências. As emissões otoacústicas transientes (EOAT) e por produto de distorção (EOAPD) estavam presentes no grupo controle e em estudo em ambas orelhas. No grupo HAT, as EOAT estavam presentes na orelha direita 100% das crianças, mas apenas em 30% na orelha esquerda; as EOAPD estavam presentes na orelha direita de apenas 12% das crianças, mas em 68% delas na orelha esquerda. Conclusões: Há uma associação entre hipertrofia adenotonsilar e alterações sensório-neurais da audição, identificadas nas emissões otoacústicas, mas não na audiometria tonal. |