| Resumen: | Com o olhar que contempla as configurações sociais e históricas em torno das aproximações e intercomunicabilidade (LAJOLO; ZILBERMAN,1996) entre Jornalismo e Literatura, em espaços constituídos pelo Jornalismo cultural (HOHLFELDT, 2003; LIMA, 2013; SOARES, 2014), traçamos o questionamento desta reflexão. Debruçamo-nos em mapear e caracterizar etapas históricas vividas por espaços de resenhas, páginas, suplementos literários e webreviews, do século XIX ao século XXI. O corpus foi pensado para abranger diferentes estruturas comunicacionais: um veículo público “Suplemento Literário Minas Gerais”; um privado “Caderno de Sábado”; outro independente, “O Rascunho” e um webreview, “Peixe Elétrico”. Para nortear esse percurso, utilizamos, como metodologia, a investigação exploratória, de caráter histórico-crítico-bibliográfica, em uma análise qualitativa e de conteúdo (HERSCOVITZ, 2012; BARDIN, 1977).Nossas reflexões estão centradas em seis edições (KRIPPENDORFF, 1990), em leitura comparatista (PAGEAUX, 2011) entre os veículos. Inspiramo-nos nas particularidades de cada um deles, para identificarmos as tendências do Jornalismo cultural do século XXI. “SLMG”, “CS” e “Peixe Elétrico” possuem mais similaridades do que diferenças. Os cadernos vão além do discurso da cotidianidade (GADINI, 2007), eles apresentam textos com reflexividade em torno da dimensão social e histórica da Literatura. Assim, assinalamos que, apesar das mudanças de suporte, da modernização das mídias, 50 anos depois, os suplementos continuam basicamente com o mesmo formato, isso porque eles se dirigem a um mesmo público, relativamente restrito e especializado, que é o do leitor de livros, o leitor acadêmico, o intelectual da escrita. Evoluiu-se do suplemento, que buscava um público amplo, mas indistinto, porque vinham encartados em jornais de referência, para publicações específicas, dirigidas diretamente para o interessado, como é “O rascunho” e o webreview.
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