Resumen: | Com o aumento expressivo da população idosa, cresce o número de
condutores automotivos em uma faixa etária frequentemente acometida por declínios
cognitivos que podem interferir nas habilidades para uma condução segura. Sendo a
condução automotiva essencial para a manutenção da autonomia e qualidade de
vida e sua interrupção associada a efeitos negativos como restrição à vida social e
aumento de sintomas depressivos, sua continuidade ou não deveria basear-se em
uma avaliação criteriosa. No entanto, apesar de relevante, ainda não foram
estabelecidos os instrumentos mais eficazes para avaliar as funções cognitivas e o
desempenho de idosos na condução automotiva. Objetivo: investigar as funções
cognitivas de motoristas idosos e relacionar com o desempenho em um simulador de
direção, buscando identificar os parâmetros mais eficazes de avaliação, contribuindo
para segurança no trânsito e para a criação de políticas públicas. Método: estudo do
tipo transversal com abordagem descritivo-analítica, envolvendo 34 condutores
idosos avaliados através de um simulador de direção e testes cognitivos (Códigos,
da Escala de inteligência Wechsler, Teste de atenção Dividida-TEADI, Trail Making
teste-TMT, Exame Cognitivo de Addenbrooke Revisado-ACE-R e Teste de
aprendizado Verbal de Rey- RAVLT). Resultados: os testes que avaliam o
funcionamento cognitivo, especialmente os de memória verbal e as habilidades
visuoconstrutivas foram os que mais demonstraram relação com o desempenho no
simulador de condução. Conclusões: a comparação entre o desempenho nos testes
cognitivos e os escores no simulador de direção, evidencia correlação entre ambos,
indicando que o pior desempenho no simulador associa-se ao pior desempenho
cognitivo, revelando-se um instrumento útil para contribuir na avaliação de
condutores idosos. With seniors increasing faster than younger populations, the average
age of car drivers has gone up, and ageing-associated cognitive decline may
interfere with the skills needed for safe driving. However, driving provides autonomy
and quality of life, and being considered unfit to perform this task may restrict social
life and lead to depression. As such, any restrictive measures should be based on
careful assessment; however, the instruments available to evaluate the cognitive
functions and the driving performance of the elderly need to be largely improved.
Objective: To investigate the cognitive functions of elderly drivers and relate them to
performance in a driving simulator, and to identify the most effective parameters of
evaluation, thus contributing to traffic safety and to the creation of public policies.
Method: This is a cross-sectional, descriptive-analytic study, involving 34 elderly
drivers evaluated by a driving simulator and cognitive tests (Wechsler Intelligence
Scale Codes, Divided Attention Test - TEADI, Trail Making test, Revised
Addenbrooke Cognitive Examination - ACE-R and Rey Verbal Learning Test -
RAVLT). Results: The tests that evaluate the cognitive functioning, especially those
of verbal memory and the visuoconstructive abilities were the ones that demonstrated
more relation with the performance in the driving simulator. Conclusions: The
comparison between performance in cognitive tests and scores in the drive simulator
shows a correlation between both, indicating that the worst performance in the
simulator is associated with worse cognitive performance, proving to be a useful
instrument to contribute to the evaluation of elderly drivers. |