Há um segundo era presente: a construção do ser feminino e a imagem da mãe natureza

Abstract

Esta dissertação está dividida em duas partes complementares. A primeira é o romance denominado “Há um segundo era presente”. A segunda parte é um ensaio sobre a criação do romance, assim como reflexões que envolvem a personagem mulher - o ser feminino - e a imagem da mãe natureza. O romance leva como título uma ideia de ser espaço-temporal, instabilidade e não-pertencimento: a humanidade não pertencente nem à cidade e nem à natureza. Tempo é deslocamento, assunto presente na obra através do olhar de três personagens: Sophia, Marília e Ana Clara (19, 24 e 29 anos). Juntas, elas formam um painel de passados, presentes e futuros que marcam um espectro prismático de vivência: o começo da jornada de uma é o início da jornada da outra. Sophia deseja largar sua vida em Porto Alegre para montar um ateliê̂ de artes em São Paulo; Marília larga seu trabalho em São Paulo e deseja morar em um local no qual tenha mais contato com a natureza; e Ana é uma nômade que engravida e precisa decidir se deseja formar uma família em um local fixo ou se continua a vagar. A parte teórica possui o objetivo de analisar momentos importantes da trajetória da escrita do romance através de um diário de experiências pessoais. Com isso, pretendo trazer um conjunto de reflexões sobre o fazer literário, e mais pessoalmente, a construção do ser feminino através de algumas teorias, a maioria de mulheres, as quais se conectam com a feitura do texto ficcional, traçando o caminho percorrido durante a criação do romance, que possui influência tanto de acontecimentos pessoais quanto das teorias estudadas.

Esta disertación está dividida en dos partes complementarias. La primera es la novela que lleva el título "Há um segundo era presente". La segunda parte es un ensayo sobre la creación de la novela, así como reflexiones que involucran al personaje mujer -el ser femenino- y la imagen de la madre naturaleza. La novela lleva como título una idea de ser espaciotemporal, inestabilidad y no pertenencia: la humanidad no perteneciente ni la ciudad ni la naturaleza. El tiempo es desplazamiento, asunto presente en la obra a través de la mirada de tres personajes: Sophia, Marília y Ana Clara (19, 24 y 29 años). Juntas, ellas forman un panel de pasados, presentes y futuros que marcan un espectro prismático de vivencia: el comienzo de la jornada de una es el inicio de la jornada de la otra. Sophia desea soltar su vida en Porto Alegre para montar un taller de artes em São Paulo; María ancha su trabajo en São Paulo y desea vivir en un lugar al que ella tenga más contacto con la naturaleza; y Ana es una nómada que se embaraza y necesita decidir si quiere formar una familia en un lugar fijo o si continúa vagar. La parte teórica tiene el objetivo de analizar momentos importantes de la trayectoria de la escritura de la novela a través de un diario de experiencias personales. Con eso, pretendo traer un conjunto de reflexiones sobre el hacer literario, y más personalmente, la construcción del ser femenino a través de algunas teorías, la mayoría de las mujeres, que se conectan con la hechura del texto ficcional, trazando el camino recorrido durante la creación de la novela, que tiene influencia tanto de acontecimientos personales y de las teorías estudiadas.