Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10923/24355
Type: doctoralThesis
Title: Segurança social em um modelo de sociedade pós-trabalho
Author(s): Moraes, Sandro Glasenapp
Advisor: Fincato, Denise Pires
Publisher: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Graduate Program: Programa de Pós-Graduação em Direito
Issue Date: 2022
Keywords: SEGURO SOCIAL - BRASIL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
DIREITO
Abstract: O presente trabalho busca identificar as bases de um modelo de seguro social adaptado à sociedade atual e à sociedade de um futuro próximo, impactado pelas tecnologias modernas. O modelo de seguro social ainda hoje utilizado remonta suas origens ao auge da 1ª Revolução Industrial, adequado àquela sociedade industrial, cuja centralização no trabalho era um dos seus pilares. Com base nesse modelo de sociedade se pensou o financiamento e a cobertura dos seguros sociais. Com as alterações na dinâmica da sociedade – em especial, ao final do século XX e início do século XXI – muito influenciadas pelos avanços tecnológicos, particularmente, as tecnologias de informação e comunicação e a inteligência artificial, um novo modelo de sociedade se iniciou. Nesse novo modelo, as tecnologias substituíram, cada vez mais, a ação humana, especialmente no mundo do trabalho, levando a uma reconfiguração social. Como consequência, questiona-se se o modelo de segurança social gestado nas sociedades industriais ainda pode efetivar a segurança social em uma sociedade onde o trabalho não é mais o eixo central da organização social. Nessa “sociedade pós-trabalho”, novos riscos sociais exigem novas ideias para proteção, bem como novas formas de financiamento desta proteção. Verifica-se a necessidade de uma proteção social desvinculada do trabalho, que possa garantir renda e dignidade para pessoas que não têm acesso ao trabalho remunerado, seja por opção ou pela contingência social. Pode-se apontar que o modelo de segurança social, adequado a nova realidade social, deverá estabelecer uma garantia de renda básica universal, acrescido de políticas públicas que incentivem o exercício de atividades que atualmente não são consideradas produtivas, além de valorizar o tempo de não trabalho dos cidadãos.
The present work seeks to identify the bases of a social insurance model adapted to the current society and to the society of the near future, impacted by modern technologies. The social insurance model, still used today, dates back to the height of the 1st Industrial Revolution, suitable for that industrial society, whose centralization of work was one of its pillars. Based on this model of society, the financing and coverage of social insurance was considered. With changes in the dynamics of society, especially at the end of the 20th century and beginning of the 21st century, heavily influenced by technological advances, particularly information and communication technologies and artificial intelligence, a new model of society begins. In this new model, technologies increasingly replace human action, especially in the world of work, leading to a social reconfiguration. As a result, a new social insurance model is required, a model configured for a society where work is no longer the central axis of social organization. In this post-work society, new social risks demand new ideas for their protection, as well as new ways of financing this protection. There is a need for social protection unrelated to work, which can guarantee income and dignity for people who do not have access to paid work, either by choice or by social contingency. This model will start from a guarantee of basic income, plus public policies that encourage the exercise of activities that are currently not considered productive, in addition to valuing citizens' time off work. El presente trabajo busca identificar las bases de un modelo de seguro social adaptado a la sociedad actual y a la sociedad del futuro cercano, impactada por las tecnologías modernas. El modelo de seguridad social, aún vigente en la actualidad, se remonta al apogeo de la I Revolución Industrial, adecuado para aquella sociedad industrial, cuya centralización del trabajo fue uno de sus pilares. Con base en este modelo de sociedad, se consideró el financiamiento y cobertura del seguro social. Con los cambios en la dinámica de la sociedad, especialmente a finales del siglo XX y principios del XXI, fuertemente influenciados por los avances tecnológicos, en particular las tecnologías de la información y la comunicación y la inteligencia artificial, comienza un nuevo modelo de sociedad. En este nuevo modelo, las tecnologías reemplazan cada vez más la acción humana, especialmente en el mundo del trabajo, lo que lleva a una reconfiguración social. Como resultado, se requiere un nuevo modelo de seguridad social, un modelo configurado para una sociedad donde el trabajo ya no es el eje central de la organización social. En esta sociedad post-laboral, los nuevos riesgos sociales demandan nuevas ideas para su protección, así como nuevas formas de financiar esta protección. Existe una necesidad de protección social ajena al trabajo, que pueda garantizar ingresos y dignidad a las personas que no tienen acceso al trabajo remunerado, ya sea por elección o por contingencia social. Este modelo partirá de una garantía de renta básica, más políticas públicas que incentiven el ejercicio de actividades que actualmente no se consideran productivas, además de valorar el tiempo de no trabajo de los ciudadanos.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24355
Appears in Collections:Dissertação e Tese

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
TES_SANDRO_GLASENAPP_MORAES_COMPLETO.pdfTexto completo1,45 MBAdobe PDFOpen
View


All Items in PUCRS Repository are protected by copyright, with all rights reserved, and are licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License. Read more.