Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/10411
Tipo: doctoralThesis
Título: A realidade como temporalidade: ética e estética desde Autrement qu’être ou au-delà de l’essence de E. Levinas
Autor(es): Laitano, Grégori Elias
Orientador: Souza, Ricardo Timm de
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Data de Publicação: 2017
Palavras-chave: REALIDADE
RESPONSABILIDADE
ÉTICA
FILOSOFIA POLÍTICA
Resumo: O presente exercício como tese pretende investigar uma espécie de fundo sem fundo que alicerça, sem se enraizar ou colocar-se como princípio, a “cosmovisão” que poderia se depreender da obra de Levinas como um todo, a partir de uma releitura de Autrement qu’être ou au-delà de l’essence. A hipótese que será defendida ao longo do desenvolvimento do trabalho é que este, digamos, elemento sustentador e operador de uma visão de mundo é a temporalidade através da qual sobrevém a nós o único correlato possível para a realidade, sua pluralidade de sentidos. O caminho a ser percorrido prevê, sob uma visão bastante ampla, pelo menos três movimentos: a reconstrução do modo pelo qual Levinas compreende a ontologia na obra em análise, a categoria da essência, em suas duas faces (complementaridade entre ser e não-ser e interesse), e sua posterior sofisticação a partir da problemática oferecida pela tensão existente no seio da linguagem (tensão entre Dito e Dizer), que possibilita tanto o seu desdobramento como temporalização pelo Dito como linguagem, operando uma espécie de cooptação da temporalidade pela sua reverberação enquanto espraiamento mesmo da essência (ascendência do Dito sobre o Dizer no reino da visão), quanto a sua suspensão em seu próprio seio pelo reflorescimento mesmo da temporalidade por aquilo que dela se canaliza numa teia de responsabilidades, cujo advento do sujeito ético seria o nó em gestos de responsabilidade pela alteridade, pelos quais o tecido temporal do real vai se tecendo. O segundo momento da pesquisa visa analisar mais de perto este que é o coração da obra levinasiana, a substituição, a releitura levinasiana da ideia de subjetividade, especialmente, no sentido em que ele se faz expressão desta temporalidade.Na paragem derradeira da pesquisa, aproveitando uma virada ética na estética a partir de alguns textos pós-Autrement do autor sobre artistas variados, virada inclusive em relação ao exposto no próprio Autrement sobre o tema, pretende-se demonstrar a exuberante riqueza dessa linguagem ético-temporal e suas nuances ecoando em outras dimensões do saber, mais especificamente a estética. O real é tempo. Tempo é relação com a alteridade. E a subjetividade é a sede da responsabilidade através da qual o real encampa seu sentido e se abre para o porvir. Articular essas dimensões fazendo justiça a esta intriga enigmática da ética em Levinas é o desafio maior deste trabalho.
URI: http://hdl.handle.net/10923/10411
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