Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/3570
Tipo: masterThesis
Título: A relação dos idosos com seus medicamentos
Autor(es): Reis, Cristine dos
Orientador: Bós, Ângelo José Gonçalves
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Fecha de Publicación: 2011
Palabras clave: MEDICINA
GERONTOLOGIA BIOMÉDICA
GERIATRIA
MEDICAMENTOS
ENVELHECIMENTO
SAÚDE DO IDOSO
QUALIDADE DE VIDA
Resumen: Introduction: according to estimates provided by IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics), 13. 5% of Southern Brazilian population is formed by 60- year-old or older people. Aging is followed by an increase in the prevalence of chronic and incapacitating diseases and a change of paradigm in public health. The use of several medications is related to an improvement in the control of these diseases. This fact corroborates the observation that elderly people represent the age group with a wider utilization of medications within society. Cardiovascular diseases and diabetes are among the most prevalent diseases in this population and account for most medications consumed. In this context, two phenomena are extremely important: polypharmacy and self-medication. These two phenomena may lead to the practice of home storage of medications, a very common practice in Brazil, however, few studies tried to understand the causes of these phenomenons and how the elderly faces them. Objectives: this study aims to understand the meaning of medications for the elderly and their comprehension and belief in their therapeutic regimen. It also aims to identify the number of medications stored in elderly peoples’ houses, their origin, and storage, in addition to observing the existence or not of unused or expired medications in these houses, the reasons why they are not being used and, if applicable, where they are disposed. Methodology: it is a qualitative, observational, and non-participatory research. The convenience sample was composed of 8 elderly persons, diabetic and/or hypertensive, living in the city of Dois Irmãos, of both sexes, not institutionalized, aged 60 years or older. The instrument used for data collection was a semi-structured interview, and data analysis was performed through the thematic analysis technique. Results: the presence of self-medication was a form of self-care. The poor knowledge of interviewees about the therapy may be related to the phenomenon of polypharmacy observed among interviewees. The use of alternative therapies was found as a common practice among this population. The bedroom and the kitchen were the preferred places by the interviewees for storing medication in their houses. Unused medications, some expired, were discovered in these places. The interviewees had no information on the right manner of disposing of their medications, discarding them most frequently with the common garbage. The reasons for the maintenance of medications in the houses were various, e. g. the culture of self-medication, “safety” and accessibility. The manner of acquiring the products varied among interviewees: some of them bought them, others received them in healthcare units, and others bought some medications and received others. Another important finding was that many interviewees see their medications as an essential condition for the maintenance of their lives, in addition to providing health and well-being. Some interviewees mentioned that medications allowed their autonomy and socialization. Conclusions: the use of medications was seen as an important instrument for selfcare, preservation of physical independence and autonomy for these individuals. Expired medications, phenomena as self-medication and polypharmacy were present in this population, being of great importance as a preoccupation of public healthcare. However, findings show that elderly people need educational programs on medications in order to improve their understanding of their therapies and avoid the dangers it can bring to their lives.
Introdução: de acordo com estimativas do IBGE (2009), 13,5% da população gaúcha é formada por idosos com 60 anos ou mais de idade. Com o envelhecimento, temos um aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacitantes e uma mudança de paradigma na saúde pública. O uso de muitos medicamentos está relacionado a um melhor controle dessas doenças. Este fato corrobora a observação de que os idosos representam o estrato etário com maior utilização de medicamentos na sociedade. Doenças cardiovasculares e o diabetes estão entre as enfermidades com maior prevalência entre essa população com um consumo mais importante de medicação. Neste contexto, dois fenômenos são extremamente importantes: a polifarmácia e a automedicação. Estes dois fenômenos podem conduzir à prática do acondicionamento domiciliar de medicamentos que é bastante freqüente em nosso país, entretanto, poucos trabalhos tentam entender as causas desses fenômenos e o que os mesmos representam para o idoso. Objetivos: este estudo tem como objetivo observar o que representa o medicamento para o idoso, sua compreensão e crença no seu regime terapêutico. Busca também identificar número de medicamentos armazenados nos domicílios dos idosos, sua procedência e armazenamento, além de observar a existência ou não de medicamentos em desuso ou vencidos nestes domicílios, os motivos pelos quais eles não estão sendo utilizados e, se for o caso, onde são descartados. Trajetória Metodológica: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, observacional não participativo. A amostra de conveniência foi composta por 8 idosos diabéticos e/ou hipertensos, residentes no domicílio de Dois Irmãos, de ambos os sexos, não institucionalizados com idade igual ou superior a 60 anos. O instrumento de coleta de dados utilizado foi a entrevista semi-estruturada e a análise dos mesmos foi feita através da Técnica de Análise Temática. Resultados: entre os resultados constatou-se a presença de automedicação, como uma forma de autocuidado. O pouco conhecimento sobre a terapia dos entrevistados pode estar relacionado com o fenômeno de polifarmácia observado entre os entrevistados. O uso de terapias alternativas demonstrou ser uma prática comum entre esta população. O quarto e a cozinha foram os locais preferidos pelos entrevistados para o armazenamento dos medicamentos em seus domicílios. Nestes locais observou-se a presença de medicamentos em desuso, alguns com sua validade expirada. Os entrevistados não tinham informações sobre a maneira correta de descartar seus medicamentos, sendo o lixo comum a maneira mais utilizada para esta prática. Os motivos para a manutenção de medicamentos nos domicílios foram diversos, como por exemplo: cultura de automedicação, “segurança” e acessibilidade. A maneira de aquisição variou entre os entrevistados da pesquisa: alguns compravam, outros retiravam na unidade básica de saúde (UBS) e outros compravam alguns medicamentos e retiravam os demais na UBS. Outro achado importante da pesquisa foi que muitos dos entrevistados vêem seus medicamentos como uma condição essencial para manutenção de suas vidas, além de proporcionar saúde e bem estar. Alguns mencionam que os medicamentos permitem sua autonomia e socialização. Conclusões: ao final da pesquisa, o uso de medicamentos se mostrou um importante instrumento de auto-cuidado, de preservação da independência física e da autonomia desses indivíduos. Fenômenos como automedicação e polifarmácia estavam presentes nesta população, sendo muito importantes porque são uma preocupação de saúde pública. No entanto, os achados mostram que os idosos necessitam de programas de educação sobre seus medicamentos, para que estes compreendam melhor sua terapia e para evitar os perigos que ela pode proporcionar a suas vidas.
URI: http://hdl.handle.net/10923/3570
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

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