Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/8050
Tipo: doctoralThesis
Título: Restrições formais, transcriação concreta e algo mais no Oulipo e em La Disparition, de Georges Perec
Autor(es): Carneiro, Vinícius Gonçalves
Orientador: Barberena, Ricardo Araujo
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Data de Publicação: 2005
Palavras-chave: CRÍTICA LITERÁRIA
PEREC, GEORGES - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO
LIPOGRAMAS
LITERATURA
Resumo: The Oulipo (Ouvroir de littérature potentielle [Workshop of Potential Literature]) is a post-World War literary movement founded by mathematicians and writers amongst whom we find famous personalities such as Raymond Queneau, Italo Calvino, Georges Perec and Jacques Roubaud. The Oulipo is based on the formal constraint as a "machine" of artistic creation in two ways: on the one side, an analytical approach which studies "plagiats par anticipation [anticipatory plagiarism]", i. e., the writers who worked on the formal constraints before the Oulipo; on the other hand, a synthetic approach based on innovation and experimentation with new literary constraints. Firstly, this doctoral dissertation discusses concepts (implicitly or explicitly) presented in the manifestos of the group and in the critical texts and interviews with Georges Perec, concerning mainly the concept of constraint. Secondly, it discusses these notions in the work of Perec, including the lipogram novel La disparition (2009a [1969]). The heart of this part is to analyze the relationship between the discourse of the Oulipo and its immediate and visible effects in La disparition, therefore between constraint and aesthetic formalism. As theoretical basis, the concepts of metatextuality as proposed by Bernard Magné (1986; 1989), the death of the author as proposed by Roland Barthes (2004), intertextuality as proposed by Kristeva (2005) and reader as proposed by Wolfgang Iser (1996; 1999) and Umberto Eco (1991) are essentials, among others. At the end, extracts of La disparition translated into Portuguese by the author are presented, based on the theoretical work of Haroldo de Campos (2004), which considers translation as a device of critical appropriation.
O grupo literário Oulipo (Ouvroir de littérature potentielle [Ateliê de Literatura Potencial]) surgiu na década de 1960, na França, e postulava, a partir da aproximação entre literatura e matemática, a utilização de contraintes para a criação literária e para os estudos sobre literatura. Conforme o Oulipo, que tinha entre seus integrantes Raymond Queneau, Italo Calvino, Jacques Roubaud e Georges Perec, toda a obra literária possui restrições formais, cabendo ao escritor ter consciência desse processo. Um dos romances que tornaram o grupo famoso foi La disparition, de 1969, escrito sem a vogal “e”, a mais utilizada em francês. Nessa obra, a restrição está intimamente ligada a um jogo metatextual, em que se alude constantemente à ausência da vogal. Partindo da hipótese de que nem um autor, grupo ou movimento literário tem controle sobre os sentidos ou interpretações dos textos a ele ligados, este estudo se propõe a debater os postulados oulipianos, sobretudo o conceito de contrainte, e suas consequências nos estudos literários. Além disso, apresenta-se uma análise da obra de Georges Perec, com destaque para o romance La disparition (2009a [1969]). Para efetivar tal análise, propõe-se também a tradução de extratos do livro, sendo a tradução aqui entendida como crítica (CAMPOS, 2004). A discussão teórica partirá de alguns conceitos da teoria literária, como os de morte do autor de Roland Barthes (2004), de intertextualidade de Julia Kristeva (2005), de metatextual de Bernard Magné (1986; 1989), de leitor de Wolfgang Iser (1996; 1999) e Umberto Eco (1991) e de jogo de Huizinga (2012) e Agamben (2007), dentre outros.
URI: http://hdl.handle.net/10923/8050
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