Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/7594
Tipo: masterThesis
Título: Mais do que palavras: a associação do abuso emocional na infância com o comportamento suicida
Autor(es): Araújo, Rafael Moreno Ferro de
Orientador: Lara, Diogo Rizzato
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Data de Publicação: 2015
Palavras-chave: MEDICINA
NEUROCIÊNCIA
PSIQUIATRIA
MAUS-TRATOS INFANTIS
SUICÍDIO (PSIQUIATRIA)
Resumo: Introduction: Adverse childhood experiences are important risk factors for lifetime suicide attempts. However, little is known about the specific contribution of each type of maltreatment on suicidal behavior. The aim of this study was to examine the association between the level of each type of childhood trauma and suicidal behavior severity, controlling for their co-occurrence and common psychiatric disorders. Methods: The data were collected by the Brazilian Internet Study on Temperament and Psychopathology (BRAINSTEP). The final sample consisted of 71429 self-selected volunteers. Childhood maltreatment assessed with the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Lifetime suicidal behavior was assessed by using the first item of the Suicidal Behavior Questionnaire (SBQ-17).Results: Controlling for demographic variables, childhood trauma subtypes scores, and psychiatric diagnoses (depression, bipolar disorder, and post-traumatic stress disorder), severe emotional abuse was associated with suicidal ideation and attempts, mainly for serious suicide attempts (OR, 17. 76; 95%CI, 14. 59-21. 62). Emotional abuse had an exponential association with serious suicide attempts, with a peak at the 99th percentile (OR, 53. 37; 95%CI, 22. 67-86. 58). For other types of trauma, we found positive associations of smaller magnitude: at the 99th percentile for emotional neglect (OR, 1. 9; 95%CI, 1. 1-3. 0) and sexual abuse (OR, 2. 6; 95%CI, 1. 9-3. 5), and no meaningful trend for physical abuse and physical neglect. Major depressive disorder and emotional abuse had the highest attributable risk fractions, 58% and 56%, respectively. Conclusions: The risk of suicide attempts increased exponentially with higher scores of emotional abuse. Physical maltreatment in childhood was weakly associated with suicidal behavior severity when controlled for emotional trauma. For suicide prevention, mental health public policies should consider including interventions to prevent and treat the consequences of emotional abuse.
Introdução: Os traumas infantis são importantes fatores de risco para tentativas de suicídio. Contudo, pouco se sabe sobre a contribuição específica de cada tipo de trauma no comportamento suicida. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre o nível de cada tipo de trauma infantil e a gravidade do comportamento suicida, controlando para possíveis co-ocorrências e transtornos psiquiátricos.Métodos: Os dados foram coletados pelo Brazilian Internet Study on Temperament and Psychopathology (BRAINSTEP). A amostra final foi de 71. 429 voluntários. OS maus tratos na infância foram avaliados com a Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). O comportamento suicida foi avaliado utilizando o primeiro item do Suicidal Behavior Questionnaire (SBQ-17).Resultados: Controlando para dados sociodemográficos, níveis dos tipos de trauma na infância e diagnósticos psiquiátricos (depressão, transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático), o abuso emocional grave foi associado com ideação suicida e tentativas de suicídio, principalmente para as graves (OR, 17,76; 95% CI, 14,59-21,62). O abuso emocional teve uma associação exponencial com tentativas de suicídio graves, com um pico no percentil 99 (OR, 53,37; IC95% 22,67-86,58). Para outros tipos de trauma, encontramos associações positivas de magnitude menor: no percentil 99 para negligência emocional (OR, 1,9; 95% CI, 1,1-3,0) e para abuso sexual (OR, 2,6; 95% CI, 1,9-3,5), e nenhuma tendência significativa para o abuso físico e para a negligência física. O transtorno depressivo maior e o abuso emocional apresentaram as maiores frações de risco atribuíveis, 58% e 56%, respectivamente. Conclusões: O risco de tentativas de suicídio aumentou exponencialmente com níveis mais altos de abuso emocional. Os maus tratos físicos na infância foram fracamente associados com a gravidade do comportamento suicida quando controlados para trauma emocional. Para prevenção do suicídio, as políticas públicas de saúde mental devem considerar a inclusão de intervenções para prevenir e tratar as conseqüências do abuso emocional.
URI: http://hdl.handle.net/10923/7594
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